Capitais do país terão chuvas isoladas e céu nublado no Réveillon

A noite de Réveillon será de calor, céu nublado e chuvas isoladas nas capitais do país. É o que prevê o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Quem vai passar a virada do ano no Rio de Janeiro e na maior parte das cidades do Nordeste – Salvador, Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal e Fortaleza) – o guarda-chuva pode ser dispensado. Apesar das nuvens, não previsão de chuva. Mas a hidratação vai ser fundamental: temperaturas máximas devem variar entre 30 e 32º C.

Teresina e São Luís são exceções no Nordeste, com alguma possibilidade de chuva isolada durante a noite. Mas as temperaturas máximas devem ficar acima dos 30º C também. O cenário se repete em quase todo o país: calor, muitas nuvens, chuvas isoladas e possibilidade de trovoadas. É o caso das demais capitais do Centro-Oeste, do Norte, do Sudeste e de Porto Alegre.

Na Região Sul, Curitiba e Florianópolis têm situações um pouco distintas, porque as temperaturas máximas ficam abaixo da média nacional: 25 e 26º C, respectivamente. O mesmo ocorre em São Paulo (27º), Belo Horizonte (26º) e Brasília (28º). Por outro lado, Boa Vista, em Roraima, chama a atenção para o valor alto da temperatura máxima prevista para a noite de Réveillon: 38ºC.

Previsão da semana

O Inmet divulga a previsão de chuvas para o período entre 30 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2025. Na Região Norte, áreas de instabilidade associadas ao calor e à alta umidade provocam pancadas de chuva ao longo da semana, com acumulados acima de 30 mm. As chuvas podem superar 80 mm em áreas pontuais do Amazonas, Pará e sul do Tocantins. No Amapá, há previsão de acumulados superiores a 100 mm. No norte do Pará e em grande parte de Roraima, os acumulados de chuva deverão ficar abaixo de 20 mm.

Na Região Nordeste, a previsão indica que na faixa leste e norte da região, há possibilidade de chuvas fracas. Na maior parte do interior, o tempo permanecerá quente e com baixa probabilidade de chuva. No oeste da Bahia, do Piauí e Maranhão, espera-se acumulados acima de 40 mm.

Na Região Centro-Oeste, as instabilidades continuam com a atuação de um canal de umidade, favorecendo a persistência das chuvas ao longo da semana em Goiás e Mato Grosso do Sul. Estão previstos acumulados acima de 80 mm em áreas do Mato Grosso e Goiás, podendo atingir 150 mm em algumas localidades. No Mato Grosso do Sul o tempo inicia firme no começo da semana, com áreas de instabilidades se formando a partir de 1º de janeiro, que favorecem acumulados acima de 50 mm no norte do estado.

Na Região Sudeste, estão previstos acumulados acima de 70 mm em quase toda região ao longo da semana. As exceções são grande parte de São Paulo, norte de Minas Gerais e sul do Rio de Janeiro, onde os valores ficarão abaixo de 50 mm. Pontualmente, os acumulados podem ultrapassar 100 mm em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Na Região Sul, a semana começará com instabilidades e possibilidade de chuvas ao longo da semana, mas acumulados abaixo de 20 mm. As chuvas serão mais expressivas no leste de Santa Catarina e Paraná, com acumulados acima de 40 mm. No sudoeste do Rio Grande do Sul e noroeste do Paraná, os valores estarão abaixo de 10 mm.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

MS alerta sobre ressurgimento do sorotipo 3 da dengue

O Brasil está enfrentando um aumento preocupante no registro de casos do sorotipo 3 da dengue, especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. Essa ampliação foi observada principalmente nas últimas quatro semanas de dezembro de 2024, um período que tem alarmado as autoridades sanitárias do país.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o sorotipo 1 da dengue foi o mais predominante em 2024, identificado em 73,4% das amostras que testaram positivo para a doença. No entanto, estamos vendo uma mudança significativa para o sorotipo 3, como destacou a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, durante uma coletiva de imprensa recente.

O sorotipo 3 não circula no Brasil desde 2008, o que significa que grande parte da população está suscetível a essa variante do vírus. “Temos 17 anos sem esse sorotipo circulando em maior quantidade. Então, temos muitas pessoas suscetíveis, que não entraram em contato com esse sorotipo e podem ter a doença”, explicou Ethel Maciel.

Monitoramento e prevenção

Diante desse cenário alarmante, o Centro de Operações de Emergência (COE) está intensificando o monitoramento da circulação desses vírus. Uma projeção baseada nos padrões registrados em 2023 e 2024 indica que a maior parte dos casos de dengue esperados para 2025 deve ser contabilizada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Nessas localidades, é esperada uma incidência acima do que foi registrado ao longo do ano passado.

O efeito do El Niño e as altas temperaturas, combinados com extremos de temperatura e a seca, contribuem para a proliferação de mosquitos, principais vetores da dengue. “Também temos o problema da seca, que faz com que as pessoas armazenem água, muitas vezes, em locais inadequados. E isso também faz com que a proliferação de mosquitos possa acontecer”, explicou Ethel Maciel.

Outras doenças vetoriais

Além da dengue, outras doenças vetoriais também estão sendo monitoradas. Nas últimas quatro semanas de 2024, 82% do total de casos prováveis de Zika identificados no país se concentraram no Espírito Santo, Tocantins e Acre. Já para a Chikungunya, 76,3% dos 3.563 casos prováveis identificados se concentraram em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Os estados se repetem, alguns deles, para dengue, Zika e Chikungunya, destacou a secretária, evidenciando a necessidade de uma abordagem integrada na prevenção e controle dessas doenças.

A febre do Oropouche também apresentou um aumento significativo, com 471 casos identificados na primeira semana de 2024 e 98 casos na primeira semana de 2025. A maior concentração de casos está no Espírito Santo, com casos importados em outros estados como Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul.

Diante desses dados alarmantes, é crucial que a população adote medidas de prevenção, como eliminar locais de reprodução do mosquito Aedes aegypti e manter hábitos de higiene e vigilância sanitária.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp