Explosão de homicídios em cidades do Vale do Paraíba em 2024

Cidades vizinhas no Vale do Paraíba têm explosão de homicídios em 2024

Aparecida, Guaratinguetá, Pindamonhangaba e Potim tiveram aumento expressivo nos homicídios em comparação com 2023, segundo dados da SSP

São Paulo — Pelo menos quatro cidades do Vale do Paraíba, na região de São José dos Campos, no interior de São Paulo, têm encarado uma explosão no número de homicídios de janeiro a novembro deste ano, na comparação com igual período de 2023, segundo dados da própria Secretaria da Segurança Pública (SSP). A guerra entre facções pode estar por trás da disparada dos assassinatos.

Uma das hipóteses para o aumento nos homicídios é a tentativa do Comando Vermelho (CV) de ingressar em território paulista, onde o tráfico é dominado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A região tem sido alvo de disputa por pontos de venda de droga.

Os municípios vizinhos de Aparecida, Guaratinguetá, Pindamonhangaba e Potim são aqueles que apresentam variação mais significativa, enquanto a região de São José dos Campos como um todo, que engloba o Vale do Paraíba e também o litoral norte, até a divisa com o Rio de Janeiro, teve queda de 5,1% no número de homicídios (259, ante 273 em igual período de 2023).

Em Aparecida, o número de homicídios dobrou neste ano, passando de 6 para 12 casos — em um município que tem cerca de 35 mil habitantes.

Na vizinha de Potim, a situação é semelhante. Os homicídios saltaram também de 6 casos para 13 — um aumento de 117%, em uma cidade com apenas 25 mil moradores.

Em Pindamonhangaba, foram 14 homicídios de janeiro a novembro de 2023. No mesmo período deste ano, a Polícia Civil registrou 27 assassinatos: aumento de 93%. A cidade tem 165 mil habitantes.

O aumento em Guaratinguetá foi menor que nos municípios vizinhos. Mesmo assim, atingiu 29%, pulando de 21 para 27 casos — foram 7 só nos últimos três meses, ante 3 de igual período do ano passado.

GUERRA DO TRÁFICO

A guerra entre facções na disputa pelo tráfico de drogas regional pode estar por trás da alta dos homicídios. O próprio governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou, durante evento em 6 de dezembro, que há um cenário diferente no Vale do Paraíba, na comparação com outras regiões do estado de São Paulo.

Ao afirmar que a estatística em São Paulo é favorável, com uma taxa de homicídios relativamente baixa, Tarcísio disse que isso decorre da “predominância ou da hegemonia de uma facção”. No caso, o PCC.

O governador fez, entretanto, uma ressalva, citando justamente o Vale do Paraíba. “Porque boa parte dos homicídios no Brasil ocorre na disputa de pontos de drogas. E, se a gente pegar o mapa de São Paulo, vai ver que onde morre mais gente é justamente no Vale do Paraíba [proporcionalmente]. E aí tem uma ação, uma tentativa de entrada no território de São Paulo por organizações criminosas do Rio de Janeiro e a contenção do Primeiro Comando da Capital (PCC)”, afirmou Tarcísio. “São coisas que chamam a atenção”, disse.

O movimento citado pelo governador já foi detectado por integrantes do Ministério Público de São Paulo (MPSP), bem como por serviços de inteligência policial de ambos os estados, que apontam a atuação do CV na grilagem de terra em áreas afastadas das praias em Ubatuba. A facção do Rio de Janeiro também atuaria em pontos de venda de drogas que, anteriormente, eram exclusivos do PCC.

O QUE DIZ A SSP

A Secretaria de Segurança Pública afirma que mantém monitoramento contínuo dos indicadores criminais e suas variações para o desenvolvimento de políticas públicas de enfrentamento aos crimes, assim como das movimentações de organizações criminosas, a fim de traçar estratégias que impeçam o domínio e operação dessas facções dentro do território paulista.

“O combate ao tráfico de drogas é uma das prioridades da pasta desde o início da gestão e o trabalho é feito de maneira integrada entre as forças de segurança, com o objetivo de causar asfixia financeira no crime organizado, que tem na venda de entorpecentes uma de suas principais fontes de renda”, diz, em nota.

Segundo a SSP, em todo o Vale do Paraíba e Litoral Norte (Deinter 1), houve alta de 3,6% na quantidade de drogas apreendidas, somando 3,5 toneladas retiradas de circulação de janeiro a novembro deste ano. “Em igual período, mais de 10,6 mil criminosos foram presos e apreendidos (alta de 26,5%) e mais de mil armas de fogo ilegais apreendidas (alta de 29,4%)”, afirma.

A pasta também afirma que os totais de homicídios na região foram os menores para o período desde 2008, permitindo à região registrar as menores taxas de mortes intencionais para cada grupo de 100 mil habitantes desde 2001, quando teve início a série histórica. “Seguindo a tendência, os furtos em geral caíram 6,6%, enquanto os roubos recuaram 17%, apresentando a menor somatória em 24 anos”, diz, em nota.

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Cadela Beyoncé desaparece na Asa Sul: Família busca por animal de estimação de 5 anos. Ajude!

Procura-se Beyoncé: cadelinha desapareceu durante passeio na Asa Sul

Cadela Beyoncé está na família há 5 anos, mas não é vista desde o dia 2 de janeiro. Parentes fazem buscas pela região

Com o mesmo nome de uma das principais cantoras pop da atualidade, a cadela Beyoncé é procurada pela família há cinco dias. Também conhecida como Neguinha, a cachorrinha sumiu durante um passeio na 314 Sul, quando conseguiu se desprender da coleira e saiu correndo. O animal tem porte médio e pelagem preto e castanho, e não é visto desde o dia 2 de janeiro.

A tutora de Beyoncé, Catherine Passos Cerqueira Pinto, 24 anos, deixou a cadela na casa da avó, na Asa Sul, depois de viajar para os Estados Unidos. Desde que o pet sumiu, a mulher tentou antecipar a volta da viagem mas não conseguiu arcar com os valores para a remarcação das passagens. Ela volta para Brasília nesta sexta-feira (10/1).

Enquanto isso, a tia Alice Cerqueira Pinto, aposentada de 68 anos, está à frente das buscas de Beyoncé. Ela explica que a cadela saiu correndo durante o passeio na 314 Sul por não conhecer o local. “O porteiro do prédio conseguiu ir atrás dela até a altura do Pão de Açúcar, na 516 sul, depois a perdeu de vista. A partir daí começou nosso desespero e busca incessante”, conta.

Alice diz que a cadela foi vista por várias pessoas correndo nas quadras 714, 715, 716 e setor médico hospitalar sul. “Ela só foi vista no primeiro dia de sumiço. Distribuímos a foto dela em grupos de mensagens. Pessoalmente entregamos para todos os porteiros do entorno da 314 e das 700. No setor médico hospitalar conversei com os guardadores de carro, deixei folhetos com a foto e contato, tenho ido diariamente àquela região e nada…”

Beyoncé estava com uma coleira antipulgas branca no dia em que sumiu. Ela tem aproximadamente 7 anos de idade e foi resgatada pela família há 5 anos. Para Alice, há esperança de que alguém já tenha acolhido a cadela.

“Quanto mais divulgarmos, maior será a chance de a encontrarmos. Tem muita gente de bom coração, compartilhando e ajudando de verdade, mas outras também querem se aproveitar de nossa fragilidade. A nossa grande aflição é saber se a cachorrinha está bem, sendo cuidada por alguém. Nosso desespero em achá-la também é porque Beyoncé dá um suporte emocional para minha sobrinha [Catherine]. O meu irmão também está muito abalado, nós estamos sem dormir desde o episódio”, conta a aposentada.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Beyoncé, pode entrar em contato pelos números (61) 98299-8080, (61) 99221-9828 e (61) 99983-4133

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