Curitiba é a capital com maior alta nos preços de imóveis residenciais do Brasil; confira bairros mais valorizados
Pesquisa da FipeZAP acompanha os preços médios de 56 cidades brasileiras com base em anúncios veiculados na internet. Capital do Paraná teve avanço de 18% em 2024.
Curitiba tem maior alta no valor dos imóveis
Curitiba foi a capital com maior alta nos preços de imóveis residenciais do Brasil em 2024, de acordo com pesquisa da FipeZAP. Confira a seguir bairros mais valorizados.
O FipeZAP acompanha o preço médio de imóveis em 56 cidades brasileiras, com base em anúncios veiculados na internet. Entre as capitais monitoradas, os maiores avanços no ano foram em Curitiba (18%), Salvador (16,38%), João Pessoa (15,54%) e Aracaju (13,79%). Os dados de dezembro mostram que o valor médio para venda de um imóvel em Curitiba foi de R$ 10.703 por metro quadrado. Desta forma, um apartamento de 50 metros quadrados custou, em média, R$ 535.150. O valor médio ficou atrás apenas dos de Vitória (ES), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP), segundo a pesquisa.
A realidade não se aplica apenas às quatro capitais, uma vez que os imóveis residenciais da maioria dos municípios analisados ficaram, em média, 7,73% mais caros em 2024. Foi a maior variação anual desde 2013, quando os preços subiram 13,74%. O único município que teve queda nos preços no ano passado foi Santa Maria (RS), com recuo de 1,5%.
BAIRROS MAIS VALORIZADOS
Em agosto de 2024, Curitiba já carregava o título de capital com maior alta no valor dos imóveis. Segundo a FipeZAP, as regiões que mais valorizaram foram: Campo Comprido: ⬆️ 32,2%, Batel: ⬆️ 29,8%, Água Verde: ⬆️ 16,5%, Portão: ⬆️ 15,4%, CIC: ⬆️13,2%. À época, a pesquisa também indicou os três bairros com preços mais caros. São eles: Batel: R$ 14.551/m², Bigorrilho: R$ 12.808/m², Juvevê: R$ 11.297/m².
O diretor da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Leonardo Pisseti, explicou os fatores que contribuíram para o aumento dos preços nessas regiões. “São próximos do Centro, bairros bem localizados e abastecidos em serviços. É muito bom de se morar nessas regiões. Por outro lado, existe uma densidade demográfica bem ocupada com imóveis já existentes. A pessoa que está vendendo não vende um terreno, vende uma casa”, disse.
Para o vice-presidente de lançamentos do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR), Josué Pedro de Souza, a valorização de imóveis residenciais em Curitiba corrige um problema do passado. “Curitiba sempre teve um metro quadrado um pouco mais barato que outras capitais. Com toda a qualidade de vida, infraestrutura que nós temos aqui, isso está sendo corrigido”, afirmou.
Outro fator que elevou o preço do mercado na capital é o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná, que ficou acima da média nacional no terceiro trimestre de 2024, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados mostram ainda que o estado foi considerado a quarta maior economia do Brasil no ano passado, o que também elevou o nível da capital.