Matador contratado por filha e genro de fazendeiro para matá-lo por causa de herança de R$ 3 milhões estava escondido na casa de parentes, diz delegado
Luiz Henrique da Silva de Lima Mendonça, de 22 anos, foi encontrado em Novo Gama. Familiares que o ajudaram também foram presos.
O jovem Luiz Henrique da Silva de Lima Mendonça, de 22 anos, que foi preso suspeito de ser matador de aluguel, que foi contratado pela filha e pelo genro de um fazendeiro, estava escondido na casa de parentes, em Novo Gama, no Entorno do DF. Segundo a Polícia Civil, quatro familiares foram presos por acobertarem a fuga dele.
A Polícia Civil disse que o jovem estava escondido e trancado em um cômodo da casa que estava com vários pneus. A suspeita da motivação do crime é de que o casal mandou matar Nelson Alves de Andrade para ficar com a herança dele avaliada em cerca de R$ 3 milhões. Luiz Henrique foi contratado por R$ 20 mil para cometer o crime.
A defesa da filha da vítima disse que ela é inocente e que isso será provado ao longo do processo. A reportagem não localizou a defesa do marido dela para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Conforme a polícia, Luiz Henrique teve a ajuda de dois comparsas para fazer uma emboscada e matar o fazendeiro. Segundo o delegado Peterson Amin, os dois homens contratados pelo suspeito não foram presos porque a Justiça entendeu que não havia provas suficientes contra eles.
O fazendeiro tinha brigado com o casal antes do crime. “[Há] o relato de que estes teriam brigado, tendo Nelson ordenado que seu genro e filha desocupassem o imóvel onde residiam, pois se tratava de propriedade de Nelson”, explicou a polícia ao indiciar o casal.
De acordo com a Polícia Civil, o fazendeiro Nelson Alves foi morto enquanto pilotava uma moto, numa estrada de terra vicinal, em Campinorte. Ele foi atingido com dois tiros. Os suspeitos estavam de bicicleta quando cometeram o crime.
Conforme a polícia, a herança de Nelson Alves incluía 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e uma quantia em uma conta bancária. A filha da vítima era a única herdeira do fazendeiro. A filha tentou movimentar o dinheiro do pai na conta bancária e vender cabeças de gado cerca de três meses depois da morte dele, o que gerou desconfiança na polícia.
A filha presa do fazendeiro culpa o companheiro pelo crime sem demonstrar raiva ou mágoa, de acordo com o delegado Peterson Amin. Para a polícia, não há dúvidas de que ambos contrataram o homem em conjunto. Enquanto ela responsabiliza o companheiro pelo crime, ele nega qualquer envolvimento com o caso.