Juliana Leite Rangel: Jovem baleada em abordagem policial luta pela vida – Últimas notícias e atualizações

Juliana Leite Rangel, uma jovem de 26 anos, está lutando pela vida após ser alvejada na cabeça durante uma abordagem policial na véspera do Natal. Segundo informações do boletim médico divulgado pelo Hospital municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Juliana está internada no CTI da unidade e seu estado de saúde ainda é considerado grave. No entanto, há sinais positivos, já que ela começou a despertar e responder a estímulos, apesar da gravidade da situação. Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos no episódio foram afastados das ruas enquanto as investigações estão em andamento.

No decorrer do tratamento, Juliana passou por uma traqueostomia e vem sendo submetida à redução da sedação e da ventilação mecânica. De acordo com o boletim médico, a jovem tem apresentado uma boa resposta a esses ajustes, mantendo reflexos neurológicos preservados. Apesar disso, ainda não é possível determinar o nível completo de consciência de Juliana nem prever possíveis sequelas permanentes. O processo de desmame da sedação e da ventilação mecânica continuará sendo monitorado pela equipe médica multidisciplinar, composta por profissionais da neurocirurgia e cirurgia torácica.

Na noite em que foi baleada, Juliana estava a caminho de Niterói para passar o Natal com sua família. O carro onde ela estava era ocupado por seus pais, seu irmão e sua namorada, quando foram abordados pela PRF. Seu pai, Alexandre da Silva Rangel, foi ferido por um disparo na mão, mas não precisou ser internado. O relato da família descreve momentos de tensão e pavor durante a abordagem, com múltiplos tiros atingindo o veículo. A situação levantou questionamentos sobre a conduta dos agentes envolvidos e uma investigação foi aberta pela Polícia Federal para esclarecer os fatos.

A defesa dos policiais alega que eles agiram com base em informações sobre um veículo semelhante ao da família de Juliana que estaria envolvido em atividades criminosas. Segundo o advogado dos agentes, os tiros foram disparados após ouvirem estampidos que associaram ao veículo da jovem. No entanto, a versão dos policiais é contestada pelos familiares de Juliana e levanta questões sobre a conduta dos agentes e a necessidade de ações mais precisas e responsáveis durante abordagens policiais.

O caso de Juliana Leite Rangel repercutiu nacionalmente, trazendo à tona debates sobre a segurança pública e as ações das forças de segurança. Enquanto a jovem luta pela vida, a família aguarda por respostas e por justiça. A comoção gerada por esse episódio trágico serve como um alerta para a necessidade de aprimoramento dos protocolos e treinamentos das forças policiais, a fim de evitar que situações como essa se repitam, causando danos irreparáveis às vítimas e suas famílias. É fundamental que casos como o de Juliana sejam investigados com rigor e transparência, garantindo a accountability e responsabilização dos envolvidos.

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Crime na Serrinha: Traficantes esquartejam morador de facção rival e postam vídeo viral. Polícia Civil indicia líderes do tráfico.

Traficantes da Serrinha esquartejam morador de comunidade dominada por facção
rival e postam vídeo na web

Polícia Civil indiciou seis traficantes, incluindo Lacoste e Coelhão, chefes do
tráfico na Serrinha. Segundo a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA),
Matheus foi morto porque vivia e trabalhava em uma comunidade inimiga do
Terceiro Comando Puro.

Traficantes da Serrinha esquartejam morador de comunidade dominada por facção
rival e postam vídeo na web

A Polícia Civil indiciou seis traficantes pela morte de um jovem do morro do
Fubá, em Cascadura. As investigações apontam que Matheus Andrade de Freitas foi
esquartejado por traficantes de uma favela dominada por uma facção rival, no
Morro da Serrinha.

Matheus foi vítima de traficantes da Serrinha — Foto: Reprodução/TV Globo

Depois de matarem o jovem, os criminosos ainda postaram o vídeo nas redes
sociais.

Traficantes da Serrinha, dominada pelo TCP, invadiram o morro do Fubá, dominado
pelo Comando Vermelho — Foto: Reprodução/TV Globo

O caso ocorreu no dia 26 de outubro, quando traficantes da Serrinha invadiram o
morro do Fubá. O motivo do crime, segundo a Delegacia de Descoberta de
Paradeiros (DDPA), foi porque Matheus vivia e trabalhava em uma comunidade
inimiga do Terceiro Comando Puro.

“Matheus foi criado no morro do Fubá e muitos amigos passaram a integrar o
tráfico. Um mês antes de desaparecer, tornou-se sócio de uma pizzaria na entrada
da comunidade Jorge Turco, dominada pelo Comando Vermelho”, explicou a delegada
titular, Elen Souto.

Traficante Coelhão, um dos homens fortes do tráfico na Serrinha — Foto:
Reprodução/TV Globo

O vídeo viralizou e se tornou motivo de irritação para William Yvens da Silva, o
traficante Coelhão, um dos chefes do tráfico na Serrinha.

Ele mandou um áudio para os integrantes do bando, reclamando da atitude dos
traficantes:

> “Como um vídeo desse vai vazar, mano? Como vai, como, explanar um vídeo
> desses, mano? Cortando os outros, mano. Pô, tá de brincadeira, mano”

Polícia investiga vídeo de mulheres que tiveram cabelos raspados à força em
comunidade do Rio

Coelhão é homem de confiança de Wallace Brito Trindade, o Lacoste, o principal
traficante do Complexo da Serrinha. Ele foi acusado de mandar torturar mulheres,
raspando seus cabelos e colando tampinhas em suas cabeças.

Traficantes usam drones para monitorar operação da PM na Serrinha, em Madureira

Lacoste e Coelhão ainda exigiram que olheiros do tráfico usem drones para
monitorar a movimentação da Polícia Militar na região.

Lacoste está à frente do tráfico no Complexo da Serrinha — Foto: Portal
dos Procurados

Com os indiciamentos, Lacoste e Coelhão passam a ter, respectivamente, 7 e 3
mandados de prisão em aberto. O vídeo, segundo a polícia, fez com que o
inquérito fosse encerrado em três meses.

“Ainda durante esse vídeo de esquartejamento faz exaltação ao chefe, que vem a
ser o Lacoste”, explicou Elen Souto.

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