Incêndio atinge projeto social em Fortaleza na virada do ano

Incêndio atinge estrutura de projeto social na virada do ano em Fortaleza; fogos de artifício são possível causar

Oca com telhado de palha foi atingida minutos após a virada do ano. Não houve feridos.

Incêndio atinge projeto social de atendimento à saúde mental em Fortaleza

Um incêndio atingiu a estrutura de um projeto social, na madrugada desta quarta-feira (1º), no bairro Barra do Ceará, em Fortaleza. Nos primeiros minutos após a virada do ano, o fogo foi visto por moradores no topo de uma oca com telhado de palha do Projeto 4 Varas. O incêndio foi controlado por volta das 0h35. Não houve feridos.

Segundo o gestor administrativo da instituição, Antônio Cláudio, as causas do incêndio ainda devem ser confirmadas. No entanto, ele relata que várias pessoas da comunidade e no trecho da praia do Vila do Mar soltaram fogos de artifícios na virada do ano.

A estrutura atingida é uma oca que servia de restaurante para funcionários. Por ser um espaço grande, ela também abrigava reuniões e atividades para públicos acima de 60 pessoas.

Logo após a virada do ano, funcionários que moram em frente à instituição avistaram o fogo e a fumaça no topo da oca. O Corpo de Bombeiros foi acionado.

Funcionários e moradores se uniram para tentar apagar as chamas, utilizando mangueiras já presentes no local, relatou Antônio Cláudio.

De acordo com Cláudio, os bombeiros chegaram ao local em poucos minutos e conseguiram controlar o fogo por volta das 0h35. Parte do teto da oca desabou depois que uma grande viga de sustentação foi atingida. Durante o incêndio, os funcionários temiam que o fogo se alastrasse para uma estrutura de oca que ficava próxima, mas o local não foi atingido.

Esta segunda oca é considerada um dos locais mais importantes da instituição, abrigando 14 salas para atendimentos individuais, como psicoterapia, massoterapia e reiki.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, cadeiras de plástico que estavam no local também foram queimadas. Testemunhas relataram aos bombeiros que o fogo teria sido provocado pelos fogos de artifício.

“O CBMCE reforça à população a importância de redobrar os cuidados com o manuseio de fogos de artifício, especialmente em áreas com materiais inflamáveis, para evitar acidentes e garantir a segurança de todos”, afirmou a corporação em nota.

TERAPIAS INTEGRATIVAS

O Movimento Integrado de Saúde Mental Comunitária, também conhecido como Projeto 4 Varas, foi criado na comunidade do Grande Pirambu desde a década de 1980. Atualmente, atende cerca de 6 mil pessoas por mês, com terapias integrativas e atendimento de saúde mental. O público que vai até o projeto é de Fortaleza e municípios vizinhos.

Além de receber doações individuais, o movimento busca financiamento de órgãos públicos, como a Prefeitura de Fortaleza e o governo estadual.

Segundo o gestor administrativo, Antônio Cláudio, a oca que foi incendiada já estava desativada como restaurante por falta de verbas para a manutenção. As reuniões com público acima de 60 pessoas eram realizadas pontualmente por ser um espaço amplo. Após os danos do incêndio, a oca ficará desativada.

“Era o único espaço para realização de atividades de grandes grupos, o que agora ficou inviável. Teremos que realizar atendimentos no pátio embaixo das árvores até que consigamos apoio de algum órgão público, prefeitura ou estado”, afirmou.

O gestor afirma que havia um projeto com orçamento pronto para a reforma do local, substituindo a palha por um material à prova de fogo. Esta reforma custaria cerca de R$ 400 mil, mas, segundo Antônio Cláudio, não houve órgão público que tenha destinado verba para o projeto.

Segundo Antônio Cláudio, o projeto recebeu, na manhã desta quarta-feira (1º), uma ligação da nova primeira-dama de Fortaleza, Cristiane Leitão, informando que uma equipe da Prefeitura irá visitar o projeto para averiguar a situação.

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Médico psiquiatra em São Benedito é alvo de ação civil por recebimento indevido de mais de R$ 17 mil

O médico psiquiatra, que recebeu indevidamente mais de R$ 17 mil da prefeitura de São Benedito, no Ceará, está sendo alvo de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público. Segundo as investigações, o profissional não comparecia às consultas no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município, prejudicando assim o atendimento aos pacientes com sofrimento mental grave. O Ministério Público requer na ação o afastamento do médico, bem como o ressarcimento do valor recebido de forma ilícita.

O psiquiatra em questão foi empossado em 2012 e deveria cumprir uma carga horária de 100 horas mensais, porém, conforme apurado, ele cumpria apenas 4 horas por semana, totalizando 16 horas por mês. As denúncias anônimas dos pacientes do Caps foram fundamentais para a descoberta da conduta ilícita do profissional de saúde. O Ministério Público considera que essa prática configurou enriquecimento ilícito, causando lesão ao erário municipal.

Além de pedir o afastamento cautelar do médico, o MP solicita também o bloqueio dos bens do servidor no valor correspondente ao prejuízo ao município de São Benedito, que inicialmente é de R$ 268.350,16. A omissão da prefeitura ao arquivar o Processo Administrativo Disciplinar instaurado contra o médico é apontada como grave pelo órgão ministerial, que busca ainda a suspensão do pagamento dos proventos pelo município.

Conforme a ação movida pela 1ª Promotoria de Justiça de São Benedito, a Prefeitura de São Benedito demonstrou descaso com o interesse público ao não adotar medidas efetivas para coibir a prática ilícita do servidor. O Ministério Público requer ainda que o servidor e o município sejam condenados a pagar danos morais coletivos ao Fundo Estadual dos Direitos Difusos do Estado do Ceará, no valor mínimo de R$ 50 mil cada, como forma de compensar os prejuízos causados aos pacientes dos Caps.

Em meio a essas acusações e solicitações do Ministério Público, a Prefeitura de São Benedito não se pronunciou às tentativas de contato feitas pelo órgão de imprensa de forma independente, deixando a situação ainda mais tensa. Resta aguardar o desenrolar dos processos judiciais para que a justiça seja feita e os danos causados aos pacientes e ao erário municipal sejam reparados devidamente.

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