Coreia do Sul: Investigadores planejam prisão de presidente afastado até segunda-feira

O Escritório de Investigação de Corrupção (CIO) da Coreia do Sul declarou que pretende cumprir o mandado de prisão contra o presidente afastado, Yoon Suk Yeol, até a próxima segunda-feira, 6. A informação foi divulgada pela agência Yonhap.

O mandado foi emitido por um tribunal sul-coreano na última terça-feira, 31, conforme as regras locais, deve ser executado em até sete dias, embora o prazo possa ser estendido. Segundo Oh Dong-woon, chefe do CIO, uma equipe conjunta de investigação está discutindo os próximos passos para garantir que a prisão seja realizada dentro do período estipulado.

A agência Yonhap também reportou que os investigadores solicitaram que os serviços de segurança de Yoon não interfiram na execução do mandado.

Yoon Suk Yeol está sob investigação por suspeitas de insurreição, uma das poucas acusações que não garantem imunidade presidencial na Coreia do Sul. Em defesa, o advogado de Yoon afirmou que a declaração de Lei Marcial, realizada em 3 de dezembro, não configura insurreição, argumentando que foi uma ação legítima conforme a Constituição do país.

O presidente afastado perdeu seus poderes após o parlamento aprovar um pedido de impeachment, consequência de sua decisão controversa de impor brevemente a Lei Marcial. O decreto, inesperado, causou grande comoção na Coreia do Sul e afetou mercados financeiros, além de gerar preocupações entre aliados internacionais, como Estados Unidos e países europeus.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Terremoto no Tibete e Nepal: Número de mortos sobe para 126 e mais de 180 feridos

O forte terremoto que atingiu o Tibete e o Nepal na manhã desta terça-feira, 7, já deixou 126 mortos e 188 feridos, segundo a emissora estatal China Central Television (CCTV). O tremor de magnitude 7,1 foi sentido em várias partes do Himalaia, incluindo o Nepal, Butão e regiões do norte da Índia.

O epicentro foi registrado no condado de Tingri, no alto do planalto tibetano, a cerca de 80 km ao norte do Monte Everest e próximo à fronteira com o Nepal. A profundidade do sismo foi de aproximadamente 10 km, conforme o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A área afetada, conhecida por sua atividade tectônica intensa, inclui pequenas aldeias e vales isolados.

Os tremores causaram danos significativos: mais de 3.600 casas foram destruídas, ruas ficaram cobertas de escombros, e postes e telhados desabaram, atingindo veículos. Em Kathmandu, capital do Nepal, moradores relataram cenas de pânico. “Foi muito forte. As pessoas saíram correndo de suas casas, e os fios dos postes se soltaram”, contou Bishal Nath Upreti, do Centro Nepalês para Gestão de Desastres.

Além do terremoto principal, cerca de 150 tremores secundários foram registrados até a noite de terça-feira, sendo 19 deles com magnitudes iguais ou superiores a 3,0, informou o Centro de Terremotos da China.

A região próxima ao epicentro é pouco povoada, com cerca de 6.900 habitantes espalhados por 27 vilarejos em um raio de 20 km. Por ser uma área de difícil acesso, equipes de resgate enfrentam desafios para alcançar as comunidades mais afetadas. Médicos, especialistas e recursos estão sendo transportados por aviões da Tibet Airlines e da Air China.

O presidente da China, Xi Jinping, ordenou esforços intensivos para o salvamento das vítimas, a realocação dos desabrigados e a proteção da população durante o inverno rigoroso. Mais de 1,5 mil bombeiros estão mobilizados na operação de resgate, enquanto o número de mortos e feridos continua sendo atualizado.

As consequências do terremoto também foram sentidas em uma cidade sagrada tibetana e em um acampamento base do Monte Everest. A energia liberada pelo movimento tectônico, causado pela colisão das placas da Índia e da Eurásia, abalou toda a região, refletindo a força destrutiva das dinâmicas geológicas no Himalaia.

 

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp