Oscar Rodrigues toma posse como prefeito de Sobral, encerrando domínio político tradicional

Oscar Rodrigues toma posse como prefeito de Sobral, no Ceará

Em seu primeiro discurso como prefeito, Oscar agradeceu o apoio da população e afirmou que não vai desmantelar projetos exitosos das gestões passadas. Oscar Rodrigues toma posse como prefeito de Sobral nesta quarta-feira (1º) — Foto: Mateus Ferreira/SVM

Oscar Rodrigues toma posse como prefeito de Sobral nesta quarta-feira (1º) — Foto: Mateus Ferreira/SVM

Oscar Rodrigues (União) tomou posse nesta quarta-feira (1º) como prefeito de Sobral, a quinta maior cidade do Ceará, ao lado da vice-prefeita, Dra. Imaculada (MDB), na Câmara Municipal de Vereadores. Mais cedo, 21 vereadores eleitos pelos sobralenses também tomaram posse.

A cerimônia começou com a posse dos vereadores e a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara, que deu posse a Oscar. Em seu primeiro discurso como prefeito, Oscar agradeceu o apoio que recebeu da população e afirmou que não vai desmantelar projetos exitosos das gestões passadas.

> “Como prefeito, quero cumprir todos os compromissos, aqueles que eu fiz, os hospitais que prometi, as empresas que prometi trazer para Sobral. Vai haver muitas mudanças em Sobral, mas mudanças para o bem. Não pensem jamais que eu vou destruir, por exemplo, aquilo que o Ivo fez, fez uma bela construção eu vou derrubar, fazer uma e botar meu nome. Não vou fazer isso jamais”, afirmou Oscar. “Eu sou construtor, e não demolidor”.

Natural de Sobral, Oscar tem 67 anos e exercia o cargo de deputado estadual. Ele é empresário no setor da educação e já havia concorrido à Prefeitura de Sobral em 2020, quando ficou em segundo lugar na disputa com 40,77% dos votos.

Em 2024, Oscar concorreu novamente ao cargo de prefeito do município e foi eleito com 52,42% dos votos. A vitória dele encerrou décadas de domínio do grupo político da família Ferreira Gomes na cidade, que é berço político do senador Cid Gomes (PSB) e do ex-ministro Ciro Gomes.

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Médico psiquiatra em São Benedito é alvo de ação civil por recebimento indevido de mais de R$ 17 mil

O médico psiquiatra, que recebeu indevidamente mais de R$ 17 mil da prefeitura de São Benedito, no Ceará, está sendo alvo de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público. Segundo as investigações, o profissional não comparecia às consultas no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município, prejudicando assim o atendimento aos pacientes com sofrimento mental grave. O Ministério Público requer na ação o afastamento do médico, bem como o ressarcimento do valor recebido de forma ilícita.

O psiquiatra em questão foi empossado em 2012 e deveria cumprir uma carga horária de 100 horas mensais, porém, conforme apurado, ele cumpria apenas 4 horas por semana, totalizando 16 horas por mês. As denúncias anônimas dos pacientes do Caps foram fundamentais para a descoberta da conduta ilícita do profissional de saúde. O Ministério Público considera que essa prática configurou enriquecimento ilícito, causando lesão ao erário municipal.

Além de pedir o afastamento cautelar do médico, o MP solicita também o bloqueio dos bens do servidor no valor correspondente ao prejuízo ao município de São Benedito, que inicialmente é de R$ 268.350,16. A omissão da prefeitura ao arquivar o Processo Administrativo Disciplinar instaurado contra o médico é apontada como grave pelo órgão ministerial, que busca ainda a suspensão do pagamento dos proventos pelo município.

Conforme a ação movida pela 1ª Promotoria de Justiça de São Benedito, a Prefeitura de São Benedito demonstrou descaso com o interesse público ao não adotar medidas efetivas para coibir a prática ilícita do servidor. O Ministério Público requer ainda que o servidor e o município sejam condenados a pagar danos morais coletivos ao Fundo Estadual dos Direitos Difusos do Estado do Ceará, no valor mínimo de R$ 50 mil cada, como forma de compensar os prejuízos causados aos pacientes dos Caps.

Em meio a essas acusações e solicitações do Ministério Público, a Prefeitura de São Benedito não se pronunciou às tentativas de contato feitas pelo órgão de imprensa de forma independente, deixando a situação ainda mais tensa. Resta aguardar o desenrolar dos processos judiciais para que a justiça seja feita e os danos causados aos pacientes e ao erário municipal sejam reparados devidamente.

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