Turista atingida por fogos em apartamento em SC: o que se sabe e o que falta saber

Turista atingida por fogos de artifício dentro de apartamento em SC: o que se sabe e o que falta saber

De férias, Bianca Miranda e o marido, Victor Frasca, saíram de Porto Alegre (RS) para passar a virada do ano na cidade catarinense.

Uma turista gaúcha foi atingida por fogos de artifício dentro de um apartamento em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, enquanto comemorava com o marido o réveillon de 2025. Ela relatou que sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus no tórax, onde perdeu a pele, e nas mãos.

Um vídeo, feito de dentro do apartamento, capturou o momento exato da explosão.

Veja abaixo o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o caso.

1. Quem é a vítima?
A vítima é Bianca Miranda, de Porto Alegre (RS). Ela estava de férias com o marido em Navegantes para passar o réveillon.

2. A mulher se feriu?
Sim. Bianca relatou que sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus no tórax, onde perdeu a pele, e nas mãos. Ao DE, ela relatou na quarta-feira (1º) que sente dor, mas que a medicação está ajudando.

3. Qual foi a dinâmica da ocorrência?
A dinâmica da ocorrência, além das suas causas, é apurada pela Polícia Civil e pelo Corpo de Bombeiros.

4. O que o casal fazia antes da explosão?
O vídeo mostra que a mulher e o marido estavam escorados à janela da sala, acompanhando a queima de fogos na praia, segundos antes da explosão. O artefato atingiu a turista enquanto eles vibravam pelo ano novo.

5. O que aconteceu após a explosão?
Depois do estouro, Bianca correu, aos gritos, em direção ao chuveiro, após usar as próprias mãos para apagar o fogo, relatou em uma rede social.

6. Quem foi responsável pela soltura dos fogos?
Os fogos que atingiram o prédio faziam parte da programação de fim de ano do município. O nome da empresa responsável pela queima não foi divulgado. Em nota, porém, a prefeitura informou que ela será notificada “para que preste todos os esclarecimentos”.

7. A situação dos fogos estava regularizada?
Segundo a prefeitura, a montagem foi feita “por brigadistas como determina a legislação”. Procurados, os bombeiros disseram que apuram o que ocorreu, mas anteciparam que todos os documentos estavam regulares e que a montagem dos fogos ocorreu dentro da distância de segurança.

8. O caso é investigado?
Sim. A Polícia Civil informou na quarta-feira que vai instaurar inquérito policial para apurar os fatos, “especialmente a responsabilidade de quem soltou os fogos que atingiram esse apartamento e causou as lesões”, segundo o delegado Osnei de Oliveira.

Navegantes tem legislação que proíbe fogos de artifício desde 2020, mas os fogos utilizados estavam dentro dos padrões permitidos pela prefeitura. O Corpo de Bombeiros também está investigando o incidente e tomará as medidas necessárias para esclarecer o ocorrido e garantir a segurança em eventos futuros.

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Chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar paladar: frutas fake que encantam os sentidos

Frutas fake: chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar os sentidos

Empreendedora de Curitiba apostou em produto pouco conhecido para se destacar no ramo de confeitaria. Para especialista, cenário para quem empreende no setor é positivo, impulsinado desde a pandemia.

Azedo ou doce? Chef cria sobremesas que imitam frutas

Quando a vida deu um limão à empresária Juliana Demário, de 43 anos, ela resolveu fazer… um doce idêntico à fruta. A chef, que mora em Curitiba, apostou em uma ramo da confeitaria em que sobremesas criam ilusões, imitando objetos ou, no caso dela, frutas. Na culinária, a técnica é chamada de entremet. As criações realistas da empreendedora despertam curiosidade, especialmente nas redes. Os limões feitos por ela tem recheio de gel de amora. Outro exemplo é a manga, que por dentro, tem a própria fruta misturada com gengibre. Além das redes, os doces também estão na vitrine da loja física de Juliana, que, em um primeiro momento, pode até parecer um horti-fruti, mas é uma confeitaria. Os valores de cada doce variam de R$ 30 a R$ 40, e a produção semanal é de cerca de 500 itens.

A chef explica que a técnica é inspirada na ideia do confeiteiro francês Cédric Grolet, famoso nas redes sociais e que soma mais de 11 milhões de seguidores. Segundo ela, no entremet do confeiteiro Cedric, a receita tenta imitar o gosto real do que ela estiver recriando. Se a sobremesa for um limão, o gosto será mais próximo de um limão. Na receita de Juliana, o cliente enxerga a fruta, mas ao experimentar sente a mistura do toque cítrico e do doce, bem longe do sabor original que a fruta tem.

O negócio criado por Juliana é uma das 716.192 Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) registradas no Paraná. Especificamente sobre as confeitarias, o cenário econômico é positivo, uma vez que o setor apresentou crescimento nos últimos anos. Veja números abaixo. O Paraná conta com 4.525 confeitarias. Curitiba lidera o ranking, com 2.081 pequenos empreendimentos. Em segundo lugar aparece Londrina, com 482 confeitarias, seguida de Maringá, com 348. Confira os dados no gráfico acima.

Entre os possíveis motivos que impulsionaram este crescimento está o aumento do consumo das chamadas comfort food – gastronomia afetiva, em tradução livre, como explica Giubertoni. Segundo a consultora, muitas pessoas passaram a buscar mais conforto na comida, assim os doces e bolos se tornaram uma maneira de trazer alegria em tempos difíceis, como foi na pandemia. Além disso, a consultora destaca que a pandemia possibilitou chefs e confeiteiros a aproveitarem o isolamento para buscar formas de se criar novos produtos, o que trouxe uma onda de inovação e ajudou o setor a se destacar.

No caso de Juliana, ela resolveu apostar no segmento em 2019. Houve dificuldade em fazer o negócio engrenar porque, segundo ela, era uma época em que as pessoas não entendiam a proposta e, por isso, os doces não despartavam tanto interesse. Na pandemia, porém, o cenário mudou e o setor da confeitaria ganhou destaque, como apontam dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP). Em 2021, o mercado de panificação e confeitaria faturou R$ 105,85 bilhões no país, um crescimento de 15,3% em relação a 2020.

Com colaboração de Caroline Maltaca, assistente de produtos digitais do g1 Paraná.

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