Mulher atingida por fogos de artifício em Navegantes, SC: o que se sabe e o que falta saber

Turista atingida por fogos de artifício dentro de apartamento em SC: o que se sabe e o que falta saber

De férias, Bianca Miranda e o marido, Victor Frasca, saíram de Porto Alegre (RS) para passar a virada do ano na cidade catarinense.

Mulher é atingida por fogos de artifício na virada do ano em apartamento de SC

Uma turista gaúcha foi atingida por fogos de artifício dentro de um apartamento em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, enquanto comemorava com o marido o réveillon de 2025. Ela relatou que sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus no tórax, onde perdeu a pele, e nas mãos.

De férias, Bianca Miranda e o marido, Victor Frasca, saíram de Porto Alegre (RS) para passar a virada do ano na cidade catarinense.

Um vídeo, feito de dentro do apartamento, capturou o momento exato da explosão (assista acima).

Veja abaixo o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o caso.

Quem é a vítima?
A mulher se feriu?
Qual foi a dinâmica da ocorrência?
O que o casal fazia antes da explosão?
O que aconteceu após a explosão?
Quem foi responsável pela soltura dos fogos?
A situação dos fogos estava regularizada?
O caso é investigado?
É permitido soltar fogos de artifício em Navegantes?
O que diz o Corpo de Bombeiros?

QUEM É A VÍTIMA?

A vítima é Bianca Miranda, de Porto Alegre (RS). Ela estava de férias com o marido em Navegantes para passar o réveillon.

A MULHER SE FERIU?

Sim. Bianca relatou que sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus no tórax, onde perdeu a pele, e nas mãos. Ao DE, ela relatou na quarta-feira (1º) que sente dor, mas que a medicação está ajudando.

Em uma rede social, o marido dela, Victor Frasca, que não se feriu, desabafou sobre a situação.

“O que era para ser nosso momento, se tornou nossa desgraça. Cena desesperadora. É desesperador ver a sua esposa pegando fogo dentro da tua casa”, disse em vídeo (assista abaixo).

QUAL FOI A DINÂMICA DA OCORRÊNCIA?

A dinâmica da ocorrência, além das suas causas, é apurada pela Polícia Civil e pelo Corpo de Bombeiros.

Bianca descreve, no entanto, que o artefato bateu em um carro, que teve o vidro quebrado, e foi arremessado para cima. Nesse momento, segundo a turista, ela foi atingida.

O QUE O CASAL FAZIA ANTES DA EXPLOSÃO?

O vídeo mostra que a mulher e o marido estavam escorados à janela da sala, acompanhando a queima de fogos na praia, segundos antes da explosão. O artefato atingiu a turista enquanto eles vibravam pelo ano novo.

“Nós decidimos ficar em casa para evitar o tumulto, para descansarmos, depois do ano que passou. E aí aconteceu isso”, relatou.

O QUE ACONTECEU APÓS A EXPLOSÃO?

Depois do estouro, Bianca correu, aos gritos, em direção ao chuveiro, após usar as próprias mãos para apagar o fogo, relatou em uma rede social.

Ao DE, ela contou que ela e o marido precisaram se deslocar de carro, por conta própria, até o hospital, já que não tinham conseguido ambulância. Fotos publicadas pela turista mostram que o vestido que ela usava chegou a rasgar.

QUEM FOI RESPONSÁVEL PELA SOLTURA DOS FOGOS?

Os fogos que atingiram o prédio faziam parte da programação de fim de ano do município. O nome da empresa responsável pela queima não foi divulgado. Em nota, porém, a prefeitura informou que ela será notificada “para que preste todos os esclarecimentos”.

A SITUAÇÃO DOS FOGOS ESTAVA REGULARIZADA?

Segundo a prefeitura, a montagem foi feita “por brigadistas como determina a legislação”. Procurados, os bombeiros disseram que apuram o que ocorreu, mas anteciparam que todos os documentos estavam regulares e que a montagem dos fogos ocorreu dentro da distância de segurança.

O CASO É INVESTIGADO?

Sim. A Polícia Civil informou na quarta-feira que vai instaurar inquérito policial para apurar os fatos, “especialmente a responsabilidade de quem soltou os fogos que atingiram esse apartamento e causou as lesões”, segundo o delegado Osnei de Oliveira.

É PERMITIDO SOLTAR FOGOS DE ARTIFÍCIO EM NAVEGANTES?

Navegantes tem legislação que proíbe fogos de artifício desde 2020. O artigo 1º da Lei nº 3.470 de 2020 “a venda, o manuseio, a utilização, a queima e soltura de fogos de artifícios com estampidos, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos e efeitos sonoros ou ruídos” são proibidos.

O show pirotécnico, no entanto, utilizava fogos sem ruídos, conforme a prefeitura. “A lei veda a soltura de fogos ruidosos, porém, permite que sejam utilizados fogos com estampido de baixa intensidade (abaixo de 85 decibéis)”, respondeu a prefeitura ao questionamento do DE.

O QUE DIZ O CORPO DE BOMBEIROS?

O Corpo de Bombeiros informou, em nota houve um incidente envolvendo a direção de ao menos um dos artefatos pirotécnicos, disparado em direção a apartamentos da orla.

De acordo com a referida normativa, cabe ao responsável técnico assegurar o cumprimento das normas de segurança, como o monitoramento da área de queda dos fogos e a manutenção dos afastamentos mínimos previstoống desde 2020s para o desing cri total dos requises específicado.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar paladar: frutas fake que encantam os sentidos

Frutas fake: chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar os sentidos

Empreendedora de Curitiba apostou em produto pouco conhecido para se destacar no ramo de confeitaria. Para especialista, cenário para quem empreende no setor é positivo, impulsinado desde a pandemia.

Azedo ou doce? Chef cria sobremesas que imitam frutas

Quando a vida deu um limão à empresária Juliana Demário, de 43 anos, ela resolveu fazer… um doce idêntico à fruta. A chef, que mora em Curitiba, apostou em uma ramo da confeitaria em que sobremesas criam ilusões, imitando objetos ou, no caso dela, frutas. Na culinária, a técnica é chamada de entremet. As criações realistas da empreendedora despertam curiosidade, especialmente nas redes. Os limões feitos por ela tem recheio de gel de amora. Outro exemplo é a manga, que por dentro, tem a própria fruta misturada com gengibre. Além das redes, os doces também estão na vitrine da loja física de Juliana, que, em um primeiro momento, pode até parecer um horti-fruti, mas é uma confeitaria. Os valores de cada doce variam de R$ 30 a R$ 40, e a produção semanal é de cerca de 500 itens.

A chef explica que a técnica é inspirada na ideia do confeiteiro francês Cédric Grolet, famoso nas redes sociais e que soma mais de 11 milhões de seguidores. Segundo ela, no entremet do confeiteiro Cedric, a receita tenta imitar o gosto real do que ela estiver recriando. Se a sobremesa for um limão, o gosto será mais próximo de um limão. Na receita de Juliana, o cliente enxerga a fruta, mas ao experimentar sente a mistura do toque cítrico e do doce, bem longe do sabor original que a fruta tem.

O negócio criado por Juliana é uma das 716.192 Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) registradas no Paraná. Especificamente sobre as confeitarias, o cenário econômico é positivo, uma vez que o setor apresentou crescimento nos últimos anos. Veja números abaixo. O Paraná conta com 4.525 confeitarias. Curitiba lidera o ranking, com 2.081 pequenos empreendimentos. Em segundo lugar aparece Londrina, com 482 confeitarias, seguida de Maringá, com 348. Confira os dados no gráfico acima.

Entre os possíveis motivos que impulsionaram este crescimento está o aumento do consumo das chamadas comfort food – gastronomia afetiva, em tradução livre, como explica Giubertoni. Segundo a consultora, muitas pessoas passaram a buscar mais conforto na comida, assim os doces e bolos se tornaram uma maneira de trazer alegria em tempos difíceis, como foi na pandemia. Além disso, a consultora destaca que a pandemia possibilitou chefs e confeiteiros a aproveitarem o isolamento para buscar formas de se criar novos produtos, o que trouxe uma onda de inovação e ajudou o setor a se destacar.

No caso de Juliana, ela resolveu apostar no segmento em 2019. Houve dificuldade em fazer o negócio engrenar porque, segundo ela, era uma época em que as pessoas não entendiam a proposta e, por isso, os doces não despartavam tanto interesse. Na pandemia, porém, o cenário mudou e o setor da confeitaria ganhou destaque, como apontam dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP). Em 2021, o mercado de panificação e confeitaria faturou R$ 105,85 bilhões no país, um crescimento de 15,3% em relação a 2020.

Com colaboração de Caroline Maltaca, assistente de produtos digitais do g1 Paraná.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp