Maria Aparecida Soares Ruas: Professora da USP de São Carlos é eleita para a Academia Mundial de Ciências

A professora da USP de São Carlos, Maria Aparecida Soares Ruas, teve sua trajetória reconhecida ao ser eleita membro titular da Academia Mundial de Ciências (TWAS). Com uma carreira de mais de 40 anos no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC/USP), Maria Aparecida Soares Ruas assumiu oficialmente sua cadeira em 1º de janeiro de 2025. A indicação e eleição para a TWAS, que reúne cientistas de mais de 100 países, foi uma surpresa e uma grande honra para a professora, integrando um grupo seleto de brasileiras de destaque na área.

Com o objetivo de incentivar mais meninas a se interessarem pela matemática, Maria Aparecida Soares Ruas enfatiza a importância de suas conquistas na área para inspirar futuras gerações. A desigualdade de gênero na matemática no Brasil vem sendo combatida com iniciativas que buscam atrair mais mulheres para a área. Trajetórias de sucesso, como a da professora emérita do ICMC/USP, podem servir de inspiração e estimular jovens a seguirem carreiras científicas.

A eleição para a TWAS é baseada nas contribuições de pesquisadores de países em desenvolvimento para o avanço da ciência. Maria Aparecida Soares Ruas, com 76 anos, natural de Lins (SP) e formada em Licenciatura em Matemática pela Unesp, é referência na área de Teoria de Singularidades. Desde 1971, quando ingressou no ICMC para fazer mestrado, a professora construiu uma carreira sólida, com mais de 80 artigos científicos publicados em revistas internacionais, orientação de alunos e participação em diversos projetos.

Receber a Medalha do Mérito Científico da presidência da república e ser a quarta mulher indicada para a Academia Brasileira de Ciências na área de matemática são reconhecimentos da importância e relevância do trabalho de Maria Aparecida Soares Ruas. Em sua trajetória no ICMC, foi pioneira em diversas atividades acadêmicas, como comandar o Departamento de Matemática e presidir comissões de pós-graduação, pesquisa e biblioteca. Seu legado está documentado no livro “Mulheres na Ciência em São Carlos”, que retrata seis cientistas da região.

Fundada em 1983 por um grupo de cientistas de países em desenvolvimento, a TWAS tem como objetivo fortalecer a ciência e a engenharia para enfrentar desafios como a fome e a pobreza. Na última eleição, que selecionou 74 novos pesquisadores, dez brasileiros foram eleitos, incluindo Maria Aparecida Soares Ruas. Com a inclusão dos novos membros, a TWAS conta com 1.444 integrantes, dos quais 159 são brasileiros, revelando a relevância e o destaque da comunidade científica do país em âmbito internacional.

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Ataque no assentamento Olga Benário do MST em SP: Ministério lamenta e cobra justiça

O Ministério do Desenvolvimento Agrário lamenta profundamente o ataque violento que ocorreu no assentamento Olga Benário, do Movimento dos Sem Terra (MST), em Tremembé, no interior de São Paulo. O ataque resultou na morte de dois homens e deixou seis pessoas feridas, conforme informações da Polícia Civil. Até o momento, nenhum suspeito foi preso, e as autoridades continuam investigando o caso.

Em uma nota de repúdio emitida no sábado (11), o Ministério expressou solidariedade às famílias das vítimas e cobrou punição para os responsáveis pelo crime. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, entrou em contato com as autoridades de segurança pública para garantir que o crime seja devidamente investigado e os culpados sejam responsabilizados.

O assentamento Olga Benário, regularizado pelo Incra há aproximadamente 20 anos, abriga cerca de 45 famílias ligadas ao MST. Entre as vítimas fatais do ataque estão Valdir do Nascimento de Jesus, uma liderança do movimento, e Gleison Barbosa Carvalho. Os sobreviventes foram socorridos e encaminhados para hospitais da região, com um dos feridos em estado grave.

O ataque foi descrito como um crime bárbaro pelo Ministério, que reiterou seu compromisso com a reforma agrária e a segurança dos assentados. O fato de o caso seguir sem prisões ressalta a importância de uma investigação minuciosa para trazer justiça às vítimas e à comunidade atingida. A comunidade local está em estado de choque com a brutalidade do evento.

A violência no campo é uma realidade preocupante no Brasil, e episódios como esse reforçam a necessidade de proteção e apoio às famílias agricultoras. O apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário é vital para garantir que os direitos dos trabalhadores rurais sejam protegidos e que a segurança no campo seja garantida. A luta pela reforma agrária continua, mesmo diante de desafios tão graves como esse ataque.

Os moradores do assentamento Olga Benário e toda a comunidade MST merecem justiça e segurança, e cabe às autoridades responsáveis agir de forma eficaz para evitar que tais crimes se repitam. A solidariedade e apoio de toda a sociedade são essenciais para enfrentar essa situação e garantir um ambiente seguro e justo para todos os trabalhadores rurais. A luta pela terra e pela dignidade no campo não pode ser silenciada pela violência.

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