Ex-secretários estaduais de Saúde do Amazonas condenados por desvio de verbas públicas

Ex-secretários estaduais de Saúde do Amazonas são condenados por desvio de dinheiro público

A decisão da Justiça do Amazonas condenou os ex-gestores da pasta da Saúde, Edivaldo da Silva e Maria Belém Martins Cavalcante, por desvio de dinheiro público. O juiz Reyson Silva, em sentença emitida no último dia 30, apontou que os crimes foram cometidos em 2017, quando a dupla desviou verba por meio de pagamentos a uma empresa em valores acima do normal ou por serviços não realizados.

A equipe do DE procurou a defesa dos condenados e solicitou um posicionamento do governo estadual sobre a decisão judicial. Até o momento, não houve retorno por parte dos envolvidos.

Os ex-secretários de Saúde, juntamente com outras quatro pessoas, foram denunciados pelo Ministério Público do Amazonas em outubro de 2020. A denúncia foi resultado de investigações conduzidas pela CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Durante as investigações da CPI da Saúde, os parlamentares analisaram contratos celebrados pela Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM) no período de 2011 a 2020. Foram identificadas irregularidades em um pagamento de R$ 868 mil a uma empresa de distribuição de medicamentos.

Segundo o Ministério Público, a empresa foi contratada para realizar procedimentos de colposcopia e conização durante um mutirão de saúde nos municípios de Envira, Ipixuna e Guajará. No entanto, parte dos serviços contratados não foram executados e outros foram cobrados com valores acima do mercado.

O juiz responsável pelo caso considerou que os réus agiram de forma irresponsável no uso dos recursos públicos, causando prejuízo ao dispensar licitação e contribuindo para o desvio de verbas públicas por serviços não realizados.

Por fim, a pena imposta aos réus foi a seguinte:

– Edivaldo: 5 anos e três meses de prisão, além de multa;
– Maria Belém: 3 anos e nove meses de prisão, substituídos por medidas restritivas de direito a cumprir.

Os outros réus, identificados como Criselídia Bezerra de Moraes, Nayla Thereza Moraes da Silva, Carlos Henrique Alecrim John e Frank Andrey Gomes de Abreu, foram absolvidos das acusações.

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Canaranas invadem orla de Manaus durante período de seca: especialistas alertam para riscos ambientais e de segurança

Com a chegada do período de seca do Rio Negro, um fenômeno preocupante tem chamado a atenção dos moradores de Manaus. As “canaranas”, também conhecidas como “capim marreco”, têm invadido a orla da cidade, formando verdadeiros tapetes verdes que se estendem por quilômetros. O aumento do nível das águas não foi suficiente para eliminar a vegetação que se aproveitou do solo fértil para se proliferar.

Um especialista ouvido pelo de alertou para os impactos negativos das canaranas na região. Além de atrair insetos e reduzir a oxigenação do rio, o capim representa uma ameaça para a fauna aquática local. O risco para embarcações também é uma preocupação, já que a presença das canaranas pode dificultar a navegação no Rio Negro, colocando em perigo quem depende do transporte fluvial.

A presença das canaranas na orla de Manaus é tão marcante que vídeos divulgados nas redes sociais têm chamado a atenção tanto dos moradores quanto dos visitantes da cidade. O balneário da Ponta Negra, um dos principais pontos turísticos da região, tem sido impactado pela invasão desse capim indesejado, prejudicando a paisagem e a qualidade de vida dos frequentadores.

O biólogo André Menezes alerta para os perigos das canaranas, que podem abrigar animais peçonhentos como cobras e jacarés. Além disso, a decomposição do capim torna a água imprópria para banho, contaminando o ambiente aquático e prejudicando a vida marinha. A remoção dessa vegetação se torna uma tarefa urgente para preservar o equilíbrio ambiental e garantir a segurança de todos.

A origem do capim marreco está diretamente ligada à oscilação das águas do Rio Negro. Durante a seca, o solo acumula nutrientes que favorecem o crescimento da vegetação. Com a chegada das chuvas e a subida do rio, o capim se solta da terra, formando extensos tapetes verdes que se espalham pela região. A falta de ação preventiva pode resultar em custos mais elevados para a remoção das canaranas, que se tornam ainda mais difíceis de serem retiradas após a inundação.

Diante do agravamento da situação, a Prefeitura de Manaus iniciou a remoção das canaranas na Praia da Ponta Negra. O secretário Sabá Reis ressaltou a importância da ação para preservar a navegabilidade do Rio Negro e garantir a segurança das embarcações que circulam pela região. A remoção do capim se mostra essencial para evitar danos ao ecossistema local e manter a qualidade de vida da população ribeirinha.

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