Antonio José é escolhido como procurador-geral do RJ por Cláudio Castro

DE escolhe Antonio José como novo procurador-geral de Justiça do RJ

O procurador escolhido pelo governador Cláudio Castro será o chefe do Ministério
Público do Rio de Janeiro no biênio 2025 e 2026. Com 583 votos (62,75%), Antonio
José foi o candidato mais votado na eleição realizada em dezembro. Leila Costa
ficou em 2º.

Castro escolhe Antonio José, o mais votado no MP, para ser o novo
procurador-geral de Justiça do RJ — Foto: Divulgação

O governador Cláudio Castro
(escolheu o procurador de Justiça Antonio José Campos Moreira para ser o novo
procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro. Ele foi o
candidato mais votado
na eleição realizada em dezembro, entre membros do Ministério Público do Rio
(MPRJ), com 583 votos.

Com a decisão do governador, Antonio José será o chefe do MPRJ pelo mandato de
dois anos (2025 e 2026). Ele ocupará o cargo que atualmente pertence ao
procurador Luciano Mattos, que foi reconduzido ao
posto em 2023
(mesmo não sendo o mais votado por seus pares na ocasião).

Na eleição para a lista tríplice em 2023, a primeira colocada foi a procuradora
Leila Costa, que obteve 485 votos (46,27%). Já na última votação realizada,
Leila Costa terminou em segundo lugar, com 346 votos, e novamente foi preterida
por Castro para ocupar o posto de chefe do MPRJ.

O ato de nomeação de Antonio José será publicado em edição extra do
Diário
Oficial. O novo procurador-geral tomará posse em 17 de janeiro, data em que terá
início seu mandato. A sessão solene será realizada no Órgão Especial do Colégio
de Procuradores de Justiça, na sede do MPRJ.

> “O Ministério Público é fundamental para o Estado, atuando na defesa do regime
> jurídico e preservando a Constituição Federal e os interesses da sociedade.
> Nomear o procurador Antonio José Campos Moreira, que tem muita credibilidade e
> quase 40 anos de experiência no MP, garante a continuidade do regime
> democrático de direito”, comentou Cláudio Castro.

“Desejo sucesso ao novo procurador-geral nesta nova etapa tão importante para o
nosso estado”, afirmou o governador em uma postagem no Twitter.

PERFIL DO PROCURADOR-GERAL

Antonio José entrou no MP em 1987 e atualmente é o procurador titular da 1ª
Procuradoria de Justiça junto à 2ª Câmara Criminal do TJRJ.

Antes, foi procurador-geral de Justiça em exercício, subprocurador-geral de
Justiça, assessor-chefe da Assessoria de Assuntos Institucionais, assessor-chefe
da Assessoria de Atribuição Originária Criminal, e coordenador da primeira
formação do grupo das Centrais de Inquérito (1995/1996), além de chefe de
Gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça.

Em sua trajetória, Antonio José atuou nos processos que resultaram na condenação
da cúpula do jogo do bicho; com estouro da fortaleza de Castor de Andrade e
apreensão de livros de registros de pagamento de propina a políticos, policiais,
juízes e promotores; das chacinas da Candelária e de Vigário Geral; além do caso
Daniela Perez, todos nos anos 1990.

Ele também trabalhou na condução da investigação e processo que resultaram na
primeira condenação por formação de milícia dos irmãos Natalino Guimarães e
Jerominho, deputado e vereador, chefes da milícia “Liga da Justiça”, no início
dos anos 2000, entre outros processos relevantes.

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Família denuncia negligência médica em hospital público de Caxias após AVC: Mestre de capoeira morre por larvas no nariz

Família diz que mestre de capoeira morreu por negligência médica em hospital público de Caxias após AVC; foram encontradas larvas no nariz do paciente

Itamar Silva Barbosa, de 64 anos, era conhecido como “Mestre Peixe” e teve morte cerebral, confirmada nesta quinta-feira (9). A família chegou a protestar no hospital e entrar com uma ação judicial para obter vaga no CTI. O DE procurou a Prefeitura de Duque de Caxias, que informou que Itamar deu entrada no hospital por meios próprios com dor no peito, dificuldade na fala e perda de força em membro superior esquerdo.

Familiares de um mestre de capoeira que foi internado no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, alegam que ele sofreu negligência médica durante a internação após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Eles afirmam o tratamento ineficiente da equipe médica agravou seu estado de saúde, resultando em uma morte cerebral, confirmada nesta quinta-feira (9). A família, que chegou a protestar no hospital e entrar com uma ação judicial, também diz que larvas de moscas foram encontradas no nariz do paciente, uma infestação conhecida como “miíase”.

Itamar Silva Barbosa, de 64 anos, era conhecido como “Mestre Peixe”. Ele foi um dos fundadores da tradicional Roda Livre de Caxias, além de mestre do Grupo Unificar.

O DE procurou a Prefeitura de Duque de Caxias, que informou que Itamar deu entrada no hospital por meios próprios com dor no peito, dificuldade na fala e perda de força em membro superior esquerdo (MSE). A direção do HMAPN informou que o paciente passou por exames de imagem (tomografia), que evidenciou um AVC isquêmico extenso, com pequenos focos hemorrágicos.

Segundo a família, antes de morrer, o idoso passou por 7 dias de internação. Ele deu entrada no HMAPN no dia 2 de janeiro com quadro de AVC isquêmico. Thais de Brito Barbosa, filha de Itamar, afirma que o médico responsável pelo primeiro atendimento minimizou a gravidade do caso, afirmando que o AVC era transitório e que o paciente receberia alta em 48 horas.

Entretanto, Itamar teria ficado em uma maca no corredor do hospital por pelo menos um dia, sem ser transferido.

A família alega que perguntou se não haveria classificação de risco para transferir o idoso para um atendimento especializado, mas a equipe do hospital teria respondido que o atendimento acontece por ordem de chegada.

Diante da falta de assistência adequada e da piora do quadro do paciente, a família entrou com uma ação judicial solicitando a transferência de Itamar para o Centro de Terapia Intensiva (CTI). No dia 6 de janeiro, o juiz deferiu a liminar, determinando a remoção do paciente para uma unidade de terapia intensiva da rede pública ou particular, às custas do município de Caxias.

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