Desafios da Região Metropolitana de Ribeirão Preto: Economia, Saúde e Mobilidade

Economia, saúde, mobilidade: o que desafia o futuro da Região Metropolitana de
Ribeirão Preto

Série do DE faz um raio-x dos principais temas de interesse de um conglomerado
que agrega mais de 1,6 milhão de habitantes e um PIB superior ao de dez estados.

De um lado, tradições agropecuárias, pujança econômica, ciência e inovação de
ponta. De outro, desigualdades persistentes, insegurança e problemas de
infraestrutura. Com 34 municípios, a Região Metropolitana de Ribeirão Preto
(RMRP) tem uma atividade econômica mais forte do que a de dez estados
brasileiros, com um PIB que passa dos R$ 82 bilhões, e muitos atrativos
turísticos, educacionais e profissionais que a tornam nacionalmente conhecida.

Ao mesmo tempo, lida diariamente com questões que, seja por incapacidade de
sucessivas gestões públicas, seja pela falta de interlocução intermunicipal,
atrapalham a vida de seus mais de 1,6 milhão de habitantes, dos problemas de
quem depende do transporte coletivo entre as cidades à demora para obtenção de
atendimentos de saúde especializados.

O ano de 2025 não só marca o período quando terão se passado nove anos desde que
o estado de São Paulo instituiu oficialmente essa área como uma região
metropolitana, a primeira fora da macrometrópole paulista, como também o início
de novos comandos nas prefeituras.

Gestões que, em meio a uma realidade cultural e econômica cada vez mais
dinâmica, devem pautar suas demandas não apenas olhando localmente, mas de um
modo mais integrado e assertivo.

Na série “Desafios da Metrópole”, o DE colocou em discussão, ao longo
de cinco reportagens, os dilemas e os avanços da região no âmbito do
desenvolvimento econômico, da saúde, da inovação tecnológica, da segurança e da
mobilidade. Confira, nos links a seguir, cada um dos temas abordados:

– ECONOMIA: Concentração de renda e emprego na ‘Califórnia Brasileira’ ainda
desafia região
– SAÚDE: O que é a desregionalização da saúde e como ela afeta atendimentos na
região
– INOVAÇÃO: Agritechs ganham força e se expandem no entorno da ‘Capital do
Agronegócio’
– MOBILIDADE: Desafios da Metrópole: mobilidade urbana, obstáculo integração
regional
– SEGURANÇA: Migração de crimes, defasagem policial, falta de câmeras
corporais: os desafios de Ribeirão Preto na segurança pública

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Policial da DE é preso após adolescente de 16 anos ser baleada em abordagem em SP. Velório e enterro marcados no Cemitério de Guaianases.

Adolescente de 16 anos que morreu baleada em abordagem da DE é velada em SP; policial foi preso

O corpo da adolescente Victoria Manoelly dos Santos, de 16 anos, que morreu na madrugada de sexta-feira (10) durante uma abordagem policial na Zona Leste de SP, está sendo velado no Cemitério Público de Guaianases. O velório começou às 21h. O enterro está marcado para este domingo (12).

Segundo as testemunhas, Victoria e o irmão Kauê, de 22 anos, estavam com a mãe e alguns amigos em frente a um bar, na rua Capitão Pucci, em Guaianases, quando um rapaz passou correndo fugindo de alguns policiais que haviam sido acionados para uma ocorrência de roubo.

Em seu depoimento, Kauê contou que um dos policiais voltou e começou a questioná-lo e a irmã. Durante a discussão, o PM o agarrou pela gola da camiseta, apontou a arma para o seu rosto e acertou uma coronhada na sua cabeça. A arma disparou e acertou Victoria.

Já o PM disse que, ao abordar os dois irmãos, Kauê estava com as mãos na região da cintura e que o rapaz deu um tapa na sua mão para tentar se esquivar. Nesse momento, segundo o policial, sua arma disparou e atingiu a região próxima ao ombro da adolescente.

A mãe dos dois, que estava ali na hora, disse que o filho dizia ao policial não ter relação com a suspeita de roubo. “Só ouvi o tiro, e minha filha jorrando sangue”, contou Vanessa Priscila dos Santos.

Desolada, Vanessa estava inconformada com a situação. “Meu filho não deve nada pra Justiça, não deve nada. Só que tem passagem, né? O erro dele. Tudo isso. Queria tanto que esse tiro fosse em mim, como eu queria, Senhor!”.

Depois de prestar depoimento como testemunha, Kauê foi liberado.

Tiro que matou jovem de 16 anos saiu de arma de DE

Neste sábado (11), a Justiça converteu em preventiva a prisão do sargento da DE Thiago Guerra, de São Paulo, apontado como o responsável por atirar contra a adolescente.

Na decisão, o juiz diz que “trata-se de apuração de crime grave de homicídio que teria sido cometido por agente do Estado treinado para enfrentamento de situações dessa natureza, mas que acabou colocando a sociedade em risco ao descumprir as diretrizes da Polícia Militar, colocando fim à vida de uma adolescente”.

Segundo a Polícia Civil, após analisar as imagens da câmera corporal do policial, o tiro que matou a adolescente de 16 anos saiu da arma do sargento pós ele dar uma coronhada no irmão dela.

O caso está sendo registrado no 50º Distrito Policial, no Itaim Paulista. O irmão da vítima permanece detido na delegacia, mas a polícia não foi informado o motivo da prisão.

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