O estudo foi feito por um grupo de pesquisadores indianos da Universidade de Swansea, no Reino Unido. Segundo a pesquisa, as nanopartículas presentes em folhas de chá tem a capacidade de inibir e destruir as células cancerígenas que provocam o câncer de pulmão. Isso acontece quando os nanoporos penetram nas células e inibem o crescimento de seus tecidos.
As nanopartículas dessas folhas são quatro mil vezes menores do que a espessura de um fio de cabelo humano, e foram capazes de penetrar nos nanoporos das células cancerígenas, provocando um efeito citotóxico, impedindo o crescimento de seu tecido e matando mais de 80% delas. O efeito da substância foi comparado com o provocado pela cisplatina, que é muito comum no tratamento contra o câncer. Apesar da descoberta, os cientistas deixam claro que isso não quer dizer que o consumo de chá trate e nem mesmo previna tumores malignos.
“Nós comparamos este efeito de citotoxicidade em células cancerosas A549 com uma droga padrão, a cisplatina, mostrando resultados comparáveis. Além disso, os semicondutores produzem imagens de fluorescência de alto contraste de células cancerígenas A549, indicando uma forte interação com a célula cancerosa”, diz o artigo.
Com a descoberta, os cientistas se dispuseram a desenvolver um método mais simples e eficaz para produzir nanopartículas não tóxicas. De acordo com o estudo publicado na revista ACS Applied Nano Materials, isso foi feito utilizando um extrato derivado das folhas da Camellia sinensis, conhecida popularmente como chá-da-índia, misturadas com dois outros produtos químicos.
As expectativas são de que em dois anos os testes laboratoriais podem começar a serem realizados em humanos e que em apenas uma década tenha-se um tratamento viável para a cura do câncer.