Pesquisa indica que folhas de chá destroem células cancerígenas

O estudo foi feito por um grupo de pesquisadores indianos da Universidade de Swansea, no Reino Unido. Segundo a pesquisa, as nanopartículas presentes em folhas de chá tem a capacidade de inibir e destruir as células cancerígenas que provocam o câncer de pulmão. Isso acontece quando os nanoporos penetram nas células e inibem o crescimento de seus tecidos.

As nanopartículas dessas folhas são quatro mil vezes menores do que a espessura de um fio de cabelo humano, e foram capazes de penetrar nos nanoporos das células cancerígenas, provocando um efeito citotóxico, impedindo o crescimento de seu tecido e matando mais de 80% delas. O efeito da substância foi comparado com o provocado pela cisplatina, que é muito comum no tratamento contra o câncer.  Apesar da descoberta, os cientistas deixam claro que isso não quer dizer que o consumo de chá trate e nem mesmo previna tumores malignos.

“Nós comparamos este efeito de citotoxicidade em células cancerosas A549 com uma droga padrão, a cisplatina, mostrando resultados comparáveis. Além disso, os semicondutores  produzem imagens de fluorescência de alto contraste de células cancerígenas A549, indicando uma forte interação com a célula cancerosa”, diz o artigo.

Com a descoberta, os cientistas se dispuseram a desenvolver um método mais simples e eficaz para produzir nanopartículas não tóxicas. De acordo com o estudo publicado na revista ACS Applied Nano Materials, isso foi feito utilizando um extrato derivado das folhas da Camellia sinensis, conhecida popularmente como chá-da-índia, misturadas com dois outros produtos químicos.

As expectativas são de que em dois anos os testes laboratoriais podem começar a serem realizados em humanos e que em apenas uma década tenha-se um tratamento viável para a cura do câncer.

 

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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