Buscas por vítimas do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins seguem com reforços e tecnologia

Equipes de resgate estão retomando as buscas por vítimas do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins, que liga as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). A operação havia sido suspensa para a abertura das comportas da Hidrelétrica de Estreito, devido às chuvas intensas. A ponte JK desabou entre Tocantins e Maranhão, resultando em 12 mortes, com cinco pessoas ainda desaparecidas.

As operações de busca contam com reforços de bombeiros de São Paulo, unindo-se aos mergulhadores da Marinha e do Corpo de Bombeiros do Tocantins, Maranhão e Distrito Federal. A dificuldade da operação reside na visibilidade limitada na água, devido à profundidade e escuridão, o que é enfrentado pelos mergulhadores com uso de drones, robôs e câmaras hiperbáricas.

Até o momento, foram confirmados 12 óbitos, com cinco pessoas ainda desaparecidas, incluindo três vítimas encontradas em uma caminhonete a 40 metros de profundidade. A Marinha divulgou imagens do veículo, onde foram localizados apenas pertences pessoais. Outras equipes buscam os corpos de dois homens que estavam em motocicletas.

O desafio das buscas inclui a profundidade e escuridão do rio Tocantins, exigindo que os mergulhadores trabalhem em duplas para evitar acidentes com os escombros da ponte. A tecnologia tem sido uma aliada crucial no trabalho, auxiliando na localização de vítimas e na execução das operações de resgate.

A reconstrução da ponte da BR-226, entre Tocantins e Maranhão, já está em andamento, com um consórcio contratado para o trabalho. A ponte foi completamente interditada, forçando os motoristas a utilizarem rotas alternativas. Além disso, a queda dos tanques com substâncias químicas no rio Tocantins representa um risco potencial de contaminação ambiental, sendo monitorado de perto pelas autoridades.

A situação de emergência foi decretada pelo Prefeito de Estreito, devido à falta de recursos para lidar com os impactos da queda da ponte sobre o município. O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência na cidade, possibilitando a solicitação de recursos federais para apoiar as ações de Defesa Civil e outros aspectos emergenciais necessários. O trabalho de resgate e recuperação continua, com esforços concentrados na localização e identificação das vítimas do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins.

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Identificada mais uma vítima do desabamento da ponte sobre o Rio Tocantins: corpo de Alessandra Ribeiro confirmado pela perícia

Identificada mais uma vítima do desabamento da ponte sobre o Rio Tocantins;
corpo de Alessandra Ribeiro é confirmado pela perícia

Segundo a Marinha, as buscas devem ser suspensas caso não haja novos indícios
que levem à localização dos últimos desaparecidos. Até o momento, 14 mortes
foram confirmadas e três pessoas seguem desaparecidas.

Nesta foto a Alessandra Ribeiro está ao lado do marido e do neto que
continuam desaparecidos — Foto: Divulgação/ Redes Sociais

A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP) informou que, no
início da tarde desta terça-feira (7), a Perícia Oficial confirmou a identidade
de mais uma vítima do desabamento da ponte sobre o Rio Tocantins, ocorrido no
dia 22 de dezembro passado, entre Estreito (MA)
e Aguiarnópolis (TO). Trata-se de
Alessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos, natural de Palmas, no Tocantins. A
identificação foi realizada em São Luís
por meio de exame de DNA, realizado pelo Instituto de Análise Forense (IGF).

Alessandra viajava com o marido, Salmon Alves Santos, 65 anos, e o neto, Felipe
Giuvannuci, de 10 anos, em uma caminhonete S10, cor preta e placa QWA 1456. Os
corpos do marido e do neto continuam desaparecidos.

O corpo de Alessandra foi resgatado do Rio Tocantins na sexta-feira (5) e
encaminhado para a Perícia Oficial em Imperatriz, a 125 km de Estreito, local do
acidente. Devido ao grau de decomposição em que se encontrava, por ter
permanecido submerso por um longo período, a identificação da vítima foi
realizada por meio de exame de DNA.

O material genético foi coletado pela equipe do Instituto de Criminalística de
Imperatriz e enviado ao Instituto de Genética Forense (IGF) em São Luís. Devido
às condições climáticas adversas, a aeronave do Centro Tático Aéreo (CTA) não
conseguiu realizar a decolagem; assim, as amostras foram transportadas em
viatura da Perícia até a capital no último domingo (5).

Dentre os 17 desaparecidos iniciais, foram confirmados 14 mortes e três pessoas
seguem desaparecidas, segundo a Marinha do Brasil.

A Marinha do Brasil também informou que a Força-Tarefa de busca e resgate às
vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Maranhão
e Tocantins, pode ser encerrada nesta terça-feira (7) caso não haja novos
indícios que levem à localização dos últimos desaparecidos. Três pessoas seguem
desaparecidas.

De acordo com o órgão, os trabalhos de busca poderão ser retomados “caso surjam
novas informações concretas que contribuam para a localização das vítimas”. A
nota diz ainda que será realizada uma nova varredura com mergulhadores para
concluir um “ciclo técnico que elimina quaisquer lacunas nas áreas já
exploradas”.

Desde o início das operações, a Força-Tarefa concentrou esforços nas áreas com
maior probabilidade de localização das vítimas, especialmente nas proximidades
dos veículos e escombros.

A Marinha informou também que nesta quarta-feira (8) ocorrerá a abertura das
comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, devido ao aumento do
nível do reservatório e do regime de chuvas na região.

A correnteza do rio Tocantins também gera dificuldade para o resgate dos corpos
das vítimas que ainda não foram encontradas. Tanques com defensivos agrícolas,
que também caíram no rio, também devem ter sido arrastados, segundo os
mergulhadores. A suspeita é que abertura das comporta da hidrelétrica de Estreito deve ter
contribuído para arrastar os corpos e materiais para mais longe do local da
queda da ponte. A abertura das comportas foi necessária porque chove na região e
a água represada tinha chegado no limite.

A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira desabou no dia 22 de dezembro,
quando caíram quatro caminhões, duas caminhonetes, um carro e três motos.

Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, era natural de Estreito (MA) mas morava
em Aguiarnópolis (TO). O corpo dela foi localizado no domingo (22);
Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos. O corpo dela foi localizado na
terça-feira (24). Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, que saiu de Dom
Eliseu (PA) e que caiu no rio Tocantins;
Kécio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. O corpo dele foi localizado na
terça-feira (24)
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de
defensivos agrícolas;
Andreia Maria de Souza, de 45 anos. O corpo foi encontrado na terça-feira
(24)
Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico;
Anisio Padilha Soares, de 43 anos. O corpo dele foi localizado na
quarta-feira (25);
Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos. O corpo dela foi localizado na
quarta-feira (25);
Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos. O corpo dela foi encontrado por
mergulhadores na manhã da quinta-feira (26)
Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos. O corpo dela foi localizado também
na quinta (26);
Alison Gomes Carneiro, de 57 anos. O vereador do PSD teve o corpo localizado
na manhã de domingo (29).
Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos. O corpo dela foi retirado do rio na
terça-feira (31) e estava dentro de um veículo
Ela viajava com a filha, Cecília de três anos e o marido, Jairo Silva
Rodrigues. A menina viajava com a mãe, Cássia e com o pai, Jairo Silva Rodrigues.
Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos. O corpo dela foi retirado do rio na
terça-feira (31).
Beroaldo dos Santos, de 56 anos. Ele foi retirado da água no fim da manhã de
quarta-feira (1º), segundo a Marinha
Na manhã de sexta-feira (3), um corpo foi encontrado no rio Tocantins
Era o mototaxista Marçonglei Ferreira, de 43 anos, que trabalhava na região.
Alessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos, natural de Palmas, no Tocantins. A
identificação foi realizada em São Luís por meio de exame de DNA, realizado
pelo Instituto de Análise Forense (IGF).

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do
governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A
causa do colapso ainda será investigada, de acordo com o órgão.

Uma força-tarefa foi criada identificar os corpos das vítimas encontrados pelas
equipes de buscas. Conforme a Secretaria de Segurança Pública, os trabalhos são
realizados por um perito oficial médico, peritos criminais, agentes de
necrotomia e papiloscopista.

Um consórcio foi contratado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Dnit) para reconstruir a ponte da BR-226, entre Tocantins e
Maranhão. A dispensa de licitação de quase R$ 172 milhões prevê que a obra seja
finalizada até o dia 22 de dezembro de 2025.

A ponte foi completamente interditada, e os motoristas devem usar rotas
alternativas.

A Prefeitura de Estreito decretou situação de emergência no município. Um decreto, assinado pelo prefeito Léo Cunha (PL), cita a necessidade de apoio
técnico e financeiro dos governos federal e estadual, já que o município estaria
com falta de recursos para atender várias demandas urgentes decorrentes da queda
da ponte.

No dia 31 de dezembro, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional
reconheceu a situação de emergência na cidade de Estreito. Com essa medida, a
cidade pode solicitar recursos federais para ações de Defesa Civil, dentre
outras.

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