Vandalismo em Praças de Esportes de Campinas: Imagens Flagradas por Câmeras de Segurança

VÍDEO: câmeras de segurança flagram vandalismo em Praças de Esportes de Campinas

Ação na Praça de Esporte Primavera foi registrada por câmeras de segurança.

Praças de Esportes de Campinas são alvo de vandalismo; VÍDEO
No vídeo, podemos ver o momento em que a Praça de Esportes Primavera, em Campinas (SP), foi alvo de vandalismo na quarta-feira (1º). Outras três praças também sofreram danos causados por vândalos no fim do ano.

Nas imagens, é possível ver o momento em que três suspeitos passaram em frente à praça e um deles chutou uma lixeira, que caiu no chão logo em seguida. Lixeiras foram destruídas e lixos foram jogados pelas passarelas e campo de futebol.

A Praça de Esportes Doutor Roberto Ângelo Barbosa, localizada na Vila 31 de Março, também sofreu com vandalismo e teve lixo despejado em área usada por banhistas. Além disso, objetos como telhas foram atiradas dentro da piscina, acelerando a proliferação de algas e deixando a água verde.

De acordo com a prefeitura, moradores foram surpreendidos na quinta-feira (2) com muita sujeira e lixo quando foram praticar atividade física na Praça Emil Rached, no DIC 6.

O alambrado que dá acesso à quadra de basquete e futsal da Praça de Esportes Salvador Lombardi Neto, que fica no Jardim Eulina, foi cortado. Além disso, o piso foi riscado e parte do suporte de sustentação do gol destruída.

Ao todo, foram danificados holofotes, trave de quadra, além de telhas quebradas, objetos atirados na piscina, lixeiras destruídas e lixos espalhados.

Ainda de acordo com a prefeitura, a recuperação nas áreas de lazer começou na manhã de quinta (2). Equipes da Secretaria Municipal de Serviços Públicos foram encaminhadas para manutenção dos equipamentos danificados.

A piscina da Praça Dr. Roberto Ângelo Barbosa passou por tratamento e pode ser utilizada a partir desta sexta-feira (3) pelos visitantes.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Escolas de Campinas implantarão protocolo antirracista em fevereiro: capacitação de equipes e combate às práticas racistas. Redução das diferenças de aprendizagem é o foco.

Escolas da rede municipal de Campinas vão implantar protocolo antirracista a partir de fevereiro

Conjunto de ações inclui capacitação de professores e funcionários de colégios para identificar e evitar ações racistas. O objetivo é reduzir as diferenças de aprendizagem, diz o secretário adjunto.

Escolas da rede municipal de Campinas vão implantar protocolo antirracista

A rede municipal de educação, que reúne 65 mil alunos, vai implantar um protocolo antirracista a partir do primeiro semestre letivo de 2025, que se inicia em fevereiro. A medida começa com a capacitação das equipes escolares (o que inclui professores) para reduzir, nelas, a reprodução de práticas racistas.

A formação ocorrerá por meio de palestras que abordam as relações étnico-raciais e a valorização das culturas.

A implantação do protocolo, que ainda está finalizado, foi incluída nas ações e entregas previstas para os 100 primeiros dias de governo do segundo mandato de Dário Saadi (Republicanos) na prefeitura.

> “O propósito final é a gente ter construído uma política de educação antirracista, que seria um conjunto de ações perenes que vão permanecer impactando no processo educacional”, explicou o secretário Adjunto de Educação de Campinas, Luiz Marighetti.

Marighetti afirma que o protocolo serve como uma cartilha que identifica e descreve o que são atos de racismo, além de apontar as ações que precisam ser realizadas do ponto de vista educacional. Como acontece o encaminhamento, a caracterização e se é necessário dar tratamento criminal ou não.

> “A gente pretende começar a discutir a questão da aprendizagem das crianças de forma um pouco mais concreta, olhando para a realidade de escola por escola. Nesta tarefa que a gente está envolvido agora porque o propósito final é que a gente construa uma escola para todos”, fala.

Escolas da rede municipal de Campinas vão implantar protocolo antirracista a partir de fevereiro. — Foto: Milton Michida/A2/Governo de São Paulo

TRABALHO MINUCIOSO NAS ESCOLAS

“Existe um movimento de segregação pedagógica que muitas vezes é desconhecido pelo professor. Isso não ocorre necessariamente porque o professor é racista, mas muitas vezes porque ele não reflete se esse processo pedagógico é adequado para essas crianças, considerando a sua origem social e as necessidades mais pessoais”, secretário adjunto.

Com o protocolo, a meta é avaliar cada escola e entender como funciona a “distinção pedagógica”, que “também não é igual, não existe um padrão”. Depende de uma série de aspectos específicos de escola e local onde está inserida, afirma o subsecretário.

> “Existe o aspecto de olhar para essa realidade um pouco mais pedagógica, que também deve passar por um movimento onde todas as escolas. Cada uma, vai ter que olhar para dentro de si”.

O PROTOCOLO

O documento faz parte de uma das etapas do desenvolvimento da chamada cultura antirracista nas escolas. A previsão da secretaria é que o protocolo seja publicado no início do período letivo.

Já a construção da cultura antirracista, que foi iniciada como política pública em 2023 com a criação de um grupo de estudo, seja realizado até o fim de 2026.

Segundo Marighetti, foram encontradas incoerências em relação aos dados de alunos matriculados no sistema de ensino municipal, além de lacunas de informações no que se refere à aprendizagem e à questão racial.

O grupo de estudo, que buscou entender o quadro do racismo dentro das escolas, se expandiu no ano seguinte com a criação de grupos de trabalho para ações de identificação do racismo tanto em situações cotidianas como em atos de discriminação.

Para Marighetti, é importante compreender e atacar não apenas o “racismo mais concreto”, mas entender e melhorar a forma como os alunos rendem dentro das 203 escolas da rede, além de outras com contrato de colaboração que chegam quase a 250 unidades administradas.

> “A gente quer entender por que as crianças negras são as que têm o menor rendimento. Esse é o foco principal”, conta.

Lei que equipara o crime de injúria racial a racismo entra em vigor

GRUPOS QUE SOFREM PRECONCEITO

As ações em desenvolvimento, segundo Marighetti, não buscam reduzir desigualdades apenas para crianças negras, mas alcançar outros grupos que sofrem preconceitos, como jovens indígenas e ciganos.

“Não adianta mais a gente não ter situação de injúria racial na escola, mas as crianças pretas continuarem não conseguindo se alfabetizar na idade correta. Ou os meninos negros, ao invés de levarem nove anos para concluir o ensino fundamental, levarem 13 anos”.

> “No final das contas, uma política antirracista é efetiva não só se você não tem mais ato de racismo concreto, vamos dizer assim, de injúria. Não, não é só isso. Precisa também que todas as crianças continuem a aprender”, finaliza.

VÍDEOS: TUDO SOBRE CAMPINAS E REGIÃO

Veja mais notícias da região na página do DE Campinas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp