Estivador morre em acidente trágico no Porto de Santos: segurança no trabalho em foco

Estivador morre após ser prensado por carga de madeira no Porto de Santos

Cláudio Robert do Nascimento Nusa era estivador há pelo menos 17 anos. O trabalhador portuário de 49 anos faleceu após um acidente no porão de um navio atracado no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Segundo informações apuradas pela equipe do DE nesta sexta-feira (3), Cláudio estava realizando o embarque de atados de eucatex quando foi prensado por uma carga e caiu no porão do navio na tarde de quinta-feira (2). Ele era vinculado à empresa Ecoporto há dois anos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o Corpo de Bombeiros foi acionado e deslocou 17 profissionais em seis viaturas para atender a ocorrência. No entanto, ao chegarem no local, a vítima já havia sido retirada do porão por uma equipe de serviço de urgência particular que realizou os procedimentos de reanimação cardiopulmonar. Cláudio foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, mas infelizmente chegou sem vida, conforme informações da prefeitura.

Após o trágico acidente, exames periciais foram solicitados ao Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML) pela SSP-SP. O caso foi registrado como morte suspeita no 2º Distrito Policial (DP) da cidade e encaminhado ao 1º DP, delegacia responsável pela área dos fatos. Até o momento, a assessoria da empresa Ecoporto, onde Cláudio trabalhava, não se pronunciou sobre o ocorrido, mesmo procurada pelo DE.

É importante destacar que Cláudio Robert do Nascimento Nusa dedicou 17 anos de sua vida como estivador no Porto de Santos. A comunidade portuária e seus familiares lamentam profundamente a perda desse profissional dedicado e experiente. A segurança no ambiente de trabalho é imprescindível para evitar tragédias como essa. Todos os esforços devem ser feitos para garantir a integridade e proteção dos trabalhadores portuários.

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Pesquisa revela: Bactéria transforma milho e salva sua pipoca

Como uma bactéria pode salvar a sua pipoca

Pesquisa usa a chamada agrobacterium para transformar o DNA do milho e tornar
ele mais resistente às altas temperaturas e às secas causadas pelas mudanças
climáticas. O DE foi até Campinas (SP) conhecer o estudo.

Prato do Futuro: pesquisa cria milho mais resistente ao calor

Já pensou que uma bactéria poderia salvar a sua pipoquinha? Uma pesquisa tem
usado a chamada agrobacterium para transformar o DNA do milho e tornar ele mais
resistente às altas temperaturas e às secas causadas pelas mudanças climáticas.

O estudo de edição gênica do milho é da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) e, neste episódio da série Prato do Futuro, o DE foi até a
unidade em Campinas (SP) para entender como ele funciona. Confira no vídeo acima.

A pesquisa tem o objetivo de fazer o milho tolerar até 2°C acima da sua
temperatura ideal, que é entre 28°C e 30°C. Além disso, durante a experiência, é
fornecido menos água, apenas 20% de sua quantidade ideal de antes da alteração.

Os resultados preliminares demonstram que as plantas modificadas tiveram um
aumento de 10% da produção.

Bactéria é inserida nos embriões do milho. — Foto: Rafael Leal / DE

POR QUE O MILHO PRECISA SER SALVO?

A elevação da temperatura do planeta já é de 1°C comparado a níveis
pré-industriais e deve subir ainda mais, chegando a 1,5°C entre 2030 e 2050,
segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)
da Organização das Nações Unidas (ONU).

Por causa do aquecimento do planeta, 8% da flora do planeta pode desaparecer das
suas áreas tradicionais, afirma o relatório do IPCC.

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, representando cerca de
11,7% do fornecimento mundial. O país fica atrás dos Estados Unidos (30,3%) e da China (24,1%).

Nas últimas duas décadas, a produção brasileira de milho teve um crescimento
contínuo de 5,2% ao ano, mostra um estudo do Ministério da Agricultura e Pecuária
e da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais.

Para a safra 2024/2025, a área, que está em fase de plantio, deve se manter
estável, em torno de 21 milhões de hectares, estima a Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab). Com a expectativa de recuperação na produtividade, a safra deve chegar a 119,8 milhões de toneladas.

POR QUE FAZER O MILHO FICAR ROXO AJUDA NA PESQUISA?

Milho roxo com genética modificada para alta tolerância a seca e calor —
Foto: Reprodução / DE

Para descobrir se o gene que foi alterado se desenvolveu, os pesquisadores
inserem junto da agrobacterium um marcador genético, que tem a capacidade de
mudar a cor dos grãos.

Assim, durante a fase de embrião, é possível ver a coloração por microscópio.
Quando o milho se desenvolve, toda a espiga assume a cor.

Mas, quando o estudo for finalizado e a nova variedade for ser comercializada,
esse marcador não será mais inserido. Portanto, o milho vai continuar sendo
amarelo.

Alteração da coloração do milho pode ser vista por microscópio. — Foto:
Rafael Leal / DE

PRONTO PARA O MUNDO

Ao longo do seu desenvolvimento, a planta passa por diversos ambientes. Em sua
fase mais jovem, ainda vive em meio de temperatura ideal, na sala de
aclimatação, até ir para uma estufa com clima extremo.

Usando uma luz que replica as ondas solares, climas diferentes são testados, bem
como a quantidade de água fornecida varia.

Os pesquisadores observam como a planta se comporta e se ela vai entrar em
estresse térmico, quando não consegue mais realizar a fotossíntese corretamente.
Assim, é possível entender se o experimento funcionou ou não.

As plantas que se mostram resistentes têm sua genética replicada por meio de
polinização.

Os testes também incluem o plantio em lavoura, para ver se o milharal sobrevive
no mundo real.

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