Saque-aniversário do FGTS já está liberado para nascidos em janeiro

Trabalhadores nascidos em janeiro podem acessar os valores do saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Para utilizar a modalidade, é necessário realizar a adesão previamente, conforme estabelecido pelo calendário de 2025.

O FGTS, criado para formar uma reserva financeira para os trabalhadores com contratos formais regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é administrado pela Caixa Econômica Federal desde 1990. Todos os meses, os empregadores depositam em uma conta vinculada ao funcionário o equivalente a 8% do salário. O saldo só pode ser movimentado em situações específicas, como demissão sem justa causa, compra de imóvel, calamidade pública ou aposentadoria.

Instituído pela Lei Federal 13.932/2019, o saque-aniversário permite que os trabalhadores retirem parte do saldo do FGTS anualmente, no mês de aniversário. A adesão é opcional e pode ser feita por meio do aplicativo ou site do FGTS, onde também é possível cadastrar uma conta bancária para o recebimento dos valores.

O montante disponível para saque é calculado com base em uma alíquota que varia entre 5% e 50% do saldo total do trabalhador, acrescida de uma parcela adicional, que pode chegar a R$ 2,9 mil, dependendo do saldo acumulado. Os valores ficam disponíveis a partir do primeiro dia útil do mês de aniversário e podem ser retirados até dois meses após a liberação. No entanto, ao optar pelo saque-aniversário, o trabalhador renuncia ao direito ao saque-rescisão, que permite o resgate integral do saldo em caso de demissão sem justa causa.

Debate sobre a continuidade da modalidade

A possível extinção do saque-aniversário tem sido discutida pelo governo federal. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu a medida, alegando que a modalidade desvirtua o objetivo principal do FGTS como instrumento de proteção em casos de desemprego. Em 2024, mais de 9 milhões de trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário perderam o direito ao saque-rescisão após demissões sem justa causa, não podendo acessar integralmente os saldos de suas contas.

Marinho já sinalizou que pretende propor ao Congresso Nacional alternativas que preservem o papel do FGTS como proteção em situações de desemprego, além de garantir opções de crédito acessíveis aos trabalhadores. No entanto, até o momento, nenhum projeto de lei foi encaminhado ao Legislativo para tratar do tema.

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Mãe de família no Piauí já perdeu quatro filhos envenenados

Envenenamento em Família no Piauí: Tragédia e Investigação

No Piauí, uma família enfrenta uma tragédia devastadora após o envenenamento de seus membros. A mãe, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, já perdeu quatro filhos devido a envenenamento: dois deles no meio do ano e outros dois após o episódio do arroz. A mais recente vítima foi Lauane da Silva, de três anos, que faleceu na madrugada de 6 de janeiro no Hospital de Urgência de Teresina.

Segundo a polícia, dois dos filhos, de oito e sete anos, morreram há cerca de cinco meses depois de ganharem um saco de caju envenenados da vizinha, por estarem “roubando frutas do quintal dela”.

Lauane estava internada desde 1 de janeiro após ingerir arroz envenenado com uma substância tóxica semelhante ao ‘chumbinho’. Além da criança, o irmão, de 1 ano e 8 meses, e o tio dela também morreram após consumir o mesmo alimento.

Já a mãe está internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) em Parnaíba, enquanto outra filha está internada em um hospital de Teresina. Outras quatro pessoas da família também foram hospitalizadas, mas receberam alta.

Comida envenenada

A família preparou o baião de dois (arroz com feijão) no dia anterior, usando como ingrediente um alimento dado pela vizinha. O laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) revelou que o veneno estava presente em todo o arroz, em grânulos visíveis.

O médico Antônio Nunes, diretor do IML, confirmou que “o veneno foi colocado em grande quantidade no baião de dois”. A Polícia Civil do Piauí (PCPI) investiga o caso como homicídio.

Inicialmente, suspeitava-se que o peixe doado à família na noite de 31 de dezembro estivesse envenenado, mas o exame pericial afastou essa possibilidade, e o casal que entregou o peixe não é mais considerado suspeito.

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