Vereadoras de Curitiba são alvo de ataques misóginos por roupas, gerando reações indignadas das parlamentares

Vereadoras de Curitiba foram alvo de ataques misóginos por conta das roupas que usaram durante a cerimônia de posse, realizada na última quarta-feira (1º). Em uma publicação, o Blog do Tupan disse que as parlamentares “resolveram sexualizar com decotes provocantes”. Na mesma notícia, o portal destacou imagens das vereadoras assinando o termo de posse.

A publicação gerou reação das parlamentares, que se manifestaram em nota conjunta publicada pela Câmara Municipal. Para elas, o material desrespeitou a “dignidade, a honra e o papel institucional das vereadoras”. “O teor do texto é inaceitável e reforça estereótipos que minimizam a atuação política das mulheres, reduzindo-as a aspectos físicos e tentando desviar o foco de sua competência e compromisso com a sociedade. Esse tipo de abordagem, além de ofensiva, vai contra os princípios constitucionais de igualdade, dignidade e respeito, fundamentais em uma democracia”, diz a nota.

DE tenta contato com o Blog do Tupan para comentar o caso. Na nova composição da Câmara de Vereadores, 12 mulheres estão no parlamento. A maior bancada feminina da história do legislativo curitibano é composta por Amália Tortato (Novo), Andressa Bianchessi (União), Camilla Gonda (PSB), Carlise Kwiatkowski (PL), Delegada Tathiana Guzella (União), Giorgia Prates – Mandata Preta (PT), Indiara Barbosa (Novo), Laís Leão (PDT), Meri Martins (Republicanos), Professora Angela (PSOL), Rafaela Lupion (PSD) e Vanda de Assis (PT).

Nas redes sociais, a vereadora Laís Leão (PDT) avaliou a manifestação como um caso de violência política de gênero. A legislação, em vigor desde 2021, considera crime de gênero ações que impeçam, restrinjam, menosprezem ou discriminem a campanha eleitoral ou o desempenho de mandato eletivo de mulheres. Em caso de condenação, a lei prevê pena de um a quatro anos de prisão, além de multa. “Esse episódio deplorável demonstra o quanto ainda precisamos lutar para garantir um ambiente político igualitário e respeitoso […] Nossa resposta é firme: não haverá tolerância com retrocessos ou comportamentos que perpetuem o machismo e a misoginia”, escreveu.

Também nas redes sociais, a vereadora Camilla Gonda (PSB) afirmou ser lamentável “reduzir as atuações das parlamentares à mera observação de suas aparências físicas”. A vereadora Indiara Barbosa (Novo) também lamentou o caso. “Em um momento histórico em que Curitiba elege 12 mulheres como vereadoras para representar a população, temos que ver esse tipo de coisa, associar a imagem da mulher à conotação sexual. São coisas ainda que temos que enfrentar. Lamentável”, citou.hexdigest

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Padrasto é preso suspeito de desviar R$ 24 mil de idoso em casa de repouso no Paraná

Homem é preso suspeito de desviar R$ 24 mil de idoso que vive em casa de repouso no Paraná

Polícia também prendeu no mesmo endereço o pai dele, que tinha mandado de prisão em aberto por estupro de vulnerável. Prisões aconteceram em Iporã, norte do estado.

Um homem foi preso por suspeita de participar de um esquema que desviou R$ 24.360 da conta bancária de um idoso de 80 anos, que vive em uma casa de repouso da cidade de Iporã, no norte do Paraná.

A prisão foi durante uma operação realizada nesta sexta-feira (10). Inicialmente o suspeito era alvo de um mandado de busca e apreensão, mas foi preso em flagrante porque os policiais encontraram o cartão da vítima e as roupas usadas no momento do crime.

Segundo a polícia, o homem não possui nenhuma ligação com a casa de repouso onde o idoso vive. O local é privado e sem fins lucrativos. O homem deve responder pelo crime de receptação, segundo a Polícia Civil.

No mesmo endereço, o pai do suspeito também foi preso, após ser identificado como foragido. Ele foi condenado pela Justiça pelo crime de estupro de vulnerável cometido em 2018 e estava com mandado de prisão aberto. Pai e filho não tiveram a identidade divulgada. A Polícia informou que vai continuar investigando o desvio de dinheiro.

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