Prefeitura de Jacareí prorroga intervenção na Santa Casa por mais seis meses

A Prefeitura de Jacareí informou, na tarde desta sexta-feira (3), que vai prorrogar por mais seis meses a intervenção municipal na Santa Casa do município. A decisão foi publicada por meio de um decreto.

Em dezembro, a prefeitura chegou a informar que, após um período de transição, a Santa Casa passaria a ter administração autônoma a partir do dia 6 de janeiro de 2025. No entanto, um novo decreto, assinado nesta sexta-feira (3) pela prefeitura, prorrogou a intervenção por mais seis meses.

No decreto, datado em 2 de janeiro deste ano, a prefeitura destaca que deliberações do Conselho Municipal de Saúde apontaram que, com o fim da intervenção, haveria redução de metas de atendimento com oftalmologistas e psiquiatras, além de aumento do custeio financeiro.

Ainda segundo o decreto, o conselho também reportou que houve insuficiência de audiências públicas para debater o fim da intervenção na Santa Casa, sendo necessária mais transparência na política de saúde.

Por fim, o decreto detalha que haveria indisponibilidade orçamentária da Santa Casa para suportar o aumento de despesa em R$ 1,5 milhão mensais.

Diante desses apontamentos e alegações, a prefeitura decidiu prorrogar a intervenção na Santa Casa por mais seis meses, devendo permanecer pelo menos até 30 de junho de 2025. O documento foi assinado pelo prefeito Celso Florêncio (PL).

Na ata, o prefeito também estabelece a criação de um novo Comitê para cessão da intervenção na Santa Casa, com a participação de um integrante da Secretaria de Saúde, da chefia de gabinete, da Procuradoria Geral do Município, da Câmara Municipal, do Conselho Municipal de Saúde, além de três integrantes da Irmandade Santa Casa e da participação da superintendência da unidade de saúde.

Em entrevista para a TV Vanguarda, Celso Florêncio explicou que o Conselho de Saúde opinou contra o fim da intervenção e que ele também analisou a situação, optando por manter a intervenção por mais seis meses.

Em abril de 2024, o então prefeito Izaías Santana (PSDB) chegou a anunciar o fim da intervenção, explicando que o encerramento era devido ao pagamento das dívidas fiscais e trabalhistas à época.

A Santa Casa está sob intervenção da gestão municipal desde 2003. Na época, a medida foi tomada porque o hospital passava por uma crise financeira, com dívidas de cerca de R$ 30 milhões. A unidade é considerada uma referência para atendimento de saúde dos moradores de Jacareí, Santa Branca e Igaratá.

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Brasileiro infarta em voo para Dublin e vive drama na Holanda: volta ao Brasil e transplante em xeque!

Brasileiro que infartou em voo para a Irlanda vive drama para voltar ao Brasil e fazer transplante

Diego Mendes Honorato, de 38 anos, é de Bebedouro (SP) e vive em Dublin. Ele está internado em hospital universitário na Holanda e não tem condições de custear UTI aérea orçada em cerca de R$ 1 milhão.

Brasileiro vive drama na Holanda após infartar durante voo
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Um brasileiro vive um drama para retornar ao país após sofrer um infarto durante um voo para Dublin, na Irlanda, onde mora com a esposa. O segurança Diego Mendes Honorato, de 38 anos, viajava do interior de São Paulo, onde visitou a família, no dia 6 de dezembro, quando passou mal e precisou ser hospitalizado em Amsterdam, na Holanda, onde o avião fez escala.

Nascido em Ribeirão Preto (SP) e com família em Bebedouro (SP), Diego foi diagnosticado com insuficiência cardíaca pelos médicos holandeses com indicação para um transplante. Ele está internado em um hospital no país e sobrevive com ajuda de aparelhos, sem a possibilidade de deixar a UTI.

Para retornar ao Brasil, é necessária uma UTI aérea com equipe médica, o que pode custar até R$ 1 milhão, dinheiro que a família não tem disponível. O Itamaraty também não possui esse tipo de aeronave e não custeia este tipo de transporte.

Esposa de Diego, a garçonete Angélica Honorato recorreu ao Itamaraty, mas foi informada de que não há recursos disponíveis para custear esse tipo de viagem.

Em nota enviada ao DE [https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/], o Itamaraty informou que “não há previsão legal para o custeio de despesas médico-hospitalares com recursos públicos”.

> “Ele está muito abalado. Imagina que está passando por toda a situação sem saber se vai conseguir viver ou morrer. É uma situação extremamente complicada e crítica. Após quase um mês, 22 ou 23 dias no hospital, o médico olhou para ele e falou assim: ‘Você já saiu daqui do hospital?”‘ A gente falou ‘não’. Então o médico pegou uma cadeira de rodas deu uma volta no hospital nós três, meu marido eu e o médico para ele respirar ar puro. Ele ficou feliz, mas sentiu aquilo como uma sensação de desespero por não saber quando ele vai poder fazer aquilo de verdade e andar com as pernas dele”, diz.

O casal optou por não contratar um seguro de saúde na Irlanda porque o país conta com hospitais públicos e a contratação do serviço não é obrigatória, apesar de recomendada. Desde que se mudaram do Brasil há três anos, Diego e Angélica faziam exames de rotina quando viajavam ao interior de SP.

Como acabaram ficando na Holanda por causa do imprevisto médico, o casal também não tem seguro no país, o que limita o atendimento. Até o momento, Diego está sendo atendido no hospital universitário Amsterdam UMC, gratuitamente.

DESCONFORTO COMEÇOU NO BRASIL

Segundo a garçonete, ainda no Brasil, no início de novembro, o casal percebeu que havia algo errado quando Diego começou a sentir incômodos, principalmente na região da barriga, para dormir. Dias depois, ao fazer uma caminhada em um morro, ele passou mal.

Diego fez exames médicos que constataram um problema cardíaco. No entanto, segundo Angélica, ele foi liberado para retornar à Irlanda. Eles pretendiam ajustar as coisas no país, onde moram juntos há três anos, e retornar ao Brasil para finalizar o tratamento.

> “Já estávamos com a volta marcada para Dublin no dia 5 de dezembro. Fizemos todos os acompanhamentos, todos os exames. O médico disse: ‘Você continua tomando os remédios durante a viagem, tem que movimentar os pés e, quando puder, dar uma caminhada no avião, e vai ser tudo bem’. Então nós fomos. Compramos todos os medicamentos para cerca de quatro meses”, diz Angélica.

Ela relata que o marido não tinha histórico cardíaco e que os médicos acreditam que o problema tem origem genética, agravado por uso controlado de anabolizantes no passado. Ainda assim, a velocidade da progressão da condição cardíaca intrigou os médicos, segundo a família.

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