Receita Federal amplia exigências para movimentações via Pix e cartões de crédito: Saiba mais!

A partir de agora, administradoras de cartão de crédito e instituições de pagamento devem informar movimentações. A Receita Federal ampliou as exigências nas movimentações via Pix e cartões de crédito. As medidas foram anunciadas no dia 18 de setembro de 2024, mas entraram em vigor no início deste ano. O detalhe das determinações foi expresso na Instrução Normativa nº 2.219, publicada um dia antes do anúncio.

Além das instituições financeiras tradicionais, entidades como administradoras de cartão de crédito e instituições de pagamento devem enviar informações para a Receita por meio de uma ferramenta específica de comunicação, a e-Financeira. O texto da instrução normativa prevê que movimentações globais ou saldo, em cada mês, por tipo de operação, deverão ser informados à Receita quando superarem R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. Os limites anteriores eram de R$ 2 mil e R$ 5 mil, respectivamente.

Os dados referentes ao primeiro semestre terão prazo até agosto para serem entregues à Receita Federal. A Receita Federal também disponibilizou um e-mail para as instituições financeiras tirarem dúvidas: [email protected].

O controle e fiscalização das operações financeiras do país sobre movimentações via Pix e cartões de crédito foram aumentados pela Receita Federal. As novas exigências visam aprimorar a transparência e combater possíveis irregularidades no sistema financeiro nacional. Com a expansão das informações que devem ser repassadas, a Receita busca garantir a conformidade das transações e evitar práticas ilegais.

É essencial que as empresas se adequem às novas obrigações estabelecidas pela Receita Federal para evitar possíveis autuações ou sanções. A comunicação eficiente e precisa com o órgão fiscalizador se torna fundamental para garantir o cumprimento das normas estabelecidas. A colaboração das entidades do setor financeiro é crucial para a manutenção da integridade e segurança do sistema financeiro do país.

A Receita Federal reforça a importância da transparência e conformidade nas movimentações financeiras, visando fortalecer a fiscalização e prevenir práticas ilícitas no setor. Ao ampliar as exigências e controles sobre as operações realizadas por meio de Pix e cartões de crédito, o órgão busca aprimorar a eficiência do sistema de arrecadação e combater possíveis fraudes. A colaboração e compliance das instituições do segmento são fundamentais para assegurar a idoneidade e regularidade das transações financeiras realizadas no país.

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“Rainha do Pó”: PF busca traficante há mais de 10 anos, mandado revogado pelo STJ em 2021″

Quem é a “Rainha do Pó”, na mira da PF há mais de 10 anos

Karine Campos está foragida desde 2021 e teve mandado de prisão revogado após decisão do Superior Tribunal de Justiça

Apontada como a maior exportadora de cocaína por meio do Porto de Santos, Karine Campos foi apelidada por investigadores de “Rainha do Pó” e acumula uma série de investigações e processos.

A traficante teve um mandado de prisão contra si revogado pela Justiça Federal de Santos por ordem do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça.

O ministro anulou, e a quinta turma do STJ referendou, uma ação de busca de busca apreensão realizada na operação Alba Vírus, que mirou o grupo criminoso liderado por Karine Campos.

De acordo com o ministro, a busca realizada em uma imobiliária em Balneário Camboriú (SC) foi irregular. Além de anular os efeitos da busca e proibir o uso do material coletado, o ministro mandou cancelar o mandado de prisão até o fim do processo.

Ela está foragida desde 2021, quando o STJ a colocou em prisão domiciliar por causa dos dois filhos menores que, segundo a decisão, necessitavam da presença da mãe. Karine Campos, no entanto, está na mira da Justiça e de operações policiais há mais de 10 anos.

A primeira vez que apareceu como alvo de uma investigação foi em 2011. Ela foi alvo da operação Maia, da Polícia Civil da Bahia. No mesmo estado, em 2014, a Rainha do Pó apareceu como uma das investigadas na operação Twister, da Polícia Federal.

Em 2019, a PF novamente mirou a traficante na operação Alba Branca, cujo mandado de prisão foi revogado pelo STJ. Na investigação, ela apareceu como líder da organização criminosa responsável pela exportação de mais de 6 toneladas de cocaína pelo porto de Santos para países da Europa.

Os investigadores conseguiram mapear à época que o grupo liderado por Karine Campos arrecadou quase R$ 1 bilhão com o tráfico internacional por via marítima. A atuação do grupo, segundo a decisão que ordenou a prisão da traficante, rendeu casas, fazenda, joias e veículos de luxo para a Rainha do Pó. Foram apreendidos nas buscas realizadas pela PF R$ 1,7 milhão em joias e o registro de uma fazenda comprada por R$ 12 milhões. “Importa destacar que, pelas informações obtidas, os contêineres contaminados com a cocaína não eram embarcados somente pelo porto de Santos (SP), mas também por Navegantes (SC), Paranaguá (PR) e possivelmente outros, inclusive no Nordeste. Desse modo, é possível concluir que a organização criminosa possuía galpões em mais de um Estado da Federação”, diz a sentença que condenou a traficante.

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