Liderança do Brics busca implementar moeda própria em meio a ameaça de guerra tarifária com Trump

DE liderança dos Brics sob o risco de guerra tarifária com Trump

A principal meta do mandato brasileiro neste ano é implementar uma moeda própria do Brics. A ameaça de Trump contra o bloco caso isso se concretize tem gerado tensão.

Uma das metas do Brasil na presidência dos Brics este ano é a criação de uma moeda comum para as nações membros, visando substituir o dólar nas transações entre os países.

A implementação dessa nova moeda facilitaria o comércio entre os participantes e poderia ajudar a resolver problemas causados pelas constantes altas do dólar, que encerrou o último ano em alta histórica acima de R$ 6.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que a criação da moeda do Brics não visa substituir as moedas dos países membros, mas sim contribuir para um sistema financeiro internacional mais multipolar. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, explicou que a medida busca tornar o comércio entre os países mais ágil e menos custoso.

Apesar da postura do governo de Joe Biden de não rivalizar com o Brics, Trump já se opôs à ideia antes mesmo de assumir a presidência dos Estados Unidos novamente.

A ameaça feita por Trump em relação à criação da moeda do Brics não fez o Brasil recuar em sua prioridade. O país assumiu a liderança do bloco recentemente e reafirmou seu compromisso em lançar a moeda comum durante seu mandato.

Além da criação da moeda, o Brasil colocou como objetivos fortalecer o Brics como instituição e promover discussões sobre a reforma da governança global para incluir países considerados subdesenvolvidos em instâncias importantes, como nos conselhos da ONU.

Os integrantes originais do Brics são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas recentemente outros países como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã aderiram ao bloco.

Assine o canal de notícias do Metrópoles no Telegram para ficar por dentro de todas as novidades!

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Operação policial na Fiocruz de Manguinhos gera confronto e polêmicas

Uma operação policial realizada no complexo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) DE Manguinhos, zona norte do Rio de Janeiro, resultou em um intenso confronto armado na manhã desta quarta-feira (8/1). Durante a ação, denominada “Operação Torniquete”, policiais civis entraram nas instalações da Fiocruz em busca de criminosos em fuga, resultando na morte de quatro suspeitos. O tiroteio também deixou uma funcionária da Bio-Manguinhos, unidade responsável pela produção de vacinas, ferida após ser atingida por estilhaços de projéteis que quebraram o vidro de uma sala. Segundo nota oficial da Fiocruz, a mulher recebeu atendimento médico no local.

A Fiocruz manifestou críticas à operação, ressaltando que a presença dos policiais colocou em risco a segurança dos trabalhadores. Em nota, a instituição destacou que a ação da Polícia Civil dentro da Fiocruz foi considerada como uma ameaça aos funcionários. Além disso, a Fiocruz relatou que o supervisor de uma empresa prestadora de serviços foi detido durante a operação, alegando que ele estava executando um trabalho de desocupação e interdição na área. No entanto, a Polícia Civil afirmou que o supervisor estaria auxiliando na fuga de traficantes da comunidade.

A operação policial desencadeou acusações e divergências entre a Fiocruz e a Polícia Civil. Segundo a instituição, os agentes entraram no campus sem autorização e sem identificação adequada. A Fiocruz repudiou a abordagem policial e destacou que o supervisor detido era um funcionário do complexo. Enquanto isso, a Polícia Civil informou que a “Operação Torniquete” foi realizada em conjunto pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), a 21ª DP (Bonsucesso) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com o objetivo de combater o roubo e a receptação de cargas na região.

Os desdobramentos da operação continuam gerando repercussões e questionamentos sobre a atuação policial em áreas civis e o impacto nas atividades de instituições como a Fiocruz DE Manguinhos. O confronto armado na Fundação Fiocruz resultou em mortes e ferimentos, além de levantar debates sobre a segurança dos trabalhadores e a entrada de agentes policiais em instituições de pesquisa e produção de saúde. Essa operação exemplifica os desafios enfrentados diariamente pelas autoridades de segurança pública e também coloca em evidência a necessidade de diálogo e cooperação entre os diferentes órgãos envolvidos na manutenção da ordem e da segurança na DE.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp