Qualidade da água do rio Tocantins após desabamento da ponte: sem alterações, garante ANA

Qualidade da água do rio Tocantins segue sem indicar alterações após desabamento
da ponte entre MA e TO, afirma ANA

As análises, realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA), são referentes às amostras coletadas em 26 de dezembro de 2024.

Buscas por corpos de vítimas do desabamento de ponte no rio Tocantins —
Foto: Ana Paula Reihban/TV Anhanguera

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) informou, nessa
sexta-feira (3), que as análises de qualidade da água do rio Tocantins seguem
sem indicar alterações, após desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de
Oliveira, entre o Maranhão e Tocantins, no dia 22 de dezembro.

As análises, realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA), são referentes às amostras coletadas em 26 de dezembro de 2024.

Segundo a ANA, as amostras coletadas no dia 27 de dezembro estão em análise e as
dos dias 28 e 29 de dezembro, retiradas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB),
ainda não chegaram aos laboratórios para análise e devem ser analisadas na
próxima semana.

Novas amostras seguem sendo coletadas, diariamente, pelas equipes da ANA e da
Secretaria de Estado do Meio ursos Naturais do Maranhão (Sema/MA) presentes na
região do acidente.

Os dados foram divulgados durante a 3ª Reunião da Sala de Crise sobre Acidente
em Ponte do Rio Tocantins na BR-226, realizada nessa sexta.

Marinha divulga imagens de tanques que caíram no rio Tocantins

Durante a reunião, a Sema-MA relatou que foi identificado o colapso de um dos
tanques de ácido sulfúrico, indicando o completo vazamento da substância, porém,
não foi detectada qualquer alteração na qualidade da água do rio Tocantins,
devido à rápida reação do ácido sulfúrico em contato com a água e ao grande
volume de água escoado no rio.

Ainda segundo a Sema-MA, já foram realizados novos mergulhos das empresas
notificadas pelo IBAMA para avaliação da situação dos produtos químicos
depositados no fundo do rio.

Sobre o segundo caminhão de ácido sulfúrico que caiu no curso d’água não houve
informações. Já quanto à carga de pesticidas, foi reportada na 3ª Reunião a
recuperação de quatro bombonas intactas e sem indicação de vazamento dessas
substâncias químicas.

Em relação à qualidade da água, prestadores de serviço de abastecimento de
Tocantins e do Pará informaram que não foram detectadas alterações nas condições
do rio até o momento.

As autoridades continuam reforçando que, no pior e mais improvável cenário, de
rompimento completo e simultâneo dos recipientes de produtos químicos, que ainda
estão submersos no rio Tocantins, é possível que as concentrações de alguns
poluentes atinjam valores acima do recomendado no manancial. Embora o risco seja
baixo, está sendo discutida a importância da remoção de todas as bombonas de
pesticidas que caíram no rio.

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Feminicídio de indígena em aldeia: suspeito é companheiro da vítima

Indígena é morta a golpes de faca na aldeia Castanhal, em Jenipapo dos Vieiras;
companheiro da vítima é suspeito do crime

O suspeito de praticar o feminicídio contra Deusiana Ventura Guajajara é Evaldo
Bezerra da Cunha Silva, que era companheiro dela e fugiu após o crime.

Deusiana Ventura Guajajara, de 28 anos, foi morta a golpes de faca, na
aldeia Castanhal, na cidade de Jenipapo dos Vieiras, a 438 km de São Luís. —
Foto: Reprodução/TV Mirante

Uma mulher indígena foi assassinada na tarde dessa terça-feira (7), dentro da
casa onde ela morava, na aldeia Castanhal, na cidade de Jenipapo dos Vieiras, a 438 km de São
Luís.

Deusiana Ventura Guajajara, de 28 anos, foi morta a golpes de faca, por volta
das 15h30. Segundo a Polícia Civil do Maranhão, o suspeito de praticar o
feminicídio é Evaldo Bezerra da Cunha Silva, de 39 anos, que era companheiro da
vítima e fugiu após o crime.

De acordo com a delegada Wanda Moura, do Departamento de Feminicídio da
Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP), o casal
vivia um relacionamento marcado por agressões físicas e ameaças de morte.

Wanda Moura pontua, ainda, que o crime de feminicídio é autônomo, com pena muito
alta, de 20 a 40 anos de prisão. Mas, antes da ocorrência do feminicídio, é
possível se evitar o crime fazendo as denúncias de outros tipos de agressões que
a mulher sofre ao longo de um relacionamento abusivo.

As polícias Civil e Militar ainda estão à procura do suspeito.

A delegada Wanda Moura destaca que o feminicídio não é ato isolado, ele é o
ápice da violência contra a mulher e faz parte de um contínuo de várias
violências.

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