Cabeça d’água em cachoeira do Paraná: como se prevenir e evitar acidentes

A morte de um jovem em cabeça d’água em uma cachoeira no Paraná chocou a população e levantou debates sobre a importância de reconhecer e evitar esse fenômeno perigoso. O termo “cabeça d’água” refere-se a um aumento súbito no volume, velocidade e nível de rios e cachoeiras, causado principalmente por fortes chuvas típicas do verão. Esse tipo de fenômeno pode ser identificado por sinais como barulhos intensos, mudanças na cor da água, aumento na velocidade de escoamento e chegada de detritos e sedimentos, segundo alerta dos bombeiros.

Imagens aéreas da tragédia mostram a força avassaladora da cabeça d’água que resultou no afogamento do jovem na cachoeira de Ponta Grossa, no Paraná. O Corpo de Bombeiros ressalta que a falta de conhecimento sobre esse fenômeno e a incapacidade de reconhecer os sinais de alerta podem colocar os banhistas em grande risco de afogamento. É fundamental estar atento a sons estranhos, alterações na cor e nível da água, bem como na velocidade do rio, além da presença de detritos arrastados pela correnteza.

O meteorologista Reinaldo Kneib, do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), explicou que a cabeça d’água ocorre de forma abrupta e é desencadeada por tempestades repentinas na cabeceira dos rios, o que pode passar despercebido pelos banhistas. Ele ressaltou que a água pode acumular detritos pelo caminho, tornando-a ainda mais perigosa, atingindo alta velocidade e podendo causar sérios acidentes.

Para evitar acidentes, é recomendado que os banhistas se afastem de cachoeiras e rios em caso de chuva ou tempestade. A chuva pode não afetar diretamente o local em que as pessoas estão, mas nas nascentes, o que pode resultar em cabeças d’água perigosas. A recomendação é buscar locais seguros, movimentados e com monitoramento de guarda-vidas, além de evitar entrar em rios com corredeiras ou correntezas intensas.

É importante ressaltar que, mesmo parecendo inofensivos, rios e cachoeiras possuem perigos ocultos, como pedras, galhos e correntezas perigosas. Portanto, ao praticar atividades aquáticas, é essencial seguir as orientações dos bombeiros, como não entrar em rios com correnteza acima do joelho, não mergulhar de cabeça e utilizar equipamentos de proteção adequados. Além disso, é fundamental não tentar realizar resgates sozinho, sempre buscando ajuda profissional e utilizando materiais de flutuação para auxiliar.

Em resumo, cabeças d’água são eventos naturais perigosos que demandam atenção e precaução por parte dos banhistas e frequentadores de cachoeiras. Reconhecer os sinais de alerta, como mudanças na água e barulhos estranhos, e seguir as recomendações de segurança dos órgãos competentes são essenciais para prevenir acidentes e preservar vidas. Lembre-se sempre de priorizar a sua segurança e a segurança daqueles ao seu redor ao desfrutar de atividades aquáticas em ambientes naturais.

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Mulher ferida por fogos de artifício no réveillon em SC mostra melhora dos ferimentos

Mulher atingida por fogos de artifício dentro de apartamento no réveillon em Santa Catarina
mostra melhora dos ferimentos

‘Era para eu estar aproveitando as férias e o verão, e não foi possível’, disse
a gaúcha Bianca Miranda, de 27 anos. Caso aconteceu em Navegantes e é
investigado pela Polícia Civil.

Mulher é atingida por fogos de artifício na virada do ano em apartamento de Santa Catarina.

A turista Bianca Miranda, atingida por fogos de artifício dentro de um
apartamento no réveillon em Navegantes, litoral de Santa
Catarina, disse que tem adaptado sua rotina para tratar as queimaduras no tórax
e nas mãos, e que se preocupa com possíveis cicatrizes. O caso é investigado
pela Polícia Civil.

“Eu não consigo pegar sol, tomar banho de mar ou piscina. Estou dentro de casa
no verão. Mudou totalmente, era para eu estar aproveitando as férias e o verão,
e não foi possível”, comentou.

Ao DE, ela mostrou a evolução do
ferimento no peito, onde chegou a perder pele, na sexta-feira (10).

Dez dias após o incidente, ela segue fazendo curativos todos os dias e já
enxerga melhora com os cuidados. A gaúcha de 27 anos relatou que, mesmo assim,
também precisa cobrir a pele ao sair de casa.

“Dói ao sair no sol. No início é assim mesmo, muito sensível a pele”, comentou.

O caso aconteceu no réveillon de 2025, enquanto a jovem e o marido assistiam aos
fogos da janela do apartamento que alugaram para passar férias. Eles voltaram ao
Rio Grande do Sul no dia 6.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o homem e a
mulher, escorados à janela da sala, acompanham a queima de fogos na região.
Enquanto eles vibram pelo novo ano, um artefato explode na jovem. Após o
estouro, a Bianca corre balançando a roupa, aos gritos.

O show pirotécnico fazia parte da programação de fim de ano do município e
ocorreu na beira do mar. Segundo a prefeitura, a montagem foi feita “por
brigadistas como determina a legislação”.

Em nota divulgada à imprensa, o município lamentou o acidente e afirmou que
“instaurou um procedimento administrativo contra a empresa que venceu a
licitação e foi a responsável pelos fogos”.

Procurados, os bombeiros disseram que apuram o que ocorreu, mas anteciparam que
todos os documentos estavam regulares e que a montagem dos fogos ocorreu dentro
da distância de segurança.

Já a Polícia Civil informou que instaurou inquérito policial pra apurar os
fatos, “especialmente a responsabilidade de quem soltou os fogos que atingiram
esse apartamento e causou as lesões”, segundo o delegado Osnei de Oliveira.

Navegantes tem legislação que proíbe fogos de artifício desde 2020. O artigo 1º
da Lei nº 3.470 de 2020 “a venda, o manuseio, a utilização, a queima e soltura
de fogos de artifícios com estampidos, assim como de quaisquer artefatos
pirotécnicos e efeitos sonoros ou ruídos” são proibidos.

O QUE DIZ A PREFEITURA

A Prefeitura de Navegantes instaurou procedimento administrativo contra a
empresa responsável pela soltura dos fogos de artifício na noite de ano novo. No
polo montado no Centro da cidade, um dos fogos atingiu um prédio e feriu uma
turista que assistia à festa da janela ao lado do marido. Ela sofreu
queimaduras, foi atendida no Hospital Municipal Nossa Senhora dos Navegantes e
está sendo acompanhada pela Secretaria da Saúde da cidade.

“A prefeitura não se omitiu no caso, está prestando toda assistência ao casal de
turistas e a empresa responsável sofrerá as penalidades cabíveis”, explicou o
secretário de Turismo, Luciano Maibuk, responsável pela organização da festa da
virada.

A Procuradoria Geral do Município instaurou um Procedimento Administrativo de
Inexecução Contratual para aplicar as medidas de responsabilização cabíveis e
também vai prestar assistência e orientações necessárias ao casal. O secretário
de Saúde de Navegantes, Pablo Sebastian Velho, está em contato direto com o
casal para o atendimento e acompanhamento necessários.

O QUE DIZ O CORPO DE BOMBEIROS

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) informa que, durante a
queima de fogos realizada no município de Navegantes, na noite de ontem, ocorreu
um incidente envolvendo a direção de ao menos um dos artefatos pirotécnicos,
disparado em direção a apartamentos da orla.

Conforme primeira apuração, os documentos exigidos pela Instrução Normativa nº
27 – Prevenção em Espetáculos Pirotécnicos foram apresentados previamente e
estavam de acordo com os requisitos estabelecidos, incluindo o responsável
técnico devidamente habilitado.

De acordo com a referida normativa, cabe ao responsável técnico assegurar o
cumprimento das normas de segurança, como o monitoramento da área de queda dos
fogos e a manutenção dos afastamentos mínimos previstos para andamento seguro do
espetáculo.

O CBMSC reforça que diligências adicionais serão avaliadas, como a pertinência
de ações de perícia no local.

Reiteramos nosso compromisso com a segurança da população e reforçamos que
medidas preventivas e fiscalizatórias continuam sendo uma prioridade para o
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, dentro dos limites legais e
normativos estabelecidos.

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