Estados Unidos autorizam primeiro medicamento à base de maconha

A FDA destacou que a aprovação do medicamento demonstra como o avanço da pesquisa científica

A Food and Drugs Administration (FDA), órgão que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, anunciou a aprovação, pela primeira vez, de um remédio à base de maconha. O produto foi autorizado para tratar convulsões associadas a duas formas raras e severas de epilepsia em pacientes com dois anos de idade ou mais.

Em nota, a FDA destacou que a aprovação do medicamento demonstra como o avanço da pesquisa científica sólida para investigar ingredientes derivados da maconha pode levar a terapias importantes.

“Este é um avanço médico importante. Mas também é importante notar que isso não é uma aprovação da maconha ou de todos os seus componentes. Esta é a aprovação de um medicamento específico à base de CBD [canabidiol] para um uso específico. E foi baseado em ensaios clínicos bem controlados avaliando o uso do composto no tratamento de uma condição específica”, diz a nota da entidade.

A FDA destacou ainda que o remédio constitui uma forma purificada de canabidiol, a ser entregue aos pacientes em forma de dosagem confiável no intuito de garantir que as pessoas em tratamento obtenham os benefícios esperados. “É assim que a ciência médica sólida avança”, concluiu o órgão.

(informações Agência Brasil)

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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