Protesto da ONG Rio de Paz pede retorno de fotos de crianças vítimas no RJ: Conheça a história de Diego Vieira Fontes, 4 anos.

A Organização Não Governamental (ONG) Rio de Paz realizou, no último sábado, um protesto na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, em repúdio à retirada das fotos de 49 crianças vítimas de mortes violentas na cidade. O mural, que havia sido montado anteriormente, foi arrancado pela prefeitura, gerando revolta em parentes e amigos dos pequenos. O ato teve o intuito de reivindicar o retorno das imagens, honrar a memória das vítimas e exigir medidas efetivas do governo estadual para combater a violência nas comunidades mais pobres da região metropolitana.

De acordo com a ONG, o prefeito Eduardo Paes ordenou a retirada das fotos sem prévio aviso, causando indignação nos familiares das crianças. Antonio Carlos Costa, fundador da organização, destacou a importância de manter visível a gravidade da situação, denunciando a face mais cruel da criminalidade na cidade. O protesto teve como principal foco pressionar as autoridades a agirem de forma eficaz para conter a violência que assola as comunidades do Rio de Janeiro.

A intervenção da prefeitura na retirada das imagens causou polêmica, levantando discussões sobre o uso do espaço público para manifestações em homenagem às vítimas da violência. O poder municipal alegou não ter sido consultado previamente pelos organizadores do mural, justificando a remoção do material. Contudo, a sociedade civil e entidades de direitos humanos ressaltam a importância de manter viva a memória das crianças que perderam suas vidas de forma trágica.

Além do protesto da ONG Rio de Paz, um movimento em homenagem aos policiais militares mortos também está instalado no local, despertando reflexões sobre a complexidade da segurança pública no Rio de Janeiro. A prefeitura avalia a permanência desse memorial, assim como a possibilidade de retirada, evidenciando a tensão em torno das manifestações que buscam chamar atenção para a violência que assola a cidade.

A retirada das fotos das crianças vítimas da violência gerou repercussão nas redes sociais e na imprensa, mobilizando a sociedade em prol da reivindicação do retorno das imagens ao local. Através de manifestações como essa, busca-se sensibilizar a opinião pública e as autoridades sobre a urgência de medidas efetivas para garantir a segurança e a proteção das crianças e jovens nas comunidades mais vulneráveis do Rio de Janeiro.

A ONG Rio de Paz denuncia a falta de segurança e a impunidade que permeiam as mortes violentas de crianças no estado, revelando a vulnerabilidade e o descaso das autoridades diante dessa realidade. A sociedade civil organizada cobra respostas e ações concretas dos governantes para frear o ciclo de violência que ceifa vidas inocentes, como a de Diego Vieira Fontes, de apenas 4 anos, vítima fatal da criminalidade. O protesto na Lagoa Rodrigo de Freitas permanece como um grito de resistência e de esperança por um futuro mais justo e seguro para todos.

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Deputada Índia Armelau enfrenta acusações graves de rachadinha no RJ: investigações em andamento

A deputada Índia Armelau, do Partido Liberal, está enfrentando acusações graves feitas por seu ex-chefe de gabinete, Leandro Araújo. Segundo Araújo, a parlamentar teria obrigado-o a assinar listas de presença de funcionários fantasmas em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Além disso, a deputada está sendo investigada por suspeita de rachadinha, prática ilegal em que servidores públicos se apropriam de parte dos salários de seus subordinados.

Leandro Araújo foi mais longe em suas denúncias, acusando a deputada de forçar os funcionários de seu gabinete a trabalhar na campanha de seu marido, Fernando Paes Armelau, que foi eleito vereador do Rio em 2024. Segundo as denúncias, os servidores eram coagidos a fazer doações de horas de trabalho, que eram contabilizadas como doações de campanha. Essas irregularidades chegaram ao Ministério Público, que abriu um inquérito para investigar.

As acusações não param por aí. Funcionários do gabinete de Índia Armelau revelaram ao RJ2 que eram obrigados a entregar parte de seus salários a um assessor de confiança da deputada, em espécie. Além disso, um dos funcionários contou que foi contratado como assessor parlamentar, mas na prática, trabalhava como piscineiro na casa da deputada. Essas denúncias evidenciam um esquema de desvio de dinheiro público, caracterizando a prática de rachadinha.

Diante das acusações, a deputada e seu marido negaram veementemente as acusações, alegando que se tratam de mentiras para prejudicar suas carreiras políticas. Índia Armelau ressaltou que não pratica ilegalidades e que tomará todas as medidas legais cabíveis para se defender das acusações. Fernando Armelau também destacou que os recursos utilizados na campanha foram transparentes e auditados.

Entretanto, as investigações sobre as denúncias de rachadinha e utilização indevida de recursos do gabinete continuam em andamento, com o Ministério Público buscando esclarecer os fatos. As acusações feitas contra a deputada Índia Armelau lançam uma sombra sobre sua atuação política e levantam questões sobre a integridade de seu mandato. Agora, cabe às autoridades competentes investigar e esclarecer os fatos para que a justiça seja feita.

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