Previsão do tempo: Chuva persistirá em Belo Horizonte até dia 10

Chuva vai continuar? Tempo deve seguir instável em Belo Horizonte até o dia 10

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que a chuva deve persistir em Belo Horizonte e região metropolitana até, pelo menos, o dia 10 de janeiro. Claudemir de Azevedo, meteorologista, explica que a instabilidade atmosférica é ocasionada pela atuação de uma massa de ar úmido e instável, juntamente com o padrão da circulação dos ventos típico do verão.

No mês de janeiro, apenas quatro dias já registraram mais de 20% da chuva esperada para todo o período em cinco das nove regiões da capital mineira, de acordo com dados da Defesa Civil. A região Noroeste é a que apresenta o maior acumulado, com 85,8 milímetros de chuva.

O Inmet emitiu um alerta laranja, classificado como de perigo, para chuvas intensas em Belo Horizonte e outras 307 cidades de Minas Gerais. Este alerta prevê a possibilidade de chuvas entre 30 e 60 milímetros por hora, ou até 100 milímetros por dia, além de ventos intensos que podem chegar a 100 quilômetros por hora.

Válido até a manhã deste domingo (05), o alerta laranja do Inmet alerta ainda sobre os riscos da chuva intensa. A Defesa Civil de Belo Horizonte também emitiu seu próprio alerta de chuva, prevendo até 60 milímetros, com raios e rajadas de vento, também vigorando até domingo.

Além disso, a Defesa Civil emitiu um alerta de risco geológico decorrente das chuvas, que está vigente até o dia 7 de janeiro. Com todas essas informações em mãos, é importante estar atento e seguir as orientações dos órgãos competentes para se proteger e mitigar os possíveis impactos das chuvas na região. O Diário do Estado continuará acompanhando a situação e trará atualizações conforme necessário.

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Fhemig é convocada pelo Ministério Público para explicar fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins: polêmica e repercussão no setor de saúde

Ministério Público convoca Fhemig a prestar esclarecimento sobre fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins

Críticos à medida dizem que fechamento do bloco cirúrgico do HMAL gera sobrecarga no Hospital João XXIII e aumenta fila de espera por cirurgias eletivas no estado.

Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins — Foto: Foto de arquivo / Redes sociais

Órgãos públicos estão cobrando esclarecimentos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) sobre a decisão de fechar o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), em Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que sejam fornecidas informações, e a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego convocou assembleia para a próxima segunda-feira (13).

Desde a última segunda-feira (6), as cirurgias ortopédicas e de trauma que eram feitas no HMAL – cerca de 230 por mês – foram transferidas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Funcionários do HMAL também estão sendo removidos para o João XXIII. A medida está sendo duramente criticada por profissionais da saúde, porque sobrecarrega o João XXIII e aumenta a fila de espera de cirurgias eletivas no estado.

Desde 2019, o HMAL atua na retaguarda do Hospital João XXIII, apesar de os dois funcionarem de maneira independente. Enquanto o João XXIII realizava atendimento de urgência e emergência, o HMAL era responsável pelo tratamento após o quadro agudo de trauma, o que corresponde a cirurgias mais complexas e demoradas.

Como o João XXIII é referência no estado para cirurgias de urgência, o HMAL tem importância estratégica de desafogá-lo. Com a concentração de todos os atendimentos no João XXIII, as cirurgias programadas são canceladas para dar lugar ao paciente que chega em estado grave.

De acordo com a diretora clínica e coordenadora da equipe médica do HMAL, Andrea Fontenelle, o Hospital João XXIII não está preparado para assumir toda a demanda.

Também se manifestaram contra o fechamento do bloco cirúrgico o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG).

A entidade divulgou uma nota de repúdio dizendo que o “fechamento representa um retrocesso na garantia de direitos fundamentais, como o acesso à saúde” e que “a medida e reflete falta de respeito e diálogo com os servidores públicos e as entidades representativas”.

O diretor técnico assistencial do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência, que administra o Hospital João XXIII e o HMAL, Samuel Cruz, alegou que a estrutura do HMAL estava muito defasada, e o fechamento do bloco cirúrgico foi a solução encontrada.

Para Andrea Fontenelle, o fechamento é uma solução “completamente equivocada”. Segundo ela, das cirurgias que o HMAL realizava, mesmo com os problemas estruturais, 30% poderiam continuar sendo feitas.

Ainda de acordo com Andrea, em março de 2023, todo o quadro clínico do HMAL se reuniu para elaborar um plano de reestruturação do hospital, mas nenhuma providência foi tomada em relação às demandas. O processo foi feito na administração anterior do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência.

Fundado em 1947, o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) é referência em cirurgias de alta complexidade em traumato-ortopedia e bucomaxilofacial. A maioria dos pacientes do HMAL é vítima de acidentes de trânsito, especialmente motociclistas jovens, que necessitam de procedimentos cirúrgicos variados e complexos.

O Diário do Estado entrou em contato com a Fhemig, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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