De acordo com um processo em Utah, nos Estados Unidos, o TikTok estaria ciente há muito tempo da exploração de crianças em suas transmissões ao vivo, incentivando comportamentos sexuais, mas, ainda assim, ignorou o problema e “lucrou significativamente” com isso. As acusações foram tornadas públicas na sexta-feira, 3, antes da possível proibição do aplicativo nos Estados Unidos, prevista para 19 de janeiro, salvo se a empresa chinesa ByteDance, dona da plataforma, vender o TikTok.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, solicitou à Suprema Corte que adiasse o banimento do aplicativo. Em resposta, o TikTok afirmou que a segurança nas “lives” é uma de suas prioridades.
O processo original foi aberto em junho pela Divisão de Proteção ao Consumidor de Utah. O procurador-geral do estado, Sean Reyes, afirmou que a funcionalidade de transmissões ao vivo criou um “clube de striptease virtual”, conectando vítimas a predadores adultos em tempo real.
Em nota, o TikTok criticou a divulgação dos documentos do processo, citando preocupações sobre a confidencialidade e sobre como isso poderia permitir que indivíduos mal-intencionados utilizassem a plataforma de forma inadequada. A empresa defendeu as ações de segurança que implementou e afirmou que o processo ignora suas medidas proativas. “A queixa seleciona algumas citações enganosas e documentos desatualizados, apresentando-os fora de contexto e distorcendo nosso compromisso com a segurança de nossa comunidade”, disse um porta-voz da plataforma.