Conheça como escola da zona rural no interior do Ceará se tornou uma das 10
melhores do país
A Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Francisco Ferreira Santiago
está localizada no distrito de Otavilândia, na cidade de Pires Ferreira, e
compõe a lista das dez escolas cearenses que têm destaque nos anos iniciais do
fundamental, de acordo com o Ideb 2023.
Escola de Pires Ferreira é destaque em índices da educação básica
Todo ano é sempre um novo desafio para quem trabalha na área da educação. Isso
porque a aprendizagem é construída aos poucos e em um “trabalho de formiguinha”
que move dezenas e até centenas de pessoas em uma mesma escola.
E dessa rotina a equipe da escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI)
Francisco Ferreira Santiago, localizada no distrito de Otavilândia, na cidade de
Pires Ferreira, entende. A instituição teve bons resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (ldeb) 2023, divulgado em agosto de 2024.
A escola foi destaque tanto nos anos iniciais quanto nos anos finais e figura
como uma das dez melhores instituições do Brasil:
– Ficou em 1° na lista de melhores escolas nos anos finais do ensino
fundamental, com nota 9,3
– Ficou em 8° no ranking de escolas nota 10 nos anos iniciais do ensino
fundamental
A Francisco Ferreira Santiago não é a única que se destaca na cidade. Outra
instituição, a EEMTI Alzira Maria de Araújo, marcou presença no ranking, com 9°
lugar nos anos iniciais e 6° nos anos finais.
MAS QUAL A ‘RECEITA’ DO SUCESSO?
A secretária de Educação do município, Rosa Matias, conta que os resultados são
fruto de mais de dez anos de trabalho para fortalecer a educação de Pires
Ferreira. E uma política pública fez a diferença no curso dessa história: a
implementação, em 2007, do Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC), do
Governo do Estado.
Segundo a secretaria, o sucesso do município se dá por vários fatores. Alguns deles são:
– cuidado com a educação infantil;
– olhar para a criança também fora da sala de aula;
– acompanhamento individualizado para alunos que apresentam dificuldades na
aprendizagem;
– recomposição de aprendizagem (entenda mais abaixo);
– foco em Português e Matemática;
– olhar para a família e para o que acontece no entorno da/do estudante.
Tudo isso compõe o que a secretária chama de “olhar de rede”:
“Duas escolas foram premiadas. Não é um trabalho de uma escola isolada, é um
trabalho de rede. O mesmo trabalho que a escola da zona rural faz, a escola da
zona urbana também faz. É um trabalho feito com formações, com feedback, com
preparação do docente, da gestão, desde o porteiro, a merendeira, o auxiliar.
Todos são educadores. Quem está na escola está para receber o aluno. Todos têm
que ter esse olhar para o aluno”.