Detentos participam de mutirão de limpeza urbana em Goiânia

No último sábado, 4, um grupo de 200 detentos do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida, participou de um mutirão de limpeza urbana em bairros da região Noroeste de Goiânia. Sob escolta de cerca de 110 agentes da Polícia Penal, os internos atuaram na coleta de lixo, remoção de entulhos e poda de árvores em setores como Parque Tremendão, Jardim Fonte Nova e Morada do Sol.

A ação, fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Goiânia, a Polícia Penal e a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), busca beneficiar a população com a melhoria do ambiente urbano. “Nosso objetivo é trazer bem-estar para os moradores e expandir essa iniciativa para outras cidades do estado”, afirmou o diretor-geral da Polícia Penal de Goiás (PPGO), Josimar Pires.

Impacto e reconhecimento da comunidade

Os moradores elogiaram o trabalho realizado. Bruno Silva, residente da região, destacou a importância da oportunidade dada aos detentos: “É bacana esse tipo de trabalho, ajuda a transformar o preso em um cidadão de bem.” Maria Gonçalves da Cruz também aprovou a iniciativa: “A rua estava muito suja, agora ficou limpinha. Um trabalho muito bem feito.”

Próximas etapas

A Comurg planeja continuar os mutirões de limpeza ao longo de 2025, abrangendo outras áreas da cidade. Os setores Vila Finsocial e Residencial Jardim Belvedere estão entre os próximos a serem atendidos. A iniciativa reforça a importância da união de esforços para manter a cidade limpa e promove a reintegração social dos detentos.

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Denúncias de violações aos direitos humanos aumentam 22% em um ano

Em 2024, o Disque 100 recebeu mais de 657,2 mil denúncias de violações aos direitos humanos. O número é 22,6% superior ao registrado em 2023, quando o canal do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania foi acionado 536,1 mil vezes.

Segundo o ministério, o total de violações verificadas também aumentou, saltando de 3,4 milhões, em 2023, para 4,3 milhões, em 2024. Cada denúncia pode resultar em mais de tipo de violação.

Entre as infrações mais recorrentes estão a violação à integridade por negligência, com 464,3 mil ocorrências; tortura psíquica (389,3 mil) e a violação à integridade física com exposição de risco à saúde (368,7 mil).

A maioria das vítimas das denúncias é do gênero feminino (372,3 mil), pessoas brancas (261,6 mil), e com idade entre 70 e 74 anos (32,5 mil). Na maioria dos casos, as violações ocorreram na casa da própria vítima e/ou do suspeito (301,4 mil). Entre os grupos mais vulneráveis estão crianças e adolescentes (289,4 mil), pessoas idosas (179,6 mil) e mulheres (111,6 mil).

Apesar da vulnerabilidade, o total de vítimas do gênero feminino foi 2,9% menor que o registrado em 2023. Por outro lado, em 2024, o perfil do agressor mudou: as mulheres (283,1 mil) passaram a liderar o gênero do suspeito de agressão, configurando um aumento de 28,8% em comparação a 2023.

As agressoras ou os agressores são, majoritariamente, da cor branca (172,9 mil) e têm entre 30 e 34 anos de idade (65,8 mil). Em geral, os principais suspeitos de cometerem agressões têm parentesco de primeiro grau com a vítima: mães (160,8 mil), filhos ou filhas (108,8 mil) e pais (49,2 mil).

No topo da lista das unidades federativas com maior número de denúncias estão São Paulo (174,6 mil), Rio de Janeiro (83,1 mil) e Minas Gerais (72,8 mil). Estes estados também respondem pelo maior número de violações de direitos humanos – definidas como qualquer fato que atente ou viole os direitos de uma vítima –, com 1,17 milhão; 562,1 mil; e 490,6 mil, respectivamente.

Disque 100

O Disque Direitos Humanos – Disque 100 é um serviço de utilidade pública. Qualquer pessoa pode comunicar algum fato relacionado a violações de direitos humanos, da qual seja vítima ou tenha conhecimento.

As denúncias podem ser feitas por diferentes plataformas: além das ligações telefônicas gratuitas para o número 100, também é possível mandar mensagem pelo Whatsapp (61) 99611-0100 e pelo Telegram (digitar “direitoshumanosbrasil” na busca do aplicativo).

Pessoas surdas ou com deficiência auditiva podem fazer denúncias por videochamada em Língua Brasileira de Sinais no seguinte site: https://atendelibras.mdh.gov.br/acesso

As denúncias são encaminhadas aos órgãos de proteção e de apuração, como conselhos estaduais, Centros de Referência Especializados de Assistência Social, delegacias, Ministério Público, entre outros.

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