As profissões mais contratadas em Ribeirão Preto e Franca em 2024: Confira os dados do Caged e a análise de um economista.

Saiba quais foram as profissões que mais contrataram em Ribeirão Preto e Franca em 2024

Dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Economista avalia desempenho das cidades na criação de vagas com carteira assinada.

Banca de pesponto se mantém essencial para setor calçadista de Franca mesmo com baixa valorização e incremento de novas tecnologias — Foto: Aurélio Sal/EPTV

Um levantamento realizado pelo DE aponta quais foram as profissões que mais contrataram em Ribeirão Preto (SP) e Franca (SP) entre janeiro e novembro de 2024.

Os cargos apontados levam como base dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Dois dos setores aparecem tanto na lista de Ribeirão quanto na de Franca. São eles: serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros, e escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos.

Em Ribeirão, os serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros foram os que mais contrataram, com 11.118 admissões. Já em Franca, foram os vendedores e demonstradores em lojas ou mercados, que correspondem a 6.592 admissões.

Ribeirão Preto:

1. Trabalhadores nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros – 11.118 admissões
2. Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos – 9.798 admissões
3. Condutores de veículos e operadores de equipamentos de elevação e de movimentação de cargas – 6.486 admissões
4. Técnicos de nível médio nas ciências administrativas – 3.147 admissões
5. Gerentes de produção e operações – 2.358 admissões

Franca:

1. Vendedores e demonstradores em lojas ou mercados – 6.592 admissões
2. Trabalhadores da confecção de calçados – 5.741 admissões
3. Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos – 3.481 admissões
4. Trabalhadores nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros – 2.912 admissões
5. Trabalhadores dos serviços de hotelaria e alimentação – 2.764 admissões

Em entrevista ao DE, Edgard Monforte Merlo, economista e professor da USP, explicou que enquanto em Ribeirão Preto, o destaque ficou para os setores de comércio e serviços, em Franca, destacou-se a indústria.

“De um modo geral, está mantendo as áreas empregadoras neste ano. Eu até esperava que [os números] fossem melhores, mas, de um modo geral, tem mantido. Franca perdeu um pouco da indústria de calçados, que já foi mais alto o emprego de funcionários de calçados, e em Ribeirão tem uma certa tendência forte em comércio e serviços, que continuam contratando no nível de anos anteriores, com pequena variação”, diz.

Na visão do economista, o desempenho desses setores em 2024 se manteve estável em relação ao observado no ano anterior. Isso, segundo ele, frustra as expectativas de quem esperava por um salto na geração de empregos.

“Ainda não teve nenhum aumento sensível desses empregos em relação ao mesmo período do ano anterior. Franca ainda sofreu um pouco na indústria de calçados, agora que está começando a recuperar. Os dados que até agora apareceram mostram que, praticamente, você está no nível estável de emprego em Ribeirão e Franca, sem muitas variações”, cita.

Apesar da estabilidade, Merlo acredita que as perspectivas para o próximo ano são positivas.

“Perspectiva é de que melhore. O Brasil está com a taxa de desemprego em baixa, as indústrias voltaram a investir, então, teoricamente, tem uma série de fatores positivos”, conclui.

Edgard Monforte Merlo, professor de economia da USP em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Carlos Trinca/EPTV

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Ubatuba: Histórico de acidentes aéreos levanta preocupações sobre segurança na região

Ubatuba, no Litoral Norte de SP, tem um histórico de acidentes envolvendo aeronaves, como o ocorrido na manhã desta quinta-feira (9) que resultou em uma pessoa morta e cinco feridas. Na cidade litorânea, nos últimos anos, foram registradas ao menos seis ocorrências com aeronaves, algumas resultando em fatalidades. Por exemplo, em 2021, um bimotor caiu no mar e desde então o copiloto e um empresário permanecem desaparecidos.

Além disso, no fim de dezembro de 2023, um helicóptero que seguia para o Litoral Norte, mas para a cidade de Ilhabela, sofreu uma queda e ficou desaparecido por 12 dias até ser encontrado na cidade de Paraibuna, no interior de SP, sem sobreviventes. Julho de 2017 foi marcado por um incidente em que um avião monomotor derrapou na pista do aeroporto de Ubatuba, cruzando a pista de pouso sem parar. Quase seis meses depois, em dezembro de 2017, outro incidente ocorreu quando um avião atolou na pista do aeroporto devido às chuvas na cidade.

Em maio de 2018, um avião precisou fazer um pouso forçado no litoral de Ubatuba, deixando 10 pessoas levemente feridas. Neste caso, uma pane teria causado a necessidade de aterrissagem, com imagens mostrando o avião prestes a pousar. No dia 1º de janeiro de 2019, um helicóptero caiu em Ubatuba causando a morte de um pedestre. O piloto perdeu altitude e fez um pouso forçado, resultando em danos à aeronave e vazamento de combustível.

Em novembro de 2021, um avião bimotor caiu no mar em Ubatuba, levando três pessoas, incluindo o piloto Gustavo Carneiro, cujo corpo foi encontrado no dia seguinte. No entanto, o copiloto José Porfírio e o empresário Sérgio Alves Dia Filho permanecem desaparecidos, assim como a fuselagem do avião. O histórico de acidentes aéreos em Ubatuba indica a necessidade de avaliação e medidas para garantir a segurança das operações aéreas na região, visando prevenir futuros incidentes fatais.

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