Quem sucederá José Múcio no Ministério da Defesa? Comandantes militares têm suas preferências, Lula decide entre 4 nomes

Quem poderá suceder a José Múcio Monteiro no Ministério da Defesa

E quem os comandantes militares veem com mais simpatia

Sobre a mesa de trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há 4 nomes que poderão suceder a José Múcio Monteiro Filho no ministério da Defesa: Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Geraldo Alckmin (Vice-presidente da República e ministro Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Ricardo Lewandowski (ministro da Justiça e da Segurança Pública) e Jaques Wagner (líder do governo no Senado).

Para os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, tanto faz um como outro. A escolha cabe ao presidente e a ninguém mais. É o que dirão se Lula os consultar. Mas eles tudo fizeram para convencer Múcio a recuar da decisão de sair do ministério, e por mais que escondam, têm também suas preferências. Padilha seria a primeira por suas estreitas ligações com Lula. A segunda, Wagner por já ter sido ministro da Defesa.

Contam amigos de Múcio que ele está de “aviso prévio” e feliz da vida à espera de que Lula o libere. Acha que cumpriu bem sua missão de ministro do “deixa disso”. Passou os últimos dois anos dizendo “deixa disso” para os militares e “deixa disso” para o governo. E assim atravessou muitas crises. Nem sempre foi bem compreendido pelos dois lados. Agora, a nove meses de completar 77 anos de idade, chega. Já deu.

Quer sair do governo de bem com Lula – o mais breve possível seria o ideal, ou na data que Lula marcar. Em um governo com pouco ou dinheiro algum para investir em grandes projetos, de que lhe adiantaria continuar? Para desgastar-se ainda mais dentro e fora do governo? Se dependesse dele, passaria em branco mais um aniversário do golpe fracassado do 8 de janeiro que Lula celebrará nesta semana. Ferida existe para cicatrizar.

E a ferida do golpe ou dos golpes abortados só cicatrizará quando a justiça selar o destino de Bolsonaro e dos que de fato aderiram ao seu plano sinistro de derrubar a democracia. Os comandantes militares sabem disso, mas muitos dos seus subordinados não sabem ou não concordam. No próximo dia 15, o país lembrará a eleição de Tancredo Neves, o primeiro presidente civil depois de 21 anos de generais presidentes.

O período mais longo de democracia no Brasil está prestes a completar 40 anos em 15 de março. Na véspera, Tancredo foi operado em Brasília. Retiraram-lhe um tumor do intestino. Operado mais seis vezes, morreu em São Paulo no dia 21 de abril. Seu vice, José Sarney, governou até 15 de março de 1990, quando assumiu Fernando Collor, impichado dois anos depois.

O roteirista do filme Brasil ainda nos reserva surpresas.

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“Rainha do Pó”: PF busca traficante há mais de 10 anos, mandado revogado pelo STJ em 2021″

Quem é a “Rainha do Pó”, na mira da PF há mais de 10 anos

Karine Campos está foragida desde 2021 e teve mandado de prisão revogado após decisão do Superior Tribunal de Justiça

Apontada como a maior exportadora de cocaína por meio do Porto de Santos, Karine Campos foi apelidada por investigadores de “Rainha do Pó” e acumula uma série de investigações e processos.

A traficante teve um mandado de prisão contra si revogado pela Justiça Federal de Santos por ordem do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça.

O ministro anulou, e a quinta turma do STJ referendou, uma ação de busca de busca apreensão realizada na operação Alba Vírus, que mirou o grupo criminoso liderado por Karine Campos.

De acordo com o ministro, a busca realizada em uma imobiliária em Balneário Camboriú (SC) foi irregular. Além de anular os efeitos da busca e proibir o uso do material coletado, o ministro mandou cancelar o mandado de prisão até o fim do processo.

Ela está foragida desde 2021, quando o STJ a colocou em prisão domiciliar por causa dos dois filhos menores que, segundo a decisão, necessitavam da presença da mãe. Karine Campos, no entanto, está na mira da Justiça e de operações policiais há mais de 10 anos.

A primeira vez que apareceu como alvo de uma investigação foi em 2011. Ela foi alvo da operação Maia, da Polícia Civil da Bahia. No mesmo estado, em 2014, a Rainha do Pó apareceu como uma das investigadas na operação Twister, da Polícia Federal.

Em 2019, a PF novamente mirou a traficante na operação Alba Branca, cujo mandado de prisão foi revogado pelo STJ. Na investigação, ela apareceu como líder da organização criminosa responsável pela exportação de mais de 6 toneladas de cocaína pelo porto de Santos para países da Europa.

Os investigadores conseguiram mapear à época que o grupo liderado por Karine Campos arrecadou quase R$ 1 bilhão com o tráfico internacional por via marítima. A atuação do grupo, segundo a decisão que ordenou a prisão da traficante, rendeu casas, fazenda, joias e veículos de luxo para a Rainha do Pó. Foram apreendidos nas buscas realizadas pela PF R$ 1,7 milhão em joias e o registro de uma fazenda comprada por R$ 12 milhões. “Importa destacar que, pelas informações obtidas, os contêineres contaminados com a cocaína não eram embarcados somente pelo porto de Santos (SP), mas também por Navegantes (SC), Paranaguá (PR) e possivelmente outros, inclusive no Nordeste. Desse modo, é possível concluir que a organização criminosa possuía galpões em mais de um Estado da Federação”, diz a sentença que condenou a traficante.

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