Denúncia de cavalos mortos por suspeita de intoxicação em haras de Manaus: investigação em andamento pela Adaf e Polícia Civil.

Cavalos mortos por suspeita de intoxicação foram enterrados no próprio terreno do haras, denunciam donos. Animais foram encontrados mortos no sábado (4), e a causa provável é a ingestão de uma toxina, com sintomas semelhantes aos do botulismo.

Donos de cavalos encontrados mortos em Manaus denunciaram que os animais foram enterrados sem os devidos critérios sanitários no próprio terreno do Haras Nilton Lins, onde viviam. A causa provável da morte é a ingestão de uma toxina, com sintomas semelhantes aos do botulismo. A Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal, da Agência de Defesa Agropecuária (Adaf) e a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) investigam o caso.

No sábado (4), foi divulgado que três cavalos morreram, e neste domingo, mais seis foram encontrados mortos, totalizando nove, todas por suspeita de intoxicação. Em nota, a Universidade Nilton Lins, responsável pelo local, informou que, ao identificar os primeiros sintomas, adotou medidas imediatas para proteger os demais animais e conter a situação.

Donos de cavalos que morreram compartilharam com o DE imagens que mostram covas e os animais sendo deixados no local em tratores. Priscila Meneses, mãe de um jovem dono de dois cavalos que vivem no haras, relatou que os corpos teriam sido enterrados pelo haras irregularmente. Ela também disse que foi informada que a intoxicação foi coletiva.

A DE questionou a universidade sobre o processo de enterro dos corpos, mas a Nilton Lins informou que não tem informações sobre o descarte dos animais. Segundo a administração do Haras Nilton Lins, foram adotadas medidas para isolar a área afetada, fornecer atendimento veterinário especializado, desinfecção rigorosa, troca de insumos alimentares e monitoramento constante.

Por meio de nota, a Polícia Civil do Amazonas informou que a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema) investiga o caso em ação integrada com a Agência de Defesa Agropecuária (Adaf), para esclarecer as causas e as circunstâncias dos óbitos dos animais. Os envolvidos com o haras devem ser notificados para serem ouvidos na delegacia de acordo com a Polícia Civil.

Considerada uma doença grave, o botulismo é provocado pela ação da toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Essa substância pode entrar no organismo de animais (como cavalos) ou seres humanos por meio de ferimentos ou pela ingestão de alimentos contaminados. Mesmo pequenas quantidades da toxina podem causar intoxicação grave rapidamente. A toxina botulínica afeta o controle motor e, por essa razão, pode levar a diversas complicações.

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Investigação aponta intoxicação alimentar em morte de cavalos no Amazonas: 22 equinos já foram vítimas, suspeitas de feno contaminado.

Ao menos 22 cavalos perderam a vida no Amazonas desde 1º de janeiro, apresentando sintomas semelhantes que levantaram suspeitas de intoxicação alimentar por feno contaminado. A investigação teve início após a morte de dez cavalos na capital entre sábado (4) e segunda-feira (9). A mãe do dono dos animais relatou as mortes atribuídas à intoxicação em um haras em Manaus.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) confirmou o ocorrido na manhã de quinta-feira (9), apontando para a possível causa das mortes como sendo a intoxicação alimentar. Os casos foram registrados no Haras da Nilton Lins e em uma chácara no bairro Tarumã, ambas em Manaus, além de duas mortes em Presidente Figueiredo. Outros cavalos doentes também foram reportados, mas sem divulgação da quantidade.

Guilherme Torres, delegado adjunto da PC-AM, destacou a possibilidade de intoxicação decorrente do fornecimento de alimentação por uma empresa não identificada. A investigação envolveu a verificação das condições de produção, armazenamento e distribuição do feno, além da realização de necropsias nos animais e análise do alimento suspeito em busca de substâncias tóxicas.

As ações em curso incluem a realização de perícia nos locais das mortes, a notificação e oitiva dos proprietários dos animais e demais responsáveis pelos haras, além da análise minuciosa dos pontos de fornecimento da alimentação. A Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo e a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas seguem no esforço conjunto de investigação.

Donos de cavalos do Haras da Nilton Lins foram impactados pelas mortes e doenças dos animais, com casos de rápido emagrecimento e falta de apetite. Medidas de tratamento com soro foram adotadas, mas a morte de mais seis equinos foi registrada até terça-feira (7). A Universidade Nilton Lins, responsável pelo haras, afirmou agir rapidamente ao identificar os sintomas nos animais, visando proteger o restante e controlar a situação.

Os relatos de enterros irregulares dos cavalos mortos no terreno do Haras Nilton Lins causaram revolta entre os donos, que denunciaram a falta de critérios sanitários. Imagens mostram os animais sendo deixados em covas no local. As investigações seguem para esclarecer os fatos e responsabilidades diante da trágica situação envolvendo a morte de cavalos em Manaus.

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