Motorista é multado em R$ 586 por transportar crianças no porta-malas em SC: risco à vida e infração grave

Pai é flagrado levando filhos no porta-malas de carro dividindo espaço com cooler, sacolas e bola

Motorista foi multado pela PRF em R$ 586. Ele só seguiu viagem na Grande Florianópolis após parte dos passageiros ir para o carro de amigos.

1 de 2 Crianças são transportadas em porta-malas em meio a cooler, sacolas e bola em SC — Foto: DE/Divulgação

Crianças são transportadas em porta-malas em meio a cooler, sacolas e bola em SC — Foto: DE/Divulgação

Um motorista foi flagrado transportando os dois filhos no porta-malas de um carro na BR-101 em Paulo Lopes, na Grande Florianópolis, informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). As duas crianças ainda dividiam o espaço apertado com um cooler, sacolas e uma bola.

O condutor foi multado em R$ 586,94 e só seguiu viagem depois que parte dos passageiros foi para o carro de um amigo. O caso aconteceu no domingo (5).

A PRF detalhou que o motorista é morador de Palhoça, cidade vizinha a Paulo Lopes. Aos agentes, disse que levava a esposa e cinco filhos para passar o dia na praia em um município próximo.

Como não havia espaço para todos, as duas crianças de 8 e 11 anos foram colocadas no porta-malas, junto com sacolas e uma caixa térmica. O carro era um Astra.

2 de 2 Carro é flagrado com crianças no porta-malas na BR-101 na Grande Florianópolis — Foto: DE/Divulgação

Carro é flagrado com crianças no porta-malas na BR-101 na Grande Florianópolis — Foto: DE/Divulgação

O condutor foi multado pela PRF por transportar pessoas em compartimento de carga e por conduzir veículo com lotação excedente. As duas infrações estão previstas no Código de Trânsito Brasileiro, nos artigos 230 e inciso VII do artigo 231, respectivamente.

Com isso, o motorista pagou uma multa para cada transgressão, no valor de R$ 293,47 cada. A polícia esclareceu que o porta-malas não foi projetado para transportar pessoas.

“É um compartimento que não possui cintos de segurança ou estruturas mínimas de proteção em caso de colisão. Em um acidente, por exemplo, as crianças ficariam totalmente expostas a impactos severos e poderiam ser arremessadas, esmagadas ou sufocadas”, explicou Alexandre Castilho, inspetor da PRF.

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Com os casos de imprudência no trânsito como este, a importância da conscientização sobre segurança veicular e respeito às leis de trânsito é evidenciada. Transportar crianças no porta-malas, sem os equipamentos de segurança adequados, representa um risco à vida e à integridade física dos passageiros. A multa aplicada ao motorista flagrado nessa situação serve como alerta para que condutores ajam de forma responsável e respeitem as normas estabelecidas. O compartimento de carga de um veículo não deve ser utilizado para transporte de pessoas, devido aos perigos envolvidos em casos de acidentes. É fundamental que os pais e responsáveis adotem medidas seguras para o transporte de crianças, garantindo sua proteção e bem-estar durante deslocamentos. Em casos como esse, a atitude correta seria buscar alternativas seguras para garantir o transporte de todos os ocupantes, evitando colocar vidas em risco.(tcp)

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Mãe de suspeita de envenenar família com bolo recebe alta hospitalar: Polícia aponta padrão de homicídios em série.

A mãe de Deise Moura dos Anjos, Zeli dos Anjos, responsável por fazer o bolo envenenado com arsênio durante o feriado de Natal em Torres, no Litoral Norte do RS, recebeu alta hospitalar nesta sexta-feira (10), segundo o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. A polícia afirma que Deise é a principal suspeita de ter envenenado não apenas o bolo consumido pela sogra, Zeli, mas também o sogro, que faleceu em setembro.

De acordo com as autoridades policiais, Deise comprou arsênio quatro vezes em um período de quatro meses, sendo uma dessas compras realizada antes da morte do sogro e as outras três antes do óbito das três vítimas que consumiram o bolo envenenado em dezembro. O veneno teria sido adquirido pela internet e entregue pelos Correios, revelando um padrão de tentativas de homicídio em série por parte da suspeita.

A investigação da Polícia Civil aponta que a contaminação da farinha usada no bolo foi a fonte de arsênio consumido pelas vítimas, um veneno mortal que causou a morte de três pessoas da mesma família. Segundo a diretora do Instituto Geral de Perícias (IGP), Marguet Mittmann, as provas obtidas são robustas e inquestionáveis, garantindo a identificação do envenenamento como causa de morte.

A análise dos celulares apreendidos revelou que Deise buscou na internet informações sobre “arsênio veneno”, “arsênico veneno” e “veneno que mata humano”, corroborando a suspeita de envenenamento intencional nas mortes ocorridas. A defesa da suspeita alega que as prisões temporárias possuem caráter investigativo e ainda existem questionamentos em aberto no caso que precisam ser esclarecidos durante o inquérito.

O Instituto Geral de Perícias detalhou o processo de análise que detectou a presença de arsênio na farinha do bolo. A concentração do veneno encontrado era 2.700 vezes maior na farinha do que no próprio bolo, o que reforça a intencionalidade do envenenamento. Além disso, as investigações identificaram altas concentrações de arsênio no estômago, sangue e urina das vítimas que consumiram o bolo.

O caso chocou a população e reforçou a importância da perícia forense no esclarecimento de crimes tão cruéis. A rápida ação da polícia e dos peritos permitiu descobrir a origem do veneno, apontando Deise Moura dos Anjos como a principal responsável pelos envenenamentos. A investigação prossegue para esclarecer todos os detalhes desse trágico episódio e buscar justiça para as vítimas e suas famílias.

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