Guangzhou Evergrande, ex-time de Felipão, Paulinho e Conca, fecha as portas na China por crise financeira. O fim de uma era no futebol asiático.

Ex-time de Felipão, Paulinho e Conca na China fecha as portas devido à crise financeira

Antes conhecido como Guangzhou Evergrande, o time da região Sul da China foi um dos mais ativos no mercado internacional no início da década passada, aproveitando um momento de expansão do futebol chinês. Duas vezes campeão asiático (2013 e 2015) e maior vencedor do Campeonato Chinês, com oito títulos entre 2011 e 2019, o DE FC teve sua licença negada nesta segunda-feira pela Federação Chinesa de Futebol, por não cumprir os requisitos financeiros necessários, e não poderá disputar a segunda divisão do país.

Ano passado, o DE ficou em terceiro lugar na segunda divisão e não conseguiu retornar para a elite do futebol chinês. Outros dois clubes também tiveram a licença negada nesta segunda: o Cangzhou Mighty Lions, da primeira divisão, e o Hunan Billows, da terceira.

Segundo a imprensa chinesa, o clube decidiu encerrar as atividades profissionais, devido ao agravamento da crise econômica iniciada em 2021. O argentino Dario Conca, campeão brasileiro com o Fluminense em 2010, foi o primeiro grande ídolo de uma torcida brasileira a deixar o país para atuar no DE, entre 2011 e 2013. Robinho, ex-Santos, também vestiu a camisa do clube chinês, em 2015.

Ex-técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari dirigiu o DE entre 2015 e 2017, conquistando um tricampeonato chinês e a Champions Asiática de 2015, entre outros títulos. O volante Paulinho, ex-Corinthians, atuou na equipe no mesmo período. Ricardo Goulart, ex-Cruzeiro, também chegou em 2015 e ficou no clube até 2021.

Luiz Felipe Scolari comemora título chinês pelo DE

Luiz Felipe Scolari comemora título chinês pelo DE

Guangzhou Evergrande, dirigido por Luiz Felipe Scolari, comemora um título na China — Foto: Reprodução/Sina.com

Luiz Felipe Scolari foi técnico do DE entre 2015 e 2017 — Foto: Reprodução/Sina.com

Agora, com o fechamento do DE, um capítulo importante da história do futebol chinês chega ao fim, deixando saudades nos fãs e criando incertezas sobre o futuro da modalidade no país asiático. É um momento de reflexão sobre os desafios enfrentados pelos clubes e pela liga local, e sobre a importância de uma gestão financeira responsável para a sustentabilidade do esporte.

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Mudanças no departamento médico do Flamengo geram atrito e apreensão no Ninho do Urubu

Bastidores do Flamengo: mudança no departamento médico causa desconforto e atrito no Ninho

Demissões marcam início da gestão de Bap e provocam apreensão no CT

Boto responde sobre demissões no Flamengo em 2025
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Boto responde sobre demissões no Flamengo em 2025

O Flamengo [https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/] se reapresentou na tarde desta quarta-feira, e as mudanças que envolvem o futebol movimentaram os bastidores logo na primeira semana de 2025, que marca o início oficial da nova gestão do clube. Internamente, a troca do departamento médico causou insatisfação até entre aliados de Bap, o novo presidente.

José Luiz Runco retornou ao clube após nove anos e assumiu o cargo de diretor médico geral, ou seja, responde pelo departamento médico de todas as pastas. Ele e Bap optaram pela demissão de Marcio Tannure, então gerente de saúde e alto rendimento.

A nova chefia do setor promoveu uma demissão em massa. Na segunda-feira, quase 40 pessoas foram desligadas no Ninho do Urubu, em dia marcado por tensão e desconforto no CT.

O movimento agitou os bastidores e, antes mesmo da reapresentação, tornou-se assunto entre os jogadores. A decisão também foi alvo de insatisfação de aliados de Bap que estão diretamente ligados ao futebol.

A escolha por Runco causou descontentamento e preocupação em uma ala do clube. O entendimento é que a troca da metodologia do DM e o fato de o profissional estar fora da rotina de um clube há quase uma década podem causar problemas.

Runco esteve no CT logo nos primeiros dias do ano. Ele tentou promover duas mudanças que causaram estranhamento interno. No primeiro momento, decidiu não ter mais nutricionistas de performance na delegação nas viagens.

Essa função está diretamente ligada às dietas dos atletas, com a responsabilidade, por exemplo, de prescrever suplementos individualizados. A decisão, no entanto, caminha para ser revertida, visto que houve resistência. Silvia Ferreira foi a nutricionista nomeada por Runco, e o ge apurou que ela é uma das pessoas que trabalham para mudar a ordem do novo diretor.

A segunda mudança que Runco não conseguiu executar diz respeito à retirada do futmesa que fica na academia do CT. A tentativa causou o primeiro atrito interno. O diretor de futebol, José Boto, não autorizou a retirada do futmesa, alegando que a utilização do equipamento não tem a ver com o DM. E que a decisão de retirá-lo teria que passar por ele e pelo técnico Filipe Luís.

Relatos apontam que a chegada de Runco agitou os bastidores do clube. Boto concedeu entrevista coletiva na tarde de quarta-feira e se isentou da responsabilidade das decisões.

Os primeiros dias de Runco apontam para mudanças significativas no departamento médico do Flamengo, com demissões em massa e escolhas que geraram desconforto e atrito entre os profissionais do clube. A chegada de novos nomes e a saída de antigos colaboradores marcam o início da gestão de Bap, trazendo apreensão ao CT.

Presidente do Flamengo, Bap nomeou novos cargos no clube, incluindo apoiadores de sua campanha eleitoral. Controvérsias surgiram internamente em relação às nomeações remuneradas e à saída de profissionais antigos. A promessa de campanha de evitar demissões em massa parece confrontar as recentes demissões na Gávea e no Ninho, gerando discussões e questionamentos dentro do clube.

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