Variação de mais de 300% nos preços de material escolar no MA: saiba como economizar

Preço de itens de material escolar no MA têm variação de mais de 300%, segundo Procon

Ao todo, foram analisados os preços de 400 itens escolares disponíveis em seis lojas em São Luís.

DE aponta diferença de mais de 300% no preço de itens do material escolar — Foto: Secom/Divulgação

DE aponta diferença de mais de 300% no preço de itens do material escolar — Foto: Secom/Divulgação

O Instituto de Promoção e Defesa do Consumidor do Maranhão (Procon-MA) detectou uma variação de até 312,50% em preços de itens que compõe a lista de material escolar. Entre os materiais pesquisados, estão lápis, borrachas, cadernos e canetas.

A pesquisa foi realizada em estabelecimentos comerciais que vendem produtos que constam na lista de materiais escolares. Ao todo, foram analisados os preços de 400 itens escolares disponíveis em seis lojas em São Luís.

Entre todos os itens o que apresentou maior variação de preço foi o apontador com depósito da Minnie, com uma diferença de 312,50% entre os valores da Livraria Leitura, onde custa R$ 9,90, e da Papelaria Vergê, onde custa R$ 2,40. O segundo item com maior variação de valor é o caderno de 15 matérias do Flamengo, com diferença de 233,09%, por R$ 89,90 na Livraria Leitura e R$ 26,99 no Mateus Supermercados.

Já o item com menor variação entre os preços pesquisados foi o caderno de 10 matérias do São Paulo, com apenas 0,30% de diferença entre seu preço de R$ 29,90 na Papelaria Vergê e de R$ 29,99 no Mateus Supermercados. Em segundo lugar com menor variação está outro caderno de 10 matérias, da Jolie, com 1,64%, custando R$ 55,80 na Papelaria Vergê e R$ 54,90 na Livraria Leitura.

Com material escolar mais caro, pais usam criatividade para economizar.

Veja dicas de como economizar.

1. Reutilizar: Muitos dos materiais utilizados pelos estudantes funcionam por prazo maior do que um ano letivo: lapiseiras, tesouras, estojos e apontadores são alguns exemplos. É recomendado identificar quais os materiais o aluno ou aluna já tem e que estejam em boa conservação. O mesmo vale para livros, dicionários e apostilas de apoio, que podem ser comprados usados por valores menores do que os novos.

2. Comparar preços e produtos: A boa e velha pesquisa de preços, apesar de cansativa, pode te levar longe, e lojas que estão cobrando mais ou menos por um mesmo item, por exemplo. Também é possível comparar marcas, especificações e condições de pagamento. Há uma série de ferramentas online que podem ajudar nesse processo, como Buscapé e Zoom.

3. Buscar ofertas e vantagens: Muitas lojas oferecem descontos para compras em grandes quantidades, então reunir um grupo de pais ou responsáveis para ir às compras no atacado pode se provar vantajoso. Também vale fazer uma busca por cupons de desconto ou itens em promoção. Na hora do pagamento, uma dica valiosa é perguntar se há desconto para pagamento por PIX ou à vista, que muitas lojas (online e físicas) oferecem.

4. Evitar produtos com personagens: Itens ilustrados com personagens de filmes, desenhos animados, jogos ou quadrinhos costumam ser mais caros. Esses produtos, apesar de preferidos pelas crianças, carregam o valor do licenciamento das marcas e, portanto, têm o preço mais salgado. Há quem prefira até mesmo deixar as crianças em casa na hora de ir às compras, para evitar a pressão dos pequenos na hora da escolha.

5. Avaliar lista: Pais e responsáveis devem estar atentos à lista de materiais escolares que as escolas fornecem. O estudante não pode ser obrigado a comprar itens de uso coletivo e nem ser proibido de participar de atividades pedagógicas por não ter os materiais necessários para realizá-la.

6. Exigir nota fiscal: Atenção: o preço praticado no cartão de crédito deve ser igual ao cobrado à vista. Exija a nota fiscal detalhada, com discriminação dos produtos adquiridos, marca, preço individual e total. Também se informe sobre prazos de garantia e política de trocas.

Materiais proibidos: As escolas não podem exigir dos alunos materiais de consumo e expediente de uso genérico, abrangente ou coletivo, como por exemplo: álcool, balde de praia, balões, bolas de sopro, brinquedo, caneta para lousa, carimbo, copos descartáveis, CD’s e DVD’s, Elastex, envelopes, esponja para pratos, estêncil a álcool e óleo, fantoche, feltro, fita dupla face, fita durex em geral, fita para impressora, fitas decorativas, fitilhos, flanelas, garrafa para água, gibi infantil, giz branco e colorido, grampeador e grampos, jogos pedagógicos e em geral, lenços descartáveis, livro de plástico para banho, lixa em geral, maquiagem, marcador para retroprojetor, material para escritório (sem uso individual), material de limpeza em geral, medicamentos, papel em geral (exceto quando solicitado, no máximo, uma resma por aluno), papel higiênico, piloto para quadro branco, pincel atômico, plásticos para classificador, pratos descartáveis, pregador para roupas, sacos plásticos, tonner para impressora.

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Inflação em São Luís em 2024: alta de 6,51% impulsionada por alimentos e transporte – Principais destaques e perspectivas para 2025.

A inflação em São Luís fechou o ano de 2024 acumulando uma alta de 6,51%, sendo impulsionada principalmente pela elevação nos preços dos alimentos e transporte. O preço do café moído foi o que mais subiu, registrando uma variação de 42,51%, o maior aumento entre todas as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em São Luís registrou uma alta de 0,71% no mês de dezembro de 2024, resultando em uma inflação acumulada de 6,51% ao longo do ano. Esta foi a maior taxa entre as regiões pesquisadas pelo IBGE, indicando um cenário de aceleração nos preços ao consumidor em comparação ao mês anterior.

O aumento observado em dezembro superou o índice registrado em novembro, sinalizando uma tendência de alta nos preços. Os principais responsáveis por esse aumento foram os grupos de despesa de transportes e alimentação e bebidas, com alta de 2,11% e 1,37%, respectivamente. O preço dos alimentos na capital subiu 8,89% ao longo do ano, sendo o café moído o item com a maior elevação, atingindo 42,51%.

Em 2024, a média nacional da inflação foi de 4,83%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central. Isso reflete a pressão sobre os preços em todo o país, sendo os alimentos e transportes os principais vilões nesse cenário. Além disso, o grupo de habitação apresentou deflação de -0,60% em dezembro, influenciado pela queda nos preços da energia elétrica residencial devido à mudança na bandeira tarifária.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), não foi alcançada em 2024, o que implica em medidas mais rígidas por parte do Banco Central. O aumento da taxa básica de juros é uma das ferramentas utilizadas para conter a inflação, impactando diretamente no consumo da população. Em caso de estouro da meta, o presidente do BC precisa enviar uma carta ao chefe do CMN explicando os motivos por trás desse cenário.

Diante desse panorama, as perspectivas para 2025 indicam a necessidade de uma política monetária mais restritiva, com possíveis elevações nos juros. Isso pode impactar a tomada de crédito para pessoas e empresas, influenciando o consumo e movimentando a economia. A busca por um equilíbrio na inflação é essencial para garantir a estabilidade econômica do país e evitar impactos negativos no mercado financeiro e na vida da população em geral.

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