Mãe de família no Piauí já perdeu quatro filhos envenenados

Envenenamento em Família no Piauí: Tragédia e Investigação

No Piauí, uma família enfrenta uma tragédia devastadora após o envenenamento de seus membros. A mãe, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, já perdeu quatro filhos devido a envenenamento: dois deles no meio do ano e outros dois após o episódio do arroz. A mais recente vítima foi Lauane da Silva, de três anos, que faleceu na madrugada de 6 de janeiro no Hospital de Urgência de Teresina.

Segundo a polícia, dois dos filhos, de oito e sete anos, morreram há cerca de cinco meses depois de ganharem um saco de caju envenenados da vizinha, por estarem “roubando frutas do quintal dela”.

Lauane estava internada desde 1 de janeiro após ingerir arroz envenenado com uma substância tóxica semelhante ao ‘chumbinho’. Além da criança, o irmão, de 1 ano e 8 meses, e o tio dela também morreram após consumir o mesmo alimento.

Já a mãe está internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) em Parnaíba, enquanto outra filha está internada em um hospital de Teresina. Outras quatro pessoas da família também foram hospitalizadas, mas receberam alta.

Comida envenenada

A família preparou o baião de dois (arroz com feijão) no dia anterior, usando como ingrediente um alimento dado pela vizinha. O laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) revelou que o veneno estava presente em todo o arroz, em grânulos visíveis.

O médico Antônio Nunes, diretor do IML, confirmou que “o veneno foi colocado em grande quantidade no baião de dois”. A Polícia Civil do Piauí (PCPI) investiga o caso como homicídio.

Inicialmente, suspeitava-se que o peixe doado à família na noite de 31 de dezembro estivesse envenenado, mas o exame pericial afastou essa possibilidade, e o casal que entregou o peixe não é mais considerado suspeito.

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Pepe Mujica revela avanço do câncer: “Estou morrendo”

Pepe Mujica Revela Avanço do Câncer e Decisão de Negar Tratamentos

José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, anunciou nesta quinta-feira, 9, que o câncer que enfrenta desde abril do ano passado avançou e que não adotará novos tratamentos. Aos 89 anos, Mujica afirmou que a doença, que começou no esôfago, agora atingiu o fígado. “Estou morrendo”, disse Mujica em uma entrevista ao jornal local Búsqueda. “Estou condenado, irmão. É até aqui que vou.”

Ele explicou que o câncer no esôfago está se espalhando para o fígado e que não consegue impedi-lo. “Por quê? Porque sou um homem velho e porque tenho duas doenças crônicas. Não posso fazer nem um tratamento bioquímico, nem uma cirurgia porque meu corpo não aguenta”, destacou. Mujica sofre de uma doença imunológica há mais de 20 anos, que afetou seus rins e gerou complicações no tratamento.

Após ser diagnosticado com câncer de esôfago, ele passou por sessões de radioterapia e foi internado diversas vezes devido a complicações do tratamento, o que dificultou sua alimentação e hidratação. Em setembro, Mujica passou por uma cirurgia para garantir que pudesse comer com segurança. Na época, a equipe médica anunciou que a doença estava em remissão. No entanto, a situação agora é diferente.

Engajamento político

Apesar de ter se aposentado do Senado e da política em 2020, Mujica nunca deixou de advogar pelas causas que defende. Ele participou ativamente do processo eleitoral no Uruguai em outubro e novembro do ano passado, que culminou na eleição de seu partido político, com Yamandú Orsi como o novo presidente. Mujica foi presidente do Uruguai entre 2010 e 2015, quando passou o cargo para Tabaré Vázquez, seu correligionário.

Desde então, ele foi eleito duas vezes para o Senado, mas deixou o cargo definitivamente em 2020, influenciado pela pandemia da Covid-19. Antes de ingressar na política institucional, Mujica integrou o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, atuando em operações de guerrilha contra a ditadura que governava o Uruguai. Por sua atuação como guerrilheiro, ele foi detido diversas vezes e torturado, passando quase 15 anos da sua vida na prisão.

Recentemente, Mujica recebeu do presidente Lula a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a maior honraria do Brasil. Ele expressou o desejo de se despedir dos compatriotas e pediu que o deixassem em paz. “Quero me despedir dos meus compatriotas”, disse. “O que eu peço é que me deixem em paz. Não me peçam mais entrevistas nem nada. Meu ciclo acabou. Sinceramente, estou morrendo. E o guerreiro tem direito ao seu descanso.”

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