Desmatamento em Riachão (MA) polui Rio Frutuoso e deixa 20 mil sem água: impactos e investigações.

Desmatamento em área do tamanho de mil estádios em Riachão (MA) polui rio e deixa mais de 20 mil pessoas sem água

O Rio Frutuoso foi invadido por entulhos e lamas da área desmatada, levados pela chuva. A poluição do rio e o consequente interrompimento do abastecimento são resultados do desmatamento de uma área de cerca de 990 hectares, o que representa cerca de mil estádios de futebol, para produção agrícola.

Um desmatamento próximo a uma área de preservação ambiental alterou a qualidade da água do rio Frutuoso, responsável pelo abastecimento da cidade de Riachão, de cerca de 22 mil habitantes, no Sul do Maranhão, impedindo a distribuição de água tratada, devido às sujeiras levadas pelas chuvas.

Dos habitantes, pelo menos 20 mil moradores estão sem abastecimento de água desde o último fim de semana. A poluição do rio e o consequente interrompimento do abastecimento são resultados do desmatamento de uma área de cerca de 990 hectares, o que representa cerca de mil estádios de futebol, para produção agrícola.

O desmatamento teria sido executado com um licenciamento ambiental cedido pelo Governo do Estado, mas a suspeita é de que os trabalhos tenham sido executados próximo ao riacho Ararinha, um afluente do rio Frutuoso.

De acordo com denúncias recebidas pela equipe da TV Mirante, a lama do local desmatado e o resto de árvores foram levados pela chuva para o leito do rio, que fica dentro de um balneário público.

Em vídeo divulgado nas redes sociais no ano passado, a empresa, que teria sido contratada por uma fazenda na região para executar a remoção da vegetação, mostrou as máquinas executando serviços no local, derrubando árvores.

A prefeita de Riachão, Paula Coelho (MDB), disse que o caso está sendo acompanhado pela Assessoria Jurídica do município, que montou uma força-tarefa para garantir o abastecimento na cidade.

Ao todo, 12 carros pipas estão trabalhando para abastecer a população, de forma alternada, (um dia sim e outro não) para que os moradores possam ser atendidos, segundo a prefeitura.

A Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público do MA (MP-MA) disse que irá notificar a fazenda, a Prefeitura de Riachão e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) para obter informações sobre o licenciamento, que resultou no desmatamento, inclusive, para saber se a área desmatada corresponde ao que foi autorizado.

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Inflação em São Luís em 2024: alta de 6,51% impulsionada por alimentos e transporte – Principais destaques e perspectivas para 2025.

A inflação em São Luís fechou o ano de 2024 acumulando uma alta de 6,51%, sendo impulsionada principalmente pela elevação nos preços dos alimentos e transporte. O preço do café moído foi o que mais subiu, registrando uma variação de 42,51%, o maior aumento entre todas as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em São Luís registrou uma alta de 0,71% no mês de dezembro de 2024, resultando em uma inflação acumulada de 6,51% ao longo do ano. Esta foi a maior taxa entre as regiões pesquisadas pelo IBGE, indicando um cenário de aceleração nos preços ao consumidor em comparação ao mês anterior.

O aumento observado em dezembro superou o índice registrado em novembro, sinalizando uma tendência de alta nos preços. Os principais responsáveis por esse aumento foram os grupos de despesa de transportes e alimentação e bebidas, com alta de 2,11% e 1,37%, respectivamente. O preço dos alimentos na capital subiu 8,89% ao longo do ano, sendo o café moído o item com a maior elevação, atingindo 42,51%.

Em 2024, a média nacional da inflação foi de 4,83%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central. Isso reflete a pressão sobre os preços em todo o país, sendo os alimentos e transportes os principais vilões nesse cenário. Além disso, o grupo de habitação apresentou deflação de -0,60% em dezembro, influenciado pela queda nos preços da energia elétrica residencial devido à mudança na bandeira tarifária.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), não foi alcançada em 2024, o que implica em medidas mais rígidas por parte do Banco Central. O aumento da taxa básica de juros é uma das ferramentas utilizadas para conter a inflação, impactando diretamente no consumo da população. Em caso de estouro da meta, o presidente do BC precisa enviar uma carta ao chefe do CMN explicando os motivos por trás desse cenário.

Diante desse panorama, as perspectivas para 2025 indicam a necessidade de uma política monetária mais restritiva, com possíveis elevações nos juros. Isso pode impactar a tomada de crédito para pessoas e empresas, influenciando o consumo e movimentando a economia. A busca por um equilíbrio na inflação é essencial para garantir a estabilidade econômica do país e evitar impactos negativos no mercado financeiro e na vida da população em geral.

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