Terreno do Boi Garantido em leilão: Universidade do Folclore em risco

O terreno do Boi Garantido, onde se encontra a Universidade do Folclore Paulinho Faria e um galpão de alegorias da associação em Parintins, está indo a leilão devido a uma dívida judicial, segundo informações da Justiça do Amazonas. A venda pública do terreno ocorrerá no próximo mês de fevereiro como consequência do não pagamento da referida dívida por parte da agremiação.

A decisão de leiloar o terreno partiu da 3ª Vara Cível do Foro da Comarca de Parintins e será realizada pela internet. O valor exato da dívida não foi divulgado, mas está sob segredo de Justiça. O terreno possui uma área de 20 mil metros quadrados e é utilizado para o armazenamento de alegorias utilizadas pelo Boi Garantido no Festival Folclórico de Parintins, além de servir para a formação de novos artistas.

O presidente do Boi Garantido, Fred Góes, foi procurado pelo DE para comentar sobre o leilão e os motivos que levaram à inadimplência, no entanto, não houve retorno até o momento. O imóvel está avaliado em R$ 3.007.190,00, conforme um Laudo de Avaliação do Tribunal de Justiça do Amazonas.

O primeiro leilão está marcado para o dia 11 de fevereiro de 2025, às 9h (horário de Manaus), no site www.amazonasleiloes.com.br. O lance inicial deverá corresponder a 100% do valor da avaliação. Caso não haja interessados no primeiro leilão, um segundo leilão será realizado em 18 de fevereiro de 2025, com lance mínimo de 50% do valor da avaliação. É importante acompanhar o desenrolar deste processo judicial que envolve um dos boi-bumbás mais tradicionais do Festival de Parintins.

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Investigação aponta intoxicação alimentar em morte de cavalos no Amazonas: 22 equinos já foram vítimas, suspeitas de feno contaminado.

Ao menos 22 cavalos perderam a vida no Amazonas desde 1º de janeiro, apresentando sintomas semelhantes que levantaram suspeitas de intoxicação alimentar por feno contaminado. A investigação teve início após a morte de dez cavalos na capital entre sábado (4) e segunda-feira (9). A mãe do dono dos animais relatou as mortes atribuídas à intoxicação em um haras em Manaus.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) confirmou o ocorrido na manhã de quinta-feira (9), apontando para a possível causa das mortes como sendo a intoxicação alimentar. Os casos foram registrados no Haras da Nilton Lins e em uma chácara no bairro Tarumã, ambas em Manaus, além de duas mortes em Presidente Figueiredo. Outros cavalos doentes também foram reportados, mas sem divulgação da quantidade.

Guilherme Torres, delegado adjunto da PC-AM, destacou a possibilidade de intoxicação decorrente do fornecimento de alimentação por uma empresa não identificada. A investigação envolveu a verificação das condições de produção, armazenamento e distribuição do feno, além da realização de necropsias nos animais e análise do alimento suspeito em busca de substâncias tóxicas.

As ações em curso incluem a realização de perícia nos locais das mortes, a notificação e oitiva dos proprietários dos animais e demais responsáveis pelos haras, além da análise minuciosa dos pontos de fornecimento da alimentação. A Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo e a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas seguem no esforço conjunto de investigação.

Donos de cavalos do Haras da Nilton Lins foram impactados pelas mortes e doenças dos animais, com casos de rápido emagrecimento e falta de apetite. Medidas de tratamento com soro foram adotadas, mas a morte de mais seis equinos foi registrada até terça-feira (7). A Universidade Nilton Lins, responsável pelo haras, afirmou agir rapidamente ao identificar os sintomas nos animais, visando proteger o restante e controlar a situação.

Os relatos de enterros irregulares dos cavalos mortos no terreno do Haras Nilton Lins causaram revolta entre os donos, que denunciaram a falta de critérios sanitários. Imagens mostram os animais sendo deixados em covas no local. As investigações seguem para esclarecer os fatos e responsabilidades diante da trágica situação envolvendo a morte de cavalos em Manaus.

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