Walter no Athletico-PR: a superação, o desafio da balança e a história no Furacão

Coxinha no Athletiba e desafio da balança com Petraglia: as histórias de Walter no Athletico-PR

Em entrevista ao ge, atacante repassa conquista pelo Furacão em 2016, explica provocação ao Coritiba e elege melhor zagueiro com quem atuou: “Atacante olha e tem medo”

Walter aconselha jovens no futebol: “Fui roubado pra caramba”

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Foram 600 dias longe dos gramados por conta do doping. O drama do afastamento começou a chegar ao fim quando Walter decidiu ligar para um velho conhecido e pedir uma chance. Mario Celso Petraglia ouviu e aceitou.

— Tu quer? Então vou te trazer — disse o presidente do Athletico.

— Eu não acreditei. Quase dois anos parado e voltei para jogar um Campeonato Brasileiro, Libertadores. O Petraglia é um pai para mim, sou muito grato a ele, no momento mais difícil que passei, ele me ajudou. Fiquei dois anos no doping, só queria voltar a jogar. Liguei para ele e pedi uma chance. Sou muito grato, no pior momento, ele me deu a mão — relembra o atacante.

Walter brinca sobre auge: “Craque do Brasileiro com 111 kg”

Walter conversou com o ge em uma visita a Curitiba, em 2024. Na ocasião, ele veio rever amigos e acompanhou um jogo do Furacão na Arena.

O “sim” de Petraglia foi o ponto de partida da segunda passagem do jogador pelo Athletico. Antes, entre 2015 e 2016, ele foi um dos protagonistas no título estadual sobre o Coritiba, no Couto Pereira, com direito a provocação ao rival.

— Aquela final no Couto foi o ponto alto da minha passagem pelo Athletico. Fizemos dois grandes jogos, na Baixada não marquei, mas nosso time jogou muito bem. No segundo eu faço gol e dou assistência, foi muito especial. Empatamos com eles no Brasileiro, depois perdemos, pressão muito grande, a torcida nos cobrava muito. É um jogo à parte, tentei levar isso para o grupo. Precisávamos dar uma resposta para o nosso torcedor — contou.

— Foi aí que veio a história da “coxinha”, ficou marcado, mas máximo respeito pelo Coritiba e pelo torcedor, foi só uma resenha, uma brincadeira para descontrair — relembrou.

O título de 2016, inclusive, foi um divisor de águas para o próprio clube, na avaliação do atacante. Dois anos depois, a partir de 2018, o Furacão conquistou o bicampeonato da Sul-Americana e a Copa do Brasil.

— A conquista daquele Paranaense abriu o portal para o Athletico voltar a ganhar os títulos mais importantes. Aquela nossa conquista na casa do rival foi muito especial por tudo que estava envolvido — falou.

Ao todo, ele soma 17 gols pelo Rubro-Negro. Após se destacar no primeiro ano, o Furacão se esforçou para conseguir a renovação de contrato em negociação com o Porto, detentor dos direitos do jogador. A permanência, porém, veio acompanhada de exigências.

— Ele (Petraglia) ganhou a eleição e renovou, mas falou: “Você só vai jogar quando chegar nos 92 quilos. Enquanto você não bater esse peso, você não joga” — relembra Walter.

— Aí eu pensei: “Xiii, negócio vai ser brabo (risos)”. Eu estava com 110, nessa faixa. Foi sofrido, eu chegava nos 92 e alguns gramas, e ele não liberava. Graças a Deus deu tudo certo. Contra o Criciúma, na volta da Arena, eu com 91 quilos e liberado, estreei, fui bem, leve, mas as coisas não estavam acontecendo, então pensei: “Vou dar uma engordadinha para ver se melhora”. Subi para 96 e as coisas começaram a melhorar, os gols começaram a sair (risos).

O atacante também falou sobre a relação com o torcedor atleticano e apontou os melhores zagueiros com quem atuou e enfrentou.

— Sou muito fã do Thiago Heleno, mas ele sempre esteve do meu lado. Acho que teria dificuldade de enfrentá-lo, nos treinos já não era fácil. O Leonardo Silva me impressionava pela altura, era muito difícil. Eu tentava proteger a bola que vinha por cima e ele tirava. Eu olhava e pensava: meu Deus do céu (risos). Mas o Thiago foi o melhor que joguei. O Atacante olha e tem medo. Respeita, não brinca. Joga firme, bom no chão, no alto, faz gol. Completo — falou.

— O carinho da torcida não tem preço. Fui na Arena recentemente, e o pessoal fez fila para tirar foto comigo. E isso que não ganhei grandes coisas. Imagina se ganhasse aquela Copa do Brasil, uma Sul-Americana — finalizou.

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Flamengo enfrentará desafio de segurar titulares diante do assédio do mercado da bola

Com Wesley cobiçado, o Flamengo enfrenta o desafio de segurar seus titulares até o Mundial de Clubes, exceto se surgir alguma proposta irrecusável. Em uma coletiva, Boto ressaltou a importância de manter os jogadores neste momento do mercado, mas já se prepara para negociar a transferência de Fabricio Bruno, zagueiro que está próximo de deixar o clube.

O jogador do Flamengo mais visado nesta janela de transferências é Wesley. Times como Aston Villa, Milan e Everton demonstraram interesse no atleta, oferecendo cifras milionárias. No entanto, o Flamengo planeja manter seus titulares, visando valorizá-los tanto esportivamente quanto financeiramente, especialmente com a possibilidade de convocação para a Seleção Brasileira.

Segurar Wesley até o Mundial de Clubes é uma das metas da diretoria do Flamengo, que acredita na valorização do jogador durante o torneio nos Estados Unidos. A expectativa é que o clube tenha uma postura firme diante das propostas recebidas pelo atleta, que estão na faixa dos 30 a 35 milhões de euros.

Mesmo diante do assédio de clubes europeus, o Flamengo segue determinado em manter sua base titular. Boto reforçou em entrevista que não pretende negociar jogadores fundamentais, a menos que surja uma proposta extremamente vantajosa para o clube. A diretoria busca reforçar o elenco sem comprometer a qualidade da equipe.

A situação de Fabricio Bruno é diferente, com o zagueiro podendo deixar o Flamengo em breve. Após perder espaço no time titular, o jogador vê com bons olhos a possibilidade de jogar no Cruzeiro, onde teria mais oportunidades. O Rubro-Negro pede 7 milhões de euros para concretizar a transferência do atleta.

O mercado da bola continua movimentado, com diversos clubes interessados em jogadores do Flamengo. Boto e a diretoria seguem atentos às propostas recebidas, priorizando a manutenção da estrutura da equipe. A expectativa é por um desfecho positivo nessas negociações, visando fortalecer o elenco para a temporada.

Em resumo, o Flamengo mantém sua postura de querer manter seus titulares para o restante da temporada, exceto em casos excepcionais. A valorização dos jogadores e a busca por reforços pontuais são as prioridades da diretoria, que trabalha para manter o equilíbrio e a competitividade da equipe. Assim, o clube visa alcançar seus objetivos esportivos e financeiros, mesmo diante do assédio do mercado da bola.

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