Investigação do MP-RJ sobre nomeação de secretários suspeitos de milícia em Belford Roxo

O Ministério Público do Rio de Janeiro está investigando a nomeação de dois secretários suspeitos de envolvimento com milícia na cidade de Belford Roxo, no estado do Rio de Janeiro. Os nomeados são Fábio Augusto de Oliveira Brasil, conhecido como Fabinho Varandão, e Eduardo Araújo, que assumiram as pastas de Esportes e Indústria e Comércio, respectivamente. Ambos tiveram candidaturas de vereador indeferidas por acusações relacionadas à milícia.

Varandão é réu por extorsão e porte ilegal de arma de fogo, sendo acusado de chefiar um grupo que ameaçava moradores e explorava serviços clandestinos de internet em bairros de Belford Roxo. Ele chegou a ser preso em 2018 e teve sua candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral, posteriormente confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Em decisão unânime do TSE, o ministro Antônio Carlos Ferreira destacou que Varandão possui elementos indicativos de participação em milícia armada, extorsões e porte ilegal de armas para manter o domínio de atividades econômicas locais. Segundo o MP, há indícios de que ele exerce domínio ilegítimo na distribuição de sinal de internet na região e lucra com a exploração do serviço.

Eduardo Araújo, por sua vez, foi condenado a oito anos de prisão por integrar uma milícia na cidade, responsável por diversos homicídios na Baixada Fluminense. Assim como Varandão, teve sua candidatura a vereador indeferida pelas mesmas acusações. Ambos deixaram seus cargos na Prefeitura de Belford Roxo em 2023 e retornaram em 2024.

A Prefeitura de Belford Roxo destacou que, em caso de incompatibilidade de qualquer servidor com a moralidade e ética pública, não haverá tolerância. O MP continuará investigando as nomeações dos secretários e acompanhará de perto as ações desenvolvidas na cidade. É fundamental garantir a transparência e a idoneidade nas nomeações de cargos públicos, visando sempre o bem-estar e segurança da população.

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Traficantes usam drones para monitorar operações policiais em comunidade de Serrinha: líder do tráfico é investigado.

Traficantes usam drones para monitorar operação das autoridades de segurança na comunidade de Serrinha, localizada em Madureira. De acordo com as investigações, a quadrilha liderada pelo traficante William Yvens da Silva, conhecido como Coelhão, é responsável pelo monitoramento, sendo ele homem de confiança de Wallace Brito Trindade, conhecido como Lacoste, o qual lidera o tráfico no complexo.

Os criminosos utilizam drones para monitorar as ações da Polícia Militar na região, como ocorreu na última quinta-feira (9) quando operação do 9º BPM (Rocha Miranda) estava em andamento. Através de rádios de comunicação, os olheiros do tráfico mantinham o restante da quadrilha informado sobre a movimentação dos policiais e dos veículos blindados.

Os olheiros, como são chamados os responsáveis por monitorar os passos da polícia, não precisam mais ficar em locais estratégicos e expostos, pois a utilização de drones permite obter informações em tempo real de forma privilegiada. Com isso, a dinâmica da vigilância do tráfico tem mudado, tornando-se mais sofisticada e eficiente.

Lacoste, líder do tráfico no Complexo da Serrinha, está envolvido em polêmicas, como o caso de tortura de mulheres que tiveram os cabelos raspados à força devido à desavença com o grupo. As imagens viralizaram nas redes sociais, gerando repercussão em relação à violência imposta pelo tráfico na região.

Além disso, a Polícia Militar conseguiu apreender drogas e um fuzil durante a operação, porém nenhum suspeito foi preso. A utilização de drones para monitorar ações policiais e lançar explosivos em comunidades como o Complexo de Israel e Quitungo, na Zona Norte, tem sido alvo de investigações pela Polícia Civil.

A investigação visa coibir a utilização indevida desses equipamentos por traficantes rivais, visando a segurança da população e das autoridades. Em casos anteriores, traficantes do Complexo de Israel e Quitungo foram feridos por estilhaços de explosivos lançados por drones, demonstrando a gravidade da situação. A utilização desses dispositivos de forma criminosa representa um desafio para as forças de segurança no combate ao crime organizado.

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