Guarda Municipal responsável por assassinato já ameaçou colega com arma, revela testemunha

Guarda Civil Municipal que matou secretário já sacou arma contra colega, diz testemunha

Inspetor da GCM afirmou à polícia que o guará detido sob suspeita de assassinar o secretário adjunto de Osasco a tiros já havia sacado a arma em uma discussão com outro agente.

Uma testemunha prestou depoimento à Polícia Civil relatando que o guarda civil Henrique Marival de Sousa, preso após o homicídio do secretário adjunto de Segurança e Controle Urbano de Osasco, Adilson Custódio Moreira, teria “sacado uma arma” durante uma discussão com um inspetor da Guarda Civil Municipal em Osasco, na região metropolitana de São Paulo.

Henrique foi preso no local do crime, na sede da Prefeitura de Osasco, e passou por audiência de custódia, na qual a Justiça decidiu converter a prisão em flagrante em preventiva. Antes do assassinato, ele havia participado de uma reunião com integrantes da Guarda Civil e o secretário adjunto no gabinete do prefeito.

Em depoimento obtido pelo Metrópoles, a testemunha afirmou que Henrique mencionou que “o demônio” estava na sala onde ocorreu o crime. Durante uma discussão com um colega da corporação, o atirador reiterou a frase “Aqui dentro, só tem eu, o Moreira e o demônio”.

Após a conversa, Henrique solicitou a presença de seus advogados e o Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar assumiu a negociação. A testemunha foi acionada para se dirigir ao local após os disparos de arma de fogo, já que não participou da reunião convocada por Adilson Moreira.

Henrique Marival de Sousa, integrante da equipe de segurança da ex-primeira-dama de Osasco, era casado e tem uma filha. Segundo testemunhas, sua esposa foi até o local do crime para convencê-lo a se entregar à polícia.

Adilson Custódio Moreira, secretário Adjunto de Segurança, nasceu em Minas Gerais e chegou a Osasco em 1988. Ele trabalhou na Guarda Civil por anos, contribuindo para diversas áreas do órgão. O caso foi registrado como homicídio e localização/apreensão de objeto no 5º Distrito Policial de Osasco.

Henrique Marival de Sousa é Guarda Civil desde 2015 e era considerado uma pessoa tranquila. Após o crime, a suspeita sobre suas motivações aponta para desavenças profissionais e pessoais. Adilson Moreira tinha sido secretário de Segurança e Controle Urbano de Osasco, cargo que ocupou até 2019, quando se tornou secretário adjunto.

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PCC ameaça motoqueiros após agressões a usuários de drogas em DE: entenda a situação no bairro Jardim Tremembé e a preocupação dos moradores

O grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) está revoltado e ameaça os motoqueiros do bairro Jardim Tremembé, na zona norte de DE, que agrediram usuários de drogas na tentativa de dispersar a concentração de dependentes químicos na região. Integrantes da facção afirmaram que aqueles que forem vistos agredindo os novos “clientes” do tráfico seriam punidos, recebendo uma surra como consequência. De acordo com um membro da facção, a intenção é apenas lucrar com a situação, não havendo intenção de matar os agressores identificados.

A migração dos usuários de drogas para as ruas do bairro Jardim Tremembé há cerca de dez dias tem gerado preocupação entre os moradores locais. A Prefeitura de DE investiga a possibilidade dos dependentes químicos terem sido levados para o bairro em uma van. Outros residentes acreditam que a migração tenha ocorrido devido à interrupção na venda de drogas em bairros da zona leste da cidade, porém essa hipótese não foi confirmada.

Moradores do Jardim Tremembé se organizaram através do WhatsApp com o intuito de expulsar os dependentes químicos do bairro, formando grupos para agredi-los, em ações denominadas de “caça-noia”. Os agressores percorreram as ruas do bairro utilizando motos ou a pé, atacando os usuários de drogas com violência. Os casos foram filmados e compartilhados nas redes sociais, causando revolta e preocupação.

Os membros do PCC orientam que só seria permitido agredir os dependentes químicos se fossem flagrados roubando, como indicado em uma faixa próxima a uma boca de fumo na região. Os traficantes consideraram que os motoqueiros agressores “generalizaram” a situação, questionando relatos de moradores sobre roubos e ataques a estabelecimentos. A presença crescente de usuários de drogas no bairro tem gerado insegurança e medo entre os moradores locais.

Um dos moradores, Ivaldo Batista, relatou seu choque ao se deparar com mais de 20 usuários de drogas no bairro, destacando a sensação de insegurança e medo que a situação traz. A dispersão da Cracolândia no centro de São Paulo no ano de 2024 resultou na concentração de usuários de drogas em outros pontos da cidade, incluindo a zona norte. A instalação de grades na região central contribuiu para o surgimento de novos pontos de concentração de dependentes químicos, como no entorno da região de DE.

A situação na zona norte de DE evidencia a complexidade do problema das drogas na cidade, demandando ações mais efetivas por parte das autoridades e da sociedade para oferecer alternativas aos usuários de drogas e garantir a segurança e o bem-estar da população local. Acompanhe as notícias de DE e fique por dentro das atualizações sobre a situação na cidade seguindo o perfil do Metrópoles SP no Instagram. Reportagens sobre São Paulo podem ser sugeridas através do WhatsApp do Metrópoles SP.

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