Integração complicada entre Jaé e Riocard preocupa usuários no Rio de Janeiro

O imbróglio envolvendo a integração entre o Jaé e o Riocard tem gerado preocupações tanto para empresários quanto para trabalhadores que utilizam o transporte público na cidade do Rio de Janeiro. A partir de fevereiro, o Jaé será o único cartão aceito nos transportes municipais, incluindo ônibus, BRTs, vans municipais e VLTs. No entanto, a falta de integração com os modais sob responsabilidade do governo estadual, como metrô, trens e barcas, tem criado incertezas em relação ao futuro das integrações.

De acordo com informações do secretário estadual de Transportes, Washington Reis, a integração do Jaé com os modais estaduais não será possível até fevereiro, o que indica a necessidade de adiar a implantação do novo sistema de bilhetagem. A falta de integração entre os sistemas Jaé e Riocard também gera preocupações para os usuários, que poderão se ver obrigados a utilizar dois cartões e pagar tarifas cheias caso necessitem usar um transporte municipal e outro estadual.

A mudança na bilhetagem, iniciada em julho de 2023, tem como objetivo aumentar a transparência e facilitar a gestão do sistema de transporte. No entanto, a negociação com o governo estadual para garantir a integração tem sido um dos principais obstáculos enfrentados pela prefeitura. A falta de informações claras tem gerado dificuldades para os empresários, que não sabem como pagar o vale-transporte, e para os trabalhadores, que temem não conseguir custear as passagens.

Além disso, a prefeitura cobrou que o Metrô Rio instale os validadores do Jaé nas suas estações, sob o risco de interromper a integração entre o metrô e as linhas de ônibus municipais que substituíram o serviço de Metrô na Superfície. Essa decisão impactaria diretamente os passageiros, que teriam que arcar com uma tarifa adicional por viagem. Diante desse cenário, tanto a prefeitura quanto o MetrôRio seguem em negociações para garantir a continuidade das integrações e o bom funcionamento do sistema de transporte na cidade.

As dificuldades não se limitam apenas à integração dos sistemas de bilhetagem, mas também à obtenção dos cartões Jaé. Relatos de usuários apontam problemas para adquirir o bilhete pela internet e dificuldades para retirá-los nas lojas físicas. Os impasses ocorrem em meio a rumores de uma possível negociação da empresa responsável pelo sistema de bilhetagem eletrônica. Enquanto isso, a população aguarda por soluções que garantam a integração eficiente dos diferentes modais de transporte e a emissão dos cartões de forma acessível e sem complicações.

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Traficantes usam drones para monitorar operações policiais em comunidade de Serrinha: líder do tráfico é investigado.

Traficantes usam drones para monitorar operação das autoridades de segurança na comunidade de Serrinha, localizada em Madureira. De acordo com as investigações, a quadrilha liderada pelo traficante William Yvens da Silva, conhecido como Coelhão, é responsável pelo monitoramento, sendo ele homem de confiança de Wallace Brito Trindade, conhecido como Lacoste, o qual lidera o tráfico no complexo.

Os criminosos utilizam drones para monitorar as ações da Polícia Militar na região, como ocorreu na última quinta-feira (9) quando operação do 9º BPM (Rocha Miranda) estava em andamento. Através de rádios de comunicação, os olheiros do tráfico mantinham o restante da quadrilha informado sobre a movimentação dos policiais e dos veículos blindados.

Os olheiros, como são chamados os responsáveis por monitorar os passos da polícia, não precisam mais ficar em locais estratégicos e expostos, pois a utilização de drones permite obter informações em tempo real de forma privilegiada. Com isso, a dinâmica da vigilância do tráfico tem mudado, tornando-se mais sofisticada e eficiente.

Lacoste, líder do tráfico no Complexo da Serrinha, está envolvido em polêmicas, como o caso de tortura de mulheres que tiveram os cabelos raspados à força devido à desavença com o grupo. As imagens viralizaram nas redes sociais, gerando repercussão em relação à violência imposta pelo tráfico na região.

Além disso, a Polícia Militar conseguiu apreender drogas e um fuzil durante a operação, porém nenhum suspeito foi preso. A utilização de drones para monitorar ações policiais e lançar explosivos em comunidades como o Complexo de Israel e Quitungo, na Zona Norte, tem sido alvo de investigações pela Polícia Civil.

A investigação visa coibir a utilização indevida desses equipamentos por traficantes rivais, visando a segurança da população e das autoridades. Em casos anteriores, traficantes do Complexo de Israel e Quitungo foram feridos por estilhaços de explosivos lançados por drones, demonstrando a gravidade da situação. A utilização desses dispositivos de forma criminosa representa um desafio para as forças de segurança no combate ao crime organizado.

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