Motorista escapa de ataque incendiário a ônibus: relato de terror no Rio de Janeiro

Motorista escapa de ataque incendiário a ônibus e lembra momentos de terror: ‘Vi
meu braço pegando fogo’

Bandidos jogaram um coquetel molotov dentro do coletivo. O incidente aconteceu no dia 13
de dezembro.

Um motorista de ônibus foi vítima de um ataque realizado por traficantes do Morro dos Macacos, localizado na Zona
Norte do Rio de Janeiro. Enquanto estava trabalhando, os criminosos lançaram um coquetel molotov
dentro do veículo. O fato ocorreu em dezembro e deixou o condutor ferido e emocionalmente abalado, impedindo-o de retomar sua rotina normal.

Segundo o relato do motorista agredido: “O rapaz deu sinal para subir, quando ele colocou o pé no degrau, eu só vi um outro
rapaz puxando-o para trás e gritando: ‘Desce, desce todo mundo que eu vou tacar
fogo no ônibus’. Foi nesse momento que ele lançou o coquetel molotov”.

O homem, que preferiu não ser identificado por questões de segurança, tentou se proteger da agressão. Ele explicou: “Quando ele jogou, a gente automaticamente faz o quê? Se protege. Foi então que eu me protegi e meu braço foi queimado. Ele não esperou ninguém descer. Eu só vi os passageiros gritarem: ‘Motorista, abre a porta de trás para a gente
descer’. Eu consegui abrir a porta de trás. Ao olhar, notei minha calça
e braço pegando fogo”.

O motorista sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus e ficou hospitalizado em estado grave por mais de uma
semana. Atualmente, está se recuperando em casa, porém as memórias do terror que viveu permanecem presentes em sua mente.

As facções criminosas travam uma intensa disputa pelo controle da venda de drogas no Morro dos Macacos. Em 2024, a região registrou em média mais de um tiroteio por semana
entre o Terceiro Comando Puro e Comando Vermelho, afetando significativamente a vida dos moradores e comerciantes ao redor da comunidade. Recentemente, devido à falta de segurança, os ensaios da Unidos de Vila Isabel para o Carnaval de 2025 foram cancelados.

Além disso, no último mês de dezembro, três indivíduos foram alvejados em um ataque próximo a uma das entradas do Morro dos Macacos, resultando na morte de um deles antes de receber atendimento hospitalar. A violência e a insegurança continuam assolando a região, impactando diretamente a vida de seus residentes e visitantes. A situação exige medidas urgentes por parte das autoridades competentes para garantir a segurança e a integridade da população local.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Um ano após tempestade fatal, moradores da Baixada Fluminense ainda sofrem com problemas estruturais: relatos no DE Comunidade.

Um ano após a tempestade fatal que assolou a Baixada Fluminense, os moradores ainda enfrentam os mesmos problemas estruturais que contribuíram para a tragédia. O programa O DE Comunidade deste domingo (12) retornou à região para ouvir as vítimas das enchentes que aconteceram há um ano.

Na cidade de São João de Meriti, Dona Jussara Martins teve que adaptar sua casa após a inundação. Sua cama foi elevada com peças de azulejos e a estante da sala foi transformada em uma bancada. Toda essa mudança foi necessária para lidar com as consequências da enchente que danificou diversos móveis. A aposentada relembra a noite do desastre e a necessidade de ajuda dos filhos para lidar com a situação.

A água que entra por todos os lados da casa de Dona Jussara é um problema recorrente. Mesmo após um ano da tempestade, a entrada de água durante as chuvas ainda persiste, causando transtornos e preocupação para a moradora. Os relatos de outros moradores da região também apontam para problemas estruturais que continuam sem solução.

O temporal de um ano atrás resultou em 12 mortes no Grande Rio, sendo que nove delas ocorreram na Baixada Fluminense. As consequências desse desastre natural ainda são visíveis na vida dos moradores locais, que clamam por medidas efetivas para evitar novas tragédias. O DE Comunidade destaca a importância de ouvir as vítimas e de cobrar das autoridades ações concretas para melhorar a infraestrutura da região.

A solidariedade e o apoio da comunidade foram fundamentais para ajudar os moradores a lidar com as consequências da tempestade. O relato de Dona Jussara e de outros moradores mostra a necessidade de um trabalho conjunto entre poder público e sociedade civil para garantir a segurança e o bem-estar da população diante de eventos climáticos extremos.

A casa de Dona Jussara se tornou símbolo das dificuldades enfrentadas pelos moradores da Baixada Fluminense após a tempestade. A adaptação dos espaços e a resistência da comunidade diante das adversidades são exemplos de superação e de luta por melhores condições de vida. A reportagem do DE Comunidade ressalta a importância de não esquecer as vítimas e de continuar cobrando medidas eficazes para prevenir novas tragédias na região.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp