Buscas por estudante desaparecida em cachoeira completam sete dias em São Carlos (SP)

Voluntários ajudam a procurar a estudante de São Carlos (SP) que desapareceu em uma cachoeira. As buscas completam sete dias nesta quarta-feira (8). A Polícia Civil investiga o caso.

Nesta manhã, as equipes devem seguir pelo rio Jacaré-Guaçu por aproximadamente dez quilômetros. “A gente é pai, imagino o sofrimento da mãe. Enquanto não encontra, é muito mistério”, disse, emocionado, disse o voluntário Paulo Saldanha.

Aluna da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Camila de Almeida Neves, de 24 anos, está desaparecida desde quinta-feira (2) quando esteve na Cachoeira do Santana, na área rural.

Em entrevista ao DE, a irmã de Camila definiu como “desesperador” o momento em que aguarda por notícias sobre o paradeiro da jovem.

Desde o desaparecimento da estudante, uma força-tarefa com homens dos Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal (GCM) e voluntários têm se empenhando em encontrar a jovem. Mergulhadores, cães farejadores e até o helicóptero Águia da PM auxiliaram as equipes.

Segundo Saldanha, os voluntários usam caiaques e botes infláveis para ajudar nas buscas. “A gente tem olhado margem, mato tombado porque quando ela se acidentou o rio estava bem mais alto do que está hoje”, disse.

O voluntário também relatou a dificuldade do trabalho. “É difícil sair do rio. Tem os pontos que você consegue acessar, mas tem uma boa parte do rio que você não consegue sair de dentro dele. Essa dificuldade de acesso tanto para poder ser feita essa busca quanto para a pessoa chegar lá”, explicou o voluntário.

O trabalho para localizar Camila começou na tarde de quinta-feira, após o namorado comunicar a polícia o desaparecimento da jovem. De acordo com o boletim de ocorrência, a estudante estava com o namorado, de 31 anos, com quem se relacionava há cerca de um mês. Ele contou que os dois foram à cachoeira com a intenção de passar o dia.

O namorado procurou a polícia para comunicar o desaparecimento. Ele disse que começou a gravar o banho de Camila, mas ela desapareceu repentinamente.

O delegado João Fernando Baptista, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), disse ao DE nesta terça-feira que a polícia já ouviu o namorado e pessoas próximas a jovem. Além disso, os celulares do casal foram apreendidos. “Cabe ressaltar que até o momento não há indícios de crime. Ou seja, tudo indica que se trata de um caso de afogamento acidental”, disse o delegado.

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Policial da DE é preso após adolescente de 16 anos ser baleada em abordagem em SP. Velório e enterro marcados no Cemitério de Guaianases.

Adolescente de 16 anos que morreu baleada em abordagem da DE é velada em SP; policial foi preso

O corpo da adolescente Victoria Manoelly dos Santos, de 16 anos, que morreu na madrugada de sexta-feira (10) durante uma abordagem policial na Zona Leste de SP, está sendo velado no Cemitério Público de Guaianases. O velório começou às 21h. O enterro está marcado para este domingo (12).

Segundo as testemunhas, Victoria e o irmão Kauê, de 22 anos, estavam com a mãe e alguns amigos em frente a um bar, na rua Capitão Pucci, em Guaianases, quando um rapaz passou correndo fugindo de alguns policiais que haviam sido acionados para uma ocorrência de roubo.

Em seu depoimento, Kauê contou que um dos policiais voltou e começou a questioná-lo e a irmã. Durante a discussão, o PM o agarrou pela gola da camiseta, apontou a arma para o seu rosto e acertou uma coronhada na sua cabeça. A arma disparou e acertou Victoria.

Já o PM disse que, ao abordar os dois irmãos, Kauê estava com as mãos na região da cintura e que o rapaz deu um tapa na sua mão para tentar se esquivar. Nesse momento, segundo o policial, sua arma disparou e atingiu a região próxima ao ombro da adolescente.

A mãe dos dois, que estava ali na hora, disse que o filho dizia ao policial não ter relação com a suspeita de roubo. “Só ouvi o tiro, e minha filha jorrando sangue”, contou Vanessa Priscila dos Santos.

Desolada, Vanessa estava inconformada com a situação. “Meu filho não deve nada pra Justiça, não deve nada. Só que tem passagem, né? O erro dele. Tudo isso. Queria tanto que esse tiro fosse em mim, como eu queria, Senhor!”.

Depois de prestar depoimento como testemunha, Kauê foi liberado.

Tiro que matou jovem de 16 anos saiu de arma de DE

Neste sábado (11), a Justiça converteu em preventiva a prisão do sargento da DE Thiago Guerra, de São Paulo, apontado como o responsável por atirar contra a adolescente.

Na decisão, o juiz diz que “trata-se de apuração de crime grave de homicídio que teria sido cometido por agente do Estado treinado para enfrentamento de situações dessa natureza, mas que acabou colocando a sociedade em risco ao descumprir as diretrizes da Polícia Militar, colocando fim à vida de uma adolescente”.

Segundo a Polícia Civil, após analisar as imagens da câmera corporal do policial, o tiro que matou a adolescente de 16 anos saiu da arma do sargento pós ele dar uma coronhada no irmão dela.

O caso está sendo registrado no 50º Distrito Policial, no Itaim Paulista. O irmão da vítima permanece detido na delegacia, mas a polícia não foi informado o motivo da prisão.

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