Maduro intensifica repressão e prende líderes políticos e ativistas às vésperas da posse

Enrique Márquez, conhecido por liderar uma oposição moderada ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela, foi alvo da repressão do governo. Mesmo adotando uma postura mais moderada em relação a María Corina Machado, Márquez foi detido. Em Buenos Aires, a notícia da prisão gerou preocupação entre os defensores da democracia e da liberdade de expressão no continente.

O aumento da repressão de Maduro também atingiu diretores de ONGs, como o líder de uma organização pela liberdade de expressão. A ação do governo venezuelano levantou alertas sobre o cerco à sociedade civil e ao ativismo político no país. A comunidade internacional acompanha de perto a situação, enquanto líderes como Gustavo Petro elevam o tom de suas críticas contra a ditadura venezuelana.

O cenário político na Venezuela se torna ainda mais tenso com a prisão de figuras de oposição e ativistas. A sociedade civil demonstra preocupação com a escalada da repressão e a falta de espaço para o debate político democrático. As instituições internacionais são instadas a se pronunciar sobre as violações dos direitos humanos no país latino-americano.

Os líderes políticos e defensores dos direitos humanos detidos por Maduro representam diferentes facetas da oposição venezuelana. A diversidade de vozes que são caladas pela repressão estatal evidencia a fragilidade da democracia no país. Enquanto isso, a comunidade internacional debate as possíveis ações a serem tomadas diante da deterioração do cenário político venezuelano.

A repressão do governo Maduro a líderes políticos e ativistas desperta preocupações sobre o futuro da democracia na Venezuela. Organizações de direitos humanos denunciam as detenções e pedem a libertação dos presos políticos. A tensão política no país vizinho se reflete nas críticas de líderes regionais como Gustavo Petro, que condenam a escalada autoritária de Maduro.

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Pepe Mujica revela avanço do câncer: “Estou morrendo”

Pepe Mujica Revela Avanço do Câncer e Decisão de Negar Tratamentos

José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, anunciou nesta quinta-feira, 9, que o câncer que enfrenta desde abril do ano passado avançou e que não adotará novos tratamentos. Aos 89 anos, Mujica afirmou que a doença, que começou no esôfago, agora atingiu o fígado. “Estou morrendo”, disse Mujica em uma entrevista ao jornal local Búsqueda. “Estou condenado, irmão. É até aqui que vou.”

Ele explicou que o câncer no esôfago está se espalhando para o fígado e que não consegue impedi-lo. “Por quê? Porque sou um homem velho e porque tenho duas doenças crônicas. Não posso fazer nem um tratamento bioquímico, nem uma cirurgia porque meu corpo não aguenta”, destacou. Mujica sofre de uma doença imunológica há mais de 20 anos, que afetou seus rins e gerou complicações no tratamento.

Após ser diagnosticado com câncer de esôfago, ele passou por sessões de radioterapia e foi internado diversas vezes devido a complicações do tratamento, o que dificultou sua alimentação e hidratação. Em setembro, Mujica passou por uma cirurgia para garantir que pudesse comer com segurança. Na época, a equipe médica anunciou que a doença estava em remissão. No entanto, a situação agora é diferente.

Engajamento político

Apesar de ter se aposentado do Senado e da política em 2020, Mujica nunca deixou de advogar pelas causas que defende. Ele participou ativamente do processo eleitoral no Uruguai em outubro e novembro do ano passado, que culminou na eleição de seu partido político, com Yamandú Orsi como o novo presidente. Mujica foi presidente do Uruguai entre 2010 e 2015, quando passou o cargo para Tabaré Vázquez, seu correligionário.

Desde então, ele foi eleito duas vezes para o Senado, mas deixou o cargo definitivamente em 2020, influenciado pela pandemia da Covid-19. Antes de ingressar na política institucional, Mujica integrou o Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros, atuando em operações de guerrilha contra a ditadura que governava o Uruguai. Por sua atuação como guerrilheiro, ele foi detido diversas vezes e torturado, passando quase 15 anos da sua vida na prisão.

Recentemente, Mujica recebeu do presidente Lula a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a maior honraria do Brasil. Ele expressou o desejo de se despedir dos compatriotas e pediu que o deixassem em paz. “Quero me despedir dos meus compatriotas”, disse. “O que eu peço é que me deixem em paz. Não me peçam mais entrevistas nem nada. Meu ciclo acabou. Sinceramente, estou morrendo. E o guerreiro tem direito ao seu descanso.”

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