Implantação do Jaé, novo sistema de bilhetagem eletrônica do Rio, sofre novo adiamento: o que esperar?

A implantação do Jaé, o novo sistema de bilhetagem eletrônica da cidade do Rio de Janeiro, sofrerá mais um adiamento, conforme anunciado pelo prefeito Eduardo Paes. A mudança estava prevista para ocorrer no dia 1º de fevereiro, quando os cartões Riocard deixariam de ser aceitos nos modais municipais. No entanto, o prazo foi prorrogado devido à falta de tempo hábil para cadastrar todos os usuários, além das instabilidades apresentadas pelo sistema nesta quarta-feira. Essa é a quarta vez que a data de implementação do Jaé é adiada, gerando preocupações e incertezas entre os usuários do transporte público na cidade.

O objetivo é que o Jaé se torne o único cartão aceito nos transportes municipais, como ônibus, BRTs, vans municipais e VLT. No entanto, a integração com os modais sob responsabilidade do governo estadual ainda não foi totalmente resolvida. O Jaé não é aceito em linhas intermunicipais, metrô, trens e barcas, que continuam operando apenas com o Riocard. A falta de integração entre os sistemas preocupa usuários, empresários e trabalhadores do transporte público, gerando impasses que dificultam a transição para o novo sistema de bilhetagem eletrônica.

A dificuldade para obter o cartão Jaé também tem sido um obstáculo para os usuários. A compra pela internet, com taxa de entrega em domicílio, tem apresentado problemas, como o valor não sendo debitado após a transação. Muitos usuários têm enfrentado filas e longos prazos de espera para receber o cartão em lojas físicas, adicionando mais frustrações ao processo de transição para o novo sistema. Além disso, informações sobre a possível negociação da empresa responsável pelo Jaé para um grupo com experiência em bilhetagem eletrônica têm circulado no mercado, sem confirmação por parte da empresa.

Diante desses desafios, a prefeitura do Rio realizará uma coletiva nesta quarta-feira para anunciar os próximos passos da implantação do Jaé. O secretário estadual de Transportes, Washington Reis, declarou que não será possível integrar os sistemas Jaé e Riocard até a data estipulada, enfatizando a necessidade de adiamento para garantir uma operação eficiente e integrada. Enquanto isso, os usuários que adquiriram o cartão Jaé podem continuar utilizando-o nos modais onde é aceito, aguardando novas atualizações sobre a transição para o novo sistema de bilhetagem eletrônica na cidade.

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Traficantes usam drones para monitorar operações policiais em comunidade de Serrinha: líder do tráfico é investigado.

Traficantes usam drones para monitorar operação das autoridades de segurança na comunidade de Serrinha, localizada em Madureira. De acordo com as investigações, a quadrilha liderada pelo traficante William Yvens da Silva, conhecido como Coelhão, é responsável pelo monitoramento, sendo ele homem de confiança de Wallace Brito Trindade, conhecido como Lacoste, o qual lidera o tráfico no complexo.

Os criminosos utilizam drones para monitorar as ações da Polícia Militar na região, como ocorreu na última quinta-feira (9) quando operação do 9º BPM (Rocha Miranda) estava em andamento. Através de rádios de comunicação, os olheiros do tráfico mantinham o restante da quadrilha informado sobre a movimentação dos policiais e dos veículos blindados.

Os olheiros, como são chamados os responsáveis por monitorar os passos da polícia, não precisam mais ficar em locais estratégicos e expostos, pois a utilização de drones permite obter informações em tempo real de forma privilegiada. Com isso, a dinâmica da vigilância do tráfico tem mudado, tornando-se mais sofisticada e eficiente.

Lacoste, líder do tráfico no Complexo da Serrinha, está envolvido em polêmicas, como o caso de tortura de mulheres que tiveram os cabelos raspados à força devido à desavença com o grupo. As imagens viralizaram nas redes sociais, gerando repercussão em relação à violência imposta pelo tráfico na região.

Além disso, a Polícia Militar conseguiu apreender drogas e um fuzil durante a operação, porém nenhum suspeito foi preso. A utilização de drones para monitorar ações policiais e lançar explosivos em comunidades como o Complexo de Israel e Quitungo, na Zona Norte, tem sido alvo de investigações pela Polícia Civil.

A investigação visa coibir a utilização indevida desses equipamentos por traficantes rivais, visando a segurança da população e das autoridades. Em casos anteriores, traficantes do Complexo de Israel e Quitungo foram feridos por estilhaços de explosivos lançados por drones, demonstrando a gravidade da situação. A utilização desses dispositivos de forma criminosa representa um desafio para as forças de segurança no combate ao crime organizado.

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