Descubra curiosidades sobre a reprodução das joaninhas em vídeo emocionante de casal se acasalando

Vídeo mostra ‘namoro’ de joaninhas; veja curiosidades sobre a reprodução do inseto

Família inclui espécies que se reproduzem também de forma assexuada. Brasil abriga cerca de 1.100 variedades de joaninha.

Vídeo mostra casal de joaninhas se reproduzindo em Vinhedo (SP)

Vídeo mostra casal de joaninhas se reproduzindo em Vinhedo (SP)

Um flagrante que desperta a curiosidade. O registro de duas joaninhas se reproduzindo foi feito pelo jornalista Marcelo Gaudio, em Vinhedo (SP). Embora sejam avistadas com frequência, a reprodução desses seres traz fatos interessantes que não são tão conhecidos.

A começar pela forma como uma joaninha “paquera” a outra. De acordo Nataly de la Pava Suárez, engenheira agrônoma e doutora em Entomologia, as joaninhas possuem comportamentos de corte variados que incluem estímulos visuais e químicos. Para ela, é mais provável que os insetos do vídeo sejam da espécie Harmonia axyridis, que foi introduzida no Brasil.

> “O macho frequentemente testa a receptividade da fêmea tocando-a com suas antenas, mas previamente percebe os feromônios que elas depositam no ambiente para atrair seus parceiros sexuais”, explica a pesquisadora.

Joaninhas flagradas se reproduzindo em Vinhedo (SP) — Foto: Marcelo Gaudio

Estudos mostram que, em Cryptolaemus montrouzieri, feromônios específicos liberados pelas fêmeas podem atrair machos em curta distância, otimizando o encontro em áreas onde há grande oferta de presas como cochonilhas – pragas que costumam atacar lavouras e jardins.

Durante o acasalamento da espécie Tenuisvalvae notata, o macho sobe em cima da fêmea, insere seu órgão reprodutor e faz a transferência de esperma. Enquanto isso, ele toca as “asas duras” dela (chamadas élitros) com sua boca e suas “mãos” (palpos), tentando segurá-la ao mesmo tempo. A fêmea pode caminhar enquanto copula ou permanecer imóvel.

Cryptolaemus montrouzieri registrada na Austrália — Foto: KDendle / iNaturalist

Mas nem todas as joaninhas seguem o mesmo padrão de reprodução, embora a maioria se reproduza sexualmente. Quando fertilizados, os óvulos resultam em um ciclo de vida com metamorfose completa (ovo, larva, pupa e adultos).

Agrupadas na família Coccinellidae, as joaninhas compreendem um grupo de 6 a 7 mil espécies descritas, distribuídas em 360 gêneros. Aproximadamente 2 mil estão registradas na região Neotropical, que inclui o Brasil. Por aqui, estima-se a existência de cerca de 1.100 espécies.

Alguns estudos desenvolvidos na UFRPE indicam que a temperatura é um fator determinante na viabilidade dos ovos: temperaturas abaixo de 20°C ou acima de 30°C reduzem drasticamente a viabilidade dos ovos depositados pelas fêmeas, alerta Nataly.

Segundo a especialista, as joaninhas não cuidam de seus filhotes. “No entanto, muitas espécies selecionam locais estratégicos para aumentar as chances de sobrevivência das larvas recém-nascidas, garantindo acesso imediato a alimento e uma certa proteção contra predadores”.

Uma curiosidade um pouco bizarra das joaninhas é que algumas espécies podem tentar se reproduzir com indivíduos mortos. O comportamento é raro e geralmente está associado a situações como alta densidade populacional ou escassez de parceiros disponíveis.

“Os estímulos químicos e visuais desempenham um papel fundamental no comportamento reprodutivo das joaninhas. Um artigo destaca que, em algumas espécies, a comunicação química mediada por feromônios é essencial para o reconhecimento de parceiros, e a falha nesse reconhecimento pode levar a comportamentos inusitados, como tentativas de cópula com indivíduos mortos”, finaliza Nataly.

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Destroços de avião retirados do mar em Ubatuba após explosão; caso investigado pela polícia e pela FAB

Destroços de avião que explodiu são retirados do mar em Ubatuba; caso é investigado pela polícia e pela FAB

Piloto da aeronave morreu. Casal e duas crianças foram retirados da aeronave com vida e levados para o hospital.

A operação de retirada dos destroços do avião que explodiu em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo, foi realizada na noite desta quinta-feira (9). O acidente matou o piloto e deixou cinco pessoas feridas, sendo quatro ocupantes do avião e um pedestre que passava pela orla da praia no momento da explosão – saiba mais abaixo.

Com o auxílio de um guindaste e retroescavadeiras, os agentes recolheram toda a estrutura que ficou espalhada pelo mar e na faixa de areia da praia.

A operação foi acompanhada por agentes da Polícia Civil, da Polícia Militar, do aeroporto local e da Força Aérea Brasileira.

Os destroços serão levados para uma base do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) em São Paulo. O órgão, responsável pela apuração das causas do desastre, prevê apresentar um relatório preliminar sobre as causas do acidente em 30 dias.

Além do Cenipa, a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo também vão atuar na investigação do acidente – confira mais detalhes sobre a investigação abaixo.

A Força Aérea Brasileira, a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo abriram investigações sobre o acidente com um avião com cinco pessoas que ultrapassou a pista do aeroporto e explodiu na manhã desta quinta-feira (9) na Praia do Cruzeiro, em Ubatuba (SP).

O piloto morreu. Os quatro passageiros, um casal e dois filhos, foram resgatados com vida. Um vídeo mostra a aeronave saindo do aeródromo, cruzando a pista que margeia a praia e chegando à faixa de areia em chamas.

Ao menos três órgãos vão apurar as causas do acidente. A Polícia Civil de São Paulo registrou um boletim de ocorrência sobre o caso e vai investigar possíveis responsabilidades criminais.

O Ministério Público de São Paulo informou que fará uma apuração das circunstâncias com “objetivo de analisar fatos e apontar eventuais responsabilidades, além de verificar a regularidade da aeronave e do Aeroporto de Ubatuba”.

A promotoria pediu informações preliminares à Prefeitura, à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) disse que o Cenipa foi acionado para a ocorrência e que, na ação inicial, são utilizadas técnicas específicas para realização de coleta e confirmação de dados, preservação dos elementos, verificação inicial de danos na aeronave, entre outras informações.

Cinco pessoas estavam na aeronave: O piloto, Paulo Seghetto, era Goiânia. Ele morreu depois de ser retirado das ferragens em parada cardiorrespiratória e passar por tentativa de reanimação. Um casal e duas crianças (sobreviventes): ocupantes são Mireylle Fries, de 41 anos, o marido dela, Bruno Almeida Souza, de 41, e os dois filhos, de 4 e 6 anos. Segundo Karoline Magalhães, capitão do Corpo de Bombeiros, os quatro foram retirados com vida do avião e levados conscientes e estabilizados para o hospital.

O número de pessoas feridas fora do avião não estava claro até a última atualização desta reportagem: A capitã dos bombeiros Karoline Magalhães afirmou em entrevista à GloboNews que uma pessoa que estava na orla da praia foi socorrida pelo Samu com uma fratura. A informação é a mesma divulgada pela Secretaria de Segurança Pública e pela Prefeitura de Ubatuba. A concessionária Rede VOA, que administra o aeroporto de Ubatuba, informou que o acidente atingiu uma mulher na orla e uma criança, que sobreviveram.

O Cessna Citation que se acidentou precisaria de mais pista do que a disponível no aeroporto de Ubatuba para pousar em segurança, apontam dados da fabricante da aeronave e do próprio aeroporto. O aeroporto de Ubatuba tem uma pista curta, de apenas 940 m. O Cessna 525 precisa de 789 m para pouso, segundo o site da fabricante. A Rede VOA informou que as condições climáticas eram ruins e a pista estava molhada. Segundo a operadora do terminal aéreo, o avião havia saído do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás, e tentou pousar no município do litoral paulista.

Segundo o Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar), a aeronave passou pelo que é chamado de excursão de pista, quando o avião sai da pista no momento do pouso ou da decolagem. A aeronave, com matrícula PR-GFS, modelo 525, foi fabricado em 2008 pela empresa Cessna Aircraft. Ela tem capacidade para sete passageiros, além de dois pilotos. Lembre-se de que este conteúdo é protegido por direitos autorais.

Apesar do acidente terrível, relatos de testemunhas oferecem um vislumbre angustiante do que aconteceu. Um carro que passava pela orla quase foi atingido pelo avião. Em entrevista ao Jornal Hoje, a motorista do carro contou que precisou desviar e subir em uma calçada, para impedir que as chamas da explosão atingissem o veículo. Também o piloto Paulo Seguetto morreu em consequência do acidente com o avião.

O modelo Cessna Citation 525 requer apenas um tripulante para a operação. A aeronave é definida pela fabricante, a Cessna, como tendo capacidade para sete passageiros e dois tripulantes. O Cessna Citation 525 tem dimensões consideráveis, com 13 metros de comprimento e 4,2 metros de altura. Além disso, a velocidade máxima da aeronave é de 748 km/h e a autonomia é de 2.871 km. Apesar do peso máximo para decolagem ser de 4.853 kg, ainda não se sabe em que condições precisas o avião estava voando antes do acidente.

Os destroços da aeronave serão objeto de uma análise rigorosa por parte dos órgãos competentes para a investigação do acidente. A Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público conduzirão a apuração das causas do desastre, além do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Fica claro que o acidente com o avião em Ubatuba gerou comoção e preocupação nas testemunhas locais e autoridades responsáveis pela investigação. A segurança dos voos, a manutenção das aeronaves e a capacitação dos pilotos são fatores fundamentais para evitar tragédias como essa no futuro. Apenas um trabalho minucioso de investigação poderá esclarecer todas as circunstâncias que levaram a esse terrível acidente.

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