Prefeitura adia substituição completa do RioCard pelo Jaé para 1° de julho: Saiba os detalhes

Prefeitura volta a adiar substituição completa do RioCard pelo Jaé, agora para 1° de julho

Na coletiva sobre a nova data para adoção do novo bilhete eletrônico de passagens, o prefeito Eduardo Paes reforçou a importância da mudança e disse que entende a complexidade da nova operação, que vem apresentando dificuldades para a população.

O prefeito Eduardo Paes anunciou nesta quarta-feira (8) o adiamento da adoção do novo bilhete eletrônico Cartão Jaé em todos os modais de transporte do município. A troca do RioCard pelo Jaé só será obrigatória a partir de 1° de julho.

Antes, a substituição completa do RioCard pelo Jaé estava marcada para o dia 1 de fevereiro. Contudo, muitas pessoas encontraram dificuldades para fazer o cadastro, marcar a retirada do cartão ou validar o benefício de gratuidade para idosos, por exemplo. Em julho do ano passado, o DE informou que um ano depois do lançamento, o sistema de bilhetagem Jaé só era utilizado em menos de 1% das passagens pagas.

Na coletiva sobre a nova data para adoção do novo bilhete eletrônico de passagens, o prefeito Eduardo Paes reforçou a importância da mudança no sistema e disse que entende a complexidade da nova operação, que vem apresentando dificuldades para a população.

“Eu vou dar um tempo maior e eu sei que as pessoas que estão indo agora porque falta um mês vão deixar de ir. Essas pessoas só vão voltar a ir quando faltar dez dias, daqui a alguns meses”, comentou Paes. “Vai dar confusão. Eu sei. E no dia que começar vai ter o cara falando que não foi avisado. É isso mesmo. É a vida como ela é. É uma operação complexa mesmo”, analisou o prefeito.

PREVISÃO INICIAL PODE ATRASAR UM ANO

Segundo o planejamento inicial da Prefeitura, o RioCard deveria parar de operar para ser substituído em julho de 2024. Entretanto, o prazo não foi cumprido. Primeiro, a prefeitura anunciou que a troca definitiva aconteceria em 1 de fevereiro de 2025 e agora o novo prazo foi divulgado.

Segundo o prefeito, a troca para o novo sistema permite que a prefeitura ajuste a rede de transporte com a ajuda de dados confiáveis. Na coletiva desta quarta-feira (8), Paes disse que a mudança do RioCard pelo Jaé é um pedido da sociedade civil e do Ministério Público. O objetivo é acabar com a caixa preta dos transportes do Rio de Janeiro.

“Através da bilhetagem eletrônica que a gente sabe quantos passageiros foram carregados, em que horário, como se pratica a política de subsídio, qual o custo para o município. É a bilhetagem eletrônica. Então o tema que estamos tratando aqui hoje é caixa preta dos transportes”, completou Paes.

‘RAPOSA CUIDANDO DO GALINHEIRO’, DIZ PAES SOBRE RIOCARD

Ao analisar a necessidade da mudança do sistema de bilhetagem eletrônica do transporte do município o prefeito Eduardo Paes fez duras críticas ao Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio ônibus) e a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

Segundo Paes, as duas instituições controlam o RioCard e são responsáveis por produzir os relatórios que definem quanto a prefeitura do Rio paga de subsídios pelas passagens. O prefeito chamou o grupo de “máfia”.

“Só para gente entender, vamos dar nomes aos bois: RioCard é igual a Rio Ônibus e Fetransport. Esses são os donos do RioCard, que existe na prefeitura e no Estado. O que está em jogo aqui são bilhões e bilhões de reais. Na cidade do Rio de Janeiro, são 2,5 milhões de viagens por dia. E o poder público que paga subsídio não tem acesso às informações de quantas pessoas andaram. É fundamental entender isso”.

“RioCard é a raposa cuidando do galinheiro”, completou o prefeito.

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Traficantes usam drones para monitorar operações policiais em comunidade de Serrinha: líder do tráfico é investigado.

Traficantes usam drones para monitorar operação das autoridades de segurança na comunidade de Serrinha, localizada em Madureira. De acordo com as investigações, a quadrilha liderada pelo traficante William Yvens da Silva, conhecido como Coelhão, é responsável pelo monitoramento, sendo ele homem de confiança de Wallace Brito Trindade, conhecido como Lacoste, o qual lidera o tráfico no complexo.

Os criminosos utilizam drones para monitorar as ações da Polícia Militar na região, como ocorreu na última quinta-feira (9) quando operação do 9º BPM (Rocha Miranda) estava em andamento. Através de rádios de comunicação, os olheiros do tráfico mantinham o restante da quadrilha informado sobre a movimentação dos policiais e dos veículos blindados.

Os olheiros, como são chamados os responsáveis por monitorar os passos da polícia, não precisam mais ficar em locais estratégicos e expostos, pois a utilização de drones permite obter informações em tempo real de forma privilegiada. Com isso, a dinâmica da vigilância do tráfico tem mudado, tornando-se mais sofisticada e eficiente.

Lacoste, líder do tráfico no Complexo da Serrinha, está envolvido em polêmicas, como o caso de tortura de mulheres que tiveram os cabelos raspados à força devido à desavença com o grupo. As imagens viralizaram nas redes sociais, gerando repercussão em relação à violência imposta pelo tráfico na região.

Além disso, a Polícia Militar conseguiu apreender drogas e um fuzil durante a operação, porém nenhum suspeito foi preso. A utilização de drones para monitorar ações policiais e lançar explosivos em comunidades como o Complexo de Israel e Quitungo, na Zona Norte, tem sido alvo de investigações pela Polícia Civil.

A investigação visa coibir a utilização indevida desses equipamentos por traficantes rivais, visando a segurança da população e das autoridades. Em casos anteriores, traficantes do Complexo de Israel e Quitungo foram feridos por estilhaços de explosivos lançados por drones, demonstrando a gravidade da situação. A utilização desses dispositivos de forma criminosa representa um desafio para as forças de segurança no combate ao crime organizado.

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